Limitações físicas e fadiga fácil são algumas características dos idosos e, muitas vezes, dentre outras doenças, são encontradas também naqueles que padecem de osteoporose.
Por afetar a massa óssea e torná-las mais vulneráveis às fraturas, a doença tende a privar os pacientes de seus hábitos rotineiros e, por consequência, abalar sua qualidade de vida.
A saúde, dentre os fatores que ajudam a pessoa a ter uma boa qualidade de vida, é, de todos, o principal e suplanta todos os demais, entre eles, segurança, moradia, lazer, boas condições financeiras, educação etc.
Esses outros fatores são pré-requisitos importantes para alcançar o primeiro. Na velhice, a busca pela qualidade de vida se torna ainda mais complicada, sobretudo em idosos, que já foram vitimas de fraturas pela osteoporose.
É óbvio que além dessas questões, os pacientes necessitam do apoio da família, suporte social e um tratamento eficaz.
Quando nada disso acontece, pode-se prever altos custos aos cofres públicos, para a fim de suprir as necessidades de tratamento dessa legião de enfermos, principalmente com medicamentos, internações hospitalares e procedimentos cirúrgicos.
Primeira fratura
O primeiro passo para se conseguir bons resultados é adotar uma alimentação saudável. “Aumentar a ingestão de cálcio, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o tabagismo e o excesso de álcool são essenciais”, afirma o reumatologista
Adil Samara.
Manter uma vida saudável ajuda os pacientes a prevenirem as contusões e, consequentemente, viverem mais tranquilos para realizar seus compromissos normais do dia a dia, incluindo caminhadas e outras atividades físicas.
Para evitar as fraturas é fundamental redobrar a atenção. As dicas do especialista é usar sapatos baixos (com solas de borracha), não andar em superfícies escorregadias e não levantar peso acima das suas possibilidades.
“Para facilitar a locomoção dentro de casa, é muito importante instalar corrimãos nas escadas e nos corredores, assim como barras de apoio nos banheiros e ao lado da cama”, recomenda Adil Samara.
Infelizmente, a maior parte dos portadores de osteoporose descobre a doença após sofrer a primeira fratura. Por isso, a busca por informações e dicas, além da terapia adequada é primordial. Um paciente bem informado tem maiores chances de levar uma vida normal, ou seja, é necessário receber esclarecimentos sobre a doença.
“O problema pode ser descoberto antes, por meio de um exame simples e indolor, a densitometria óssea”, alerta o reumatologista, salientando que a intenção é de que esse teste se torne rotineiro a partir dos 50 anos de idade.
Por que ela aparece
A maior incidência da osteoporose no sexo feminino coincide com a chegada da menopausa, época da vida que se caracteriza, entre outros fatores, pela interrupção na produção do hormônio estrogênio.
Esse hormônio, cuja produção começa na adolescência, tem função vital para a mulher porque ajuda a manter a produção de cálcio. A partir do momento em que a produção do estrogênio se torna escassa, o osso vai perdendo sua resistência e se torna mais suscetível às fraturas.
Apesar da maior incidência em mulheres, a doença nada tem a ver com o sexo. Tanto é que, à medida que a idade avança (em média aos 75 anos), os homens ficam mais sujeitos ao distúrbio.
A osteoporose acomete um número elevado de pessoas: cerca de 30% das mulheres na pós-menopausa e 15% dos homens acima de 50 anos. A doença é passível de ser controlada de modo eficaz, por meio dos diversos tratamentos disponíveis no mercado, que ajudam a retardar o processo de desgaste dos ossos.
O ibandronato de sódio, a adição de cálcio e vitamina D aumentam a densidade mineral e reduzem a perda óssea. Desse modo, conseguem reduzir o risco de fraturas vertebrais e não-vertebrais, como as do punho, do fêmur e do rádio. Abaixo, outras condições que podem propiciar o surgimento da osteoporose:
“ Hereditariedade: mãe, pai e irmã mais velha com a doença. O início da perda de massa óssea pode acontecer a partir dos 45 anos de idade.
“ Diminuição de hormônios: quando diminui a produção de hormônios, começa a perda da massa óssea. Assim, quanto mais precoce a chegada da menopausa, maior o risco de osteoporose.
“ Raça e estrutura corporal: mulheres com estrutura óssea delicada, e de pele clara (em especial louras, ruivas ou orientais) têm maior risco.
“ Sedentarismo: mulheres com pouca ou nenhuma atividade física regular.
“ Doenças crônicas, tais como reumatismo e inflamação nas articulações, disfunção da tireóide e dos rins levam a maior
perda óssea.
“ Nutrição inadequada: o consumo insuficiente de alimentos ricos em cálcio desde a infância até a idade adulta compromete a renovação da massa óssea.
Fonte: O Paraná Online