O que são estrias?
As estrias são lesões decorrentes da distensão da pele, levando à ruptura de fibras elásticas e colágenas que sustentam a derme. Podem se manifestar em homens e mulheres, mas são mais frequentes entre elas. São comuns na adolescência, gravidez e entre pessoas obesas.
Como se manifestam?
As estrias são lesões lineares, com extensão variável. Ocorrem principalmente nas mamas, nádegas, abdome, quadris e culotes. As estrias podem ser classificadas em estrias jovens e antigas. A diferença é em relação à coloração e ao tempo de aparecimento: estrias recentes têm cor avermelhada e as antigas se tornam brancas. As estrias também apresentam diferenças em relação à largura e ao local de aparecimento; estrias no abdome provocadas pela gestação podem ser largas e dificultar muito o tratamento.
Prevenção
A prevenção é a melhor maneira de combater as estrias, pois os tratamentos disponíveis não são totalmente curativos. Evitar perda ou ganho de peso rápido pode ajudar a prevenir o aparecimento de estrias, especialmente em grupos de alto risco, como os adolescentes e gestantes. É importante manter a hidratação adequada no local, e ingerir ao menos dois litros de líquido por dia. Alguns ativos como a vitamina C, ácidos de frutas, retinol, óleo de semente de uva, de rosa mosqueta e fatores de crescimento são também muito utilizados.
Como tratar?
Infelizmente, ainda não se pode falar em cura para as estrias, e os tratamentos disponíveis são todos paliativos. Quanto mais estreita a estria, melhor o resultado da terapêutica. Apesar de algumas pessoas terem uma recuperação muito grande, que torna as estrias jovens quase imperceptíveis, isso não ocorre em todos os casos. Em relação aos tratamentos que trazem resultados práticos, destacam-se:
• Carboxiterapia – indicada para estrias recentes e antigas. Utiliza-se o anidro carbônico medicinal estéril em aplicações feitas diretamente nas estrias, promovendo aumento na produção de colágeno e reorganização das fibras elásticas. São realizados entre 8 a 10 sessões para estrias recentes ainda vermelhas e de 10 a 15 para estrias antigas. Associa-se também os peelings, microdermoabrasão e uso domiciliar de hidratantes e acido retinóico em dias alternados. O tratamento não é feito em gestantes e lactantes.
• Laser fracionado – indicado para estrias recentes e antigas. Usa-se a energia térmica do laser para promover um dano controlado na epiderme e derme, a fim de estimular os fibroblastos na produção do colágeno. Como a agressão é suave, seria como se a pele da estria tivesse sido renovada, melhorando o aspecto atrófico e também a coloração. São feitas de 3 a 6 sessões em média, dependendo do tipo de aparelho e tipo de estria. O tratamento não é recomendado durante a gestação e exige cuidados com a cor da pele, pois pode ocorrer hiperpigmentação após a aplicação.
• Radiofrequência e infravermelho – são equipamentos não ablativos, ou seja, não causam danos à epiderme, somente aquecem a derme estimulando o colágeno. Além das estrias eles têm grande resultado na flacidez podendo ser usado em casos de estrias que atingem grandes áreas como o abdome após a gestação. São realizadas de 1 a 3 sessões para alguns tipos de equipamentos e de 4 a 10 em outros modelos. São contra indicados na gestação.
• Subcisão – tratamento tradicional no qual são introduzidas agulhas especiais sob a pele e feitos movimentos pendulares ou de vaivém, promovendo uma agressão importante com hematoma subsequente. O processo de cicatrização irá estimular o colágeno. Podem ser feitas de uma a três sessões com intervalo de três meses. Em decorrência do hematoma, pode haver a ocorrência de manchas que perdurem até seis meses.
• Soluções de uso tópico – O ácido retinóico continua sendo o ativo mais utilizado para tratamento das estrias. Os retinoides, que são derivados da vitamina A (retinol), têm capacidade de melhorar a queratinização, estimular o colágeno e melhorar a irrigação. O ideal é utilizá-los três vezes por semana em aplicação tópica, alternando com hidratantes. Esta medida contribui para a melhora do aspecto das estrias.
• Consulte seu dermatologista
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
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