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Itapira, 17 de Janeiro de 2025
Notícia
11/11/2012 | "Dependência” do celular acomete 80% dos usuários

 

Uma famosa empresa de tecnologia, a Intel, divulgou recentemente pesquisa com base nos costumes de população do mundo inteiro e alcançou dados reveladores sobre a relação entre o homem e o seu aparelho celular. Um dos dados extraídos foi de que 40% das pessoas ficam sete dias por semana, durante 24h com o celular. Foi revelado também que 80% das pessoas dormem com o celular na cama e 40% atendem ligações até mesmo quando estão no banheiro. A ciência já tem até um nome para designar este comportamento, “A empresa de tecnologia, Intel, realizou pesquisa com base nos costumes de população do mundo inteiro e alcançou dados reveladores sobre a relação entre o homem e o seu smartphone. Um dos dados extraídos foi de que 40% das pessoas ficam sete dias por semana, durante 24h com o celular. Foi revelado também que 80% das pessoas dormem com o celular na cama e 40% atendem às ligações enquanto estão no banheiro. A ciência até já tem uma terminologia para designar este comportamento: "nomofobia”.
 
Em Itapira as coisas não são diferentes, e o público mais suscetível a este tipo de comportamento são os jovens. “Não me vejo sem o celular. Ouço música, envio mensagens, entro nas redes sociais, enfim, uso bastante”, relata a estudante Ana Carolina de Souza Turato, de 15 anos, estudante da escola Antonio Caio. Ela revela que a mãe, dona Ângela, pega no seu pé por causa de compromissos que não cumpre por causa da dependência do celular. “Ela reclama que deixo de fazer alguns serviços para ela”, revelou. Lara Lys Scholl, 17 anos, estudante do Anglo admite que usa de forma excessiva seu aparelho. “Eu não era assim. Comecei a usar de uma forma mais indiscriminada depois do lançamento do I-Phone”, comentou, referindo-se ao aparelho celular da empresa Apple, objeto de consumo de 9 entre 10 adolescentes.
 
Lara comenta que apesar de estar sempre usando seu aparelhinho, não descuida de suas responsabilidades. “Meu pai e minha mãe ficam preocupados, mas eu não costumo dar motivos para levar alguma bronca. Tudo na maior responsabilidade”, argumentou. Na escola, segundo ela, a maioria dos colegas também usa bastante o celular. “Já levei dura por usá-lo dentro da sala de aula, o que é proibido. Como disse, a questão é saber usar com responsabilidade e procuro seguir esta linha”, garantiu.
 
Rafael Sartóri trabalha com celular há pelo menos 15 anos. Foi proprietário da antiga Lacc Cell, aprendeu a consertar aparelhos e atualmente trabalha numa loja descolada em Mogi Mirim. Para ele o fenômeno é “muito natural”. “Se você analisar a evolução que o celular teve em termos tecnológicos, verá que fica irresistível deixar de fazer muitas  coisas com ele. Primeiro evidentemente foi a facilidade da comunicação móvel, depois foi o envio de  mensagens (torpedos), aí vieram as câmeras fotográficas, agora você o usa como computador. Difícil saber onde vai parar”, avaliou.
 
Dependência
 
O psicólogo Vinicius Assugeni Sobreiro Dias, diz que o fenômeno é mundial e que Itapira não é exceção. “Com certeza Itapira reflete o que ocorre em outros lugares. Esse fenômeno é mundial haja vista a popularização dos telefones celulares e em um país em que há mais linhas registradas do que habitantes como o nosso, essa situação é mais que clara. Observo pessoas que possuem dois ou três aparelhos, há ainda aparelhos que permitem o uso de vários chips simultaneamente, garantindo assim, praticamente a impossibilidade de perder a capacidade de comunicar-se”, espanta-se. Para ele e outros profissionais da área o assunto é  novidade e como tal vem sendo tratado. “Essa questão é relativamente nova no meio acadêmico, embora, ela se enquadre no quadro das Fobias Especificas. A literatura cunhou o termo Nomofobia para designar o quadro. “Nomo” tem origem no inglês de “no-mobile”, ou seja, “sem celular”. E fobia designa aversão à um objeto ou situação especifica. Daí que a compreensão do termo é a fobia ou medo de perder a possibilidade de comunicar-se. O fato interessante que temos dessa situação é a possibilidade de compreendermos como a cultura também produz a doença a mental. Os estudos sobre a Nomofobia têm inicio na Inglaterra nos 2000 e os primeiros artigos científicos sobre o tema no Brasil surgem a partir de 2006 e obviamente, as áreas da saúde mental já desenvolvem pesquisas e trazem o tema para as discussões cientificas em congressos, simpósios e eventos afins”, ensinou.
 
 
 
Lara: usa muito, mas com responsabilidade
 
Rafael: inovações provocam febre de consumo
 
Vinícius: assunto vem tendo abordagem à altura no mundo científico
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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