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Itapira, 16 de Janeiro de 2025
Notícia
26/01/2012 | Mogi-Mirim encara Campinas e leva a melhor!
A disputa pelo Centro Tecnológico do Itaú Unibanco acabou revivendo a história bíblica Davi e Golias. O CT Itaú era disputado por Mogi-Mirim e Campinas.
 
A Agência Anhanguera de Noticias, empresa que engloba o jornal Correio Popular, deu a seguinte noticia no dia 6 de outubro de 2011: “O Itaú-Unibanco escolheu Campinas para instalar o seu Centro Tecnológico de Operações (CTO), que irá gerar investimentos em alta tecnologia de R$ 1 bilhão, sendo R$ 500 milhões na primeira fase. O acordo para que o banco viesse para Campinas foi formalizado esta semana e terá como contrapartida da instituição financeira a extensão da Avenida Guilherme Campos (que tem início no Shopping D. Pedro) até o polo 2 da Companhia de Desenvolvimento do Polo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec), e ampliação da estrada municipal que passa pelo CPqD e dá acesso ao Ciatec, área onde o Itaú irá se instalar.”
 
Para quem mora em nossa região, não precisa de muita informação para comparar o poder de Campinas com a realidade das cidades da baixa mogiana, mesmo somadas. Campinas é o centro da metrópole de três milhões de habitantes que produz 8% do PIB paulista, tem duas grandes universidades, Pucc e Unicamp, além das inúmeras faculdades e, o mais importante, um polo avançado na área de tecnologia da informação. Tinha, ainda, a seu favor, a construção em fase adiantada do DataCenter Santander. 
 
 
Quando no final de novembro, o prefeito Carlos Nelson Bueno, de Mogi-Mirim, anunciou que através do deputado Barros Munhoz tinha se reunido com o Secretário de Energia, José Aníbal, e com o Governador, Geraldo Alckmin, para garantir os investimentos no setor de energia elétrica e infraestrutura básica, Campinas, pelo noticiário, nem tomou conhecimento. Só assumiu a possibilidade na semana passada. 
 
 
Coroando uma luta desigual, nesta sexta-feira, 27, às 16h no Clube Mogiano, o Itaú Unibanco confirmará Mogi Mirim como sede de seu novo Centro Tecnológico. Explicará que a decisão pelo local onde serão construídos os prédios que concentrarão os equipamentos de processamento e armazenamento de dados levou em consideração a infraestrutura: o espaço disponível, a capacidade de suprir a demanda de energia, água, telecomunicação e a localização no mapa paulista.
 
Anunciará, também, que o Centro Tecnológico atenderá as melhores práticas e tendências de mercado no que se refere às técnicas de construção e adotará como prioritário o uso do sistema de tecnologia de informação que associa sustentabilidade aos recursos computacionais na implementação do projeto. A primeira etapa deve ser concluída até o final de 2014. 
 
 
 
Nino Marcati, gerente de conteúdo do Portal Cidade de Itapira, entrou em contato, por telefone, com um velho amigo dos tempos universitários e de pensamento político, que ocupa um cargo de porte na Prefeitura de Campinas, para satisfazer a curiosidade de como Campinas tinha perdido essa grande oportunidade. Luiz, nome fictício, coincidentemente teve seu departamento envolvido no episódio, que transformou a ligação, numa mini-entrevista interessante.
 
NM – Luiz, por favor, me explica como Campinas conseguiu perder o Centro Tecnológico para Mogi-Mirim? 
 
Luiz – A instabilidade política por qual passa o município de Campinas foi um fator que contribuiu muito para que isso acontecesse. Não pelos acontecimentos em si, pois estavam sendo conduzidos pela área técnica. Mas o fato é que apesar dos oito deputados estaduais que a RMC elegeu, não tivemos força política para colocar o governo do Estado a nosso favor.
 
NM – E como você viu essa derrota?
 
Luiz – Lamentável. Para nós a decisão do Itaú estava tomada, tanto é que alimentávamos a imprensa com essa informação. Nós tínhamos todos os recursos para ganhar a parada, até porque a preferência do Itaú era por Campinas. Uma preferência mais do que natural, você há de convir. Mas quando eu soube que o Totonho estava na parada, ancorando o prefeito de Mogi-Mirim eu disse para o meu pessoal: dançamos. Ninguém do setor acreditou. Taí o resultado. 
 
NM – Pela sua experiência, já que você tem muitas empresas nessa área e está com o Data Center do Santander, você acha que vai ser um bom negócio para Mogi-Mirim como anunciam?
 
Luiz – É claro que os políticos douram a pílula. Nós sabemos que esse setor não produz milhares de empregos, mas levará para a região uma fatia que ela não tem. Outro fator é que são empregos que requerem qualificação, oferecem salários acima da média e vai acabar gerando a instalação de pequenas empresas, seja para fornecer produtos ou serviços ou simplesmente criadas na onda tecnológica. É impressionante como isso funciona. Você vai ver. A região vai despertar outros interessados. Enfim, o investimento que o Itaú vai levar para a região será insignificante perto do que será gerado nos próximos quinze, vinte anos...
 
NM – Você que bem conhece Mogi e Itapira, você acha que Itapira poderá se beneficiar com esse empreendimento?
 
Luiz – Acredito que sim. Primeiro em termos de moradia. Muitos funcionários do Centro podem optar por residir em Itapira. Ou seja, levar para Itapira os rendimentos que ele tem em outra cidade. Mas a região poderá sofrer um aquecimento na instalação de empresas. Vai depender, evidentemente, da economia, que hoje não está aquelas coisas.
 
NM – Luiz, muito obrigado, foi bom falar com você, não só para relembrar os velhos tempos, mas pelas informações.
 
Luiz – Um forte abraço.
 
 
     
 
Fonte: Da Redação do PCI

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