A cidade de Ota, que fica na província de Gunma, no Japão, localizada a 138 km de Tokyo, conta com uma população conforme o censo de 2010, de 219.804 habitantes.
Sua economia é basicamente industrial, com destaque para produção automobilística, maquinários e eletrônicos. É o berço da montadora automobilística Subaru, que ocupa o 8º lugar no ranking das montadoras de automóveis japoneses. A Subaru é uma subsidiária da FIP (Fuji Indústrias Pesadas), que além do setor automobilístico, concentra atividades no setor aeronáutico e de maquinário destinado ao processamento de arroz.
Com o grande crescimento industrial da região, a cidade de Ota começa a se transformar de típica cidade interiorana para uma cidade moderna, industrial e tecnológica. Diversos condomínios residenciais são erguidos para abrigar os novos moradores que vem para trabalhar em Ota. E as construtoras, pensando no grande impacto ambiental que as obras de modernização iriam causar à cidade, elaboraram projetos sustentáveis e principalmente, investimentos em energias renováveis e graças a subsídios do governo, instalaram em várias residências, painéis solares para produzir energia elétrica. Atualmente, a cidade conta com mais de 1000 residências com painéis solares, tornando-se conhecida como “A cidade solar”.
A tecnologia utilizada são os painéis fotovoltaicos, que geralmente são confundidos com coletores solares térmicos, utilizados somente para o aquecimento de água. O sistema fotovoltaico é constituído por módulos conectados de forma a gerar a quantidade de energia necessária. A energia gerada pelos painéis fotovoltaicos é, então, transformada para o padrão de energia utilizado nas residências, através de um equipamento eletrônico chamado inversor. O inversor permite que qualquer eletrodoméstico seja utilizado, tomando cuidado com chuveiros, condicionador de ar e ferros elétricos, que são grandes vilões no consumo de energia elétrica. O sistema é mais apropriado para lâmpadas eficientes, aparelhos de rádio e televisão, entre outros equipamentos de baixo consumo.
O sistema fotovoltaico utilizado em Ota, além de não agredir o meio ambiente, proporciona uma considerável redução na conta de energia elétrica, podendo ainda ser armazenada em baterias, para o uso em períodos durante os quais a energia convencional não está disponível. A energia armazenada pode também ser vendida para as concessionárias de energia elétrica; isso ocorre geralmente durante o verão, quando as altas temperaturas atingem o arquipélago e a produção de energia supera o consumo, podendo assim render até US$ 50 por mês.
Apesar das grandes vantagens, o sistema ainda não ganhou uma adesão maior, devido ao alto custo de implantação, o que representa o maior desafio para a popularização desta energia verde.
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