O elevado índice pluviométrico registrado surpreendentemente nos últimos dias de maio passado foi particularmente celebrado pelos agentes da Defesa Civil de Itapira. Segundo o atual coordenador, Romeu Job de Souza, a precipitação dará uma trégua de pelo menos 30 dias para o registro de incêndios que normalmente ocorrem são registrados neste período do ano. “Foi uma chuva atípica que vai conservar a vegetação mais verde por um período mais prolongado dificultando as condições para o fogo”, analisou.
Job disse que sempre a partir de 1 de junho toda sua equipe já fica de prontidão no aguardo das ocorrências que costumam não dar trégua. No ano passado, quando as regiões Sudeste e Centro-Oeste do país experimentaram a pior estiagem em 80 anos, os resultados foram devastadores para o combate a incêndios de florestas. Em Itapira, os registros da Defesa Civil mostram que no ano todo foram registradas 503 ocorrências relacionadas a incêndios em florestas e, ou terrenos. Deste total, cerca de 175, ou seja, quase 30% ocorreram entre junho e outubro ( contabilizando somente registros na zona rural). No período anterior, em 2013, o número foi de 82 ocorrências.
Como ocorre a cada ano, a Defesa Civil enviou recentemente agentes para curso capacitação realizado em Valinhos. Segundo Job participaram neste ano cinco deles, dos quais, tr~es recentemente contratados. Foram dois dias de treinamento, sendo que no segundo todos os participantes de cerca de 90 cidades do Estado de São Paulo, tiveram demonstrações práticas.
Além disso a Defesa Civil mantém, segundo seu coordenador, uma espécie de sintonia fina com empresas da cidade que possuem serviço de combate a incêndio, como é o caso da Usina Nossa Senhora Aparecida. “Temos uma valiosa ajuda da Usina sobretudo em casos de incêndios na zona rural, onde o pessoal deles possui uma enorme experiência”, avaliou. Também na zona urbana esta parceria existe com apoio, quando necessário, da equipe da Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha S/A e da IMBIL.
A Defesa Civil conta com seu próprio caminhão com capacidade de armazenamento de sete mil litros de água e com o suporte de dois outros que ficam no prédio do almoxarifado, cada um com capacidade de dez mil litros. Os agentes atualmente são em número de 14, suficientes, segundo o coordenador, para dar o suporte necessário. Job lembra que com a chegada dos incêndios, aumenta a possibilidade de animais silvestres virem para a zona urbana e também nestes casos a Defesa Civil é muito acionada para efetuar resgates.
Colaboração
Job pede que a comunidade se engaje na campanha de combate a focos de incêndio. Ele fez algumas recomendações, como por exemplo, evitar o acúmulo de folhagem para depois colocar fogo. “Se a pessoa descuida, este pequeno fogo se espalha e cria um incêndio de grandes proporções”, frisa. Pede ainda para que as pessoas não joguem bitucas acesas de cigarro nas ruas e estradas e faz uma advertência especial ao perigo dos balões. “É um tipo de ocorrência rara, mas que ocorre. Pedimos principalmente às pessoas que moram na zona rural que criem canais de comunicação com os vizinhos caso seja detectado algum balão, comunicando o fato para a Defesa Civil, pelo telefone 3863-2705.