Há quem diga que o primeiro rosto que vemos ao nascer é do médico que está fazendo o parto, ou de alguma enfermeira. Mas como geralmente estamos chorando nessa hora, prefiro dizer que é o rosto da mãe. Mesmo com os olhos fechados, sentimos que estamos em companhia daquele ser que ficou conosco durante os nove meses de escuridão.
Sentimos a energia, a aura da mãe, o calor materno. E começamos a aprender outros sinais de sua presença, como o seu cheiro, a maciez da sua pele, a sua voz, a sua aparência. Nós, os filhos, vamos crescendo. Com o tempo, aquilo que aprendemos por último, o cheiro, a maciez da pele, a voz e a aparência, vai mudando.
Mas, aquilo que aprendemos ainda no ventre da mãe, quando ainda éramos totalmente dependentes e confusos, sua energia, sua aura e seu calor, não mudou e não mudará. Ainda conseguimos sentir a sua presença, o seu amor, do mesmo jeitinho que fazíamos antes de nascer.
Não importa o que aconteça, a ligação de mãe e filho ultrapassa os limites corpóreos, está ligada pelo espírito, pelo amor. E mesmo após a morte, apesar de a relação mãe e filho como vemos no mundo físico mude, o amor não muda, a afinidade continua.
Às vezes, na adolescência, por imaturidade, não entendemos as broncas dela. Tem pessoas, em certas circunstâncias, que tem até vergonha dela, principalmente se os amigos e amigas estão por perto. Mas com o tempo, com os anos, entendemos tudo e no final, só temos que agradecer as broncas, as lições de moral, as verdades ditas.
Mãe. Ela pode ser durona ou resmungona, mas sempre é para o bem. Suas lições fazem parte do nosso aprendizado, e do dela também, afinal, não há curso para aprender a ser mãe, se aprende na prática, corrigindo, falando, escutando, dando exemplo, e principalmente, amando.
Edson Luiz Pocahi
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