Área verde dos forões no Google earth

Um incêndio, cujas causas ainda não foram esclarecidas, vem queimando boa parte da mata nativa existente na divisa entre os municípios de Itapira, Lindóia e Águas de Lindóia. De acordo com o departamento de Defesa Civil do município, o incêndio teve início por volta das 16h00 do último sábado, dia 01, próximo à localidade conhecida por “Forões”. Devido à escassez de chuvas, o fogo se alastrou rapidamente consumindo boa parte da mata nativa que cobria o Morro do Cruzeiro, um antigo ponto turístico da cidade popularmente conhecido por Morro da Asa Delta. No domingo, 02, o incêndio continuou pela mata, atingindo algumas propriedades rurais, como a Fazenda Boa Vista e Fazenda Nossa Senhora da Piedade.

Desde sábado que as equipes da Defesa Civil estão se revezando na tentativa de conter as chamas. Há suspeita que o fogo tenha sido provocado, só não se sabe ainda em quais circunstâncias, de forma criminosa ou acidental. Nesta segunda-feira, 03, a queimada atingiu também a mata da Fazenda Fortaleza e parte da fazenda do ator Juca de Oliveira, que fica entre a Ponte Preta e a Ponte Nova. O helicóptero Águia da Polícia Militar sobrevoou o local, despejando alguns “baldes” de água, mas foi insuficiente. Da mesma forma, o Corpo de Bombeiros de Mogi Guaçu foi acionado, mas até agora sem sucesso, e o fogo continua se alastrando com o vento, consumindo árvores centenárias e animais silvestres.

Até o momento, a medida que mais surtiu efeito, foi o “acero” feito pelos funcionário da Fazenda Fortaleza com a ajuda dos agentes da defesa civil, uma espécie de caminho por entre a mata, onde o fogo possa finalmente parar.

Nossa reportagem esteve no local nesta segunda-feira e falou com o chefe do departamento Rodrigo Pierozi. “Nossas equipes estão trabalhando para conter as chamas desde sábado. Eu nunca tinha visto um incêndio com estas proporções, porque além de ser gigantesco, é de difícil acesso por causa da topografia”, destacou.

 Segundo relatos de moradores da redondeza, o último incêndio nas mesmas proporções naquela área se deu há cerca de 15 anos.

“Nós vamos ficar aqui trabalhando durante toda a noite, uma vez que nossa maior preocupação é que o vento traga o fogo de volta. Durante todo o domingo conseguimos com muito esforço direcionar o fogo para uma região menos crítica, mas agora o vento está trazendo de volta. Está sendo uma batalha, uma batalha sem tréguas”, completou Pierozi.

Mais informações, você confere na edição de sábado do jornal Cidade.

Imgens Beto Coloço