Dupla função: atividades socioculturais ajudam também no desenvolvimento profissional
O Projeto Batutinha, desenvolvido pela Casa das Artes e que em agosto completa 10 anos de atividades ininterruptas, conta hoje com 18 profissionais de pedagogia, além de representar oportunidade de estágio para seis estudantes universitárias.Criado 2006, o programa fomenta o aprendizado musical com atividades abrigadas diretamente nas escolas municipais, através de uma parceria entre a associação cultural sem fins lucrativos e a Prefeitura, por intermédio das secretarias municipais de Cultura e Turismo e de Educação.
Atualmente, o Batutinha atende a aproximadamente 1.300 alunos com idade entre 4 e 14 anos, do Ensino Infantil ao Fundamental, com atividades de musicalização e expressão corporal que engloba 70 salas de aula. As atividades são gratuitas e os alunos se comprometem com a devida frequência nas aulas e ensaios abertos, bem como participam de apresentações ou concertos – que podem chegar a 60 ao longo do ano, em média. A comemoração de uma década de Projeto Batutinha acontecerá no dia 5 de julho, durante a Mostra da Casa das Artes, que acontece na unidade escolar do SESI (Serviço Social da Indústria), na região da Vila Penha do Rio do Peixe.
Além do nítido desenvolvimento cognitivo e da ampliação dos horizontes dos estudantes no tocante à história da música e formação da cidadania, o projeto representa o crescimento profissional até mesmo das professoras envolvidas nas atividades. “Ao longo de dez anos, o projeto foi se modificando, com um trabalho constante de aperfeiçoamento da equipe”, destaca a coordenadora do Batutinha, professora Josiane Ferigatti Rossi, 32. “Além da evolução dos alunos, percebemos também a evolução dos nossos professores. Promovemos encontros e capacitações, e a própria vivência no cotidiano faz com que todos cresçam juntos”, afirma.
Há nove anos na Casa das Artes – e há seis trabalhando diretamente no Projeto Batutinha – a professora Diana de Oliveira Bittencourt, 24, confirma as percepções da coordenadora. “Nestes anos todos, o projeto ganhou corpo e cresceu. Aconteceram muitas mudanças, passamos a atender mais alunos em todas as escolas. A gente nota o desenvolvimento dos estudantes nas atividades, e também nos desenvolvemos enquanto profissionais”, comenta. “O retorno é muito bacana, e muitos alunos que agora estão fora da faixa etária atendida pelo programa acabam procurando a Casa das Artes para continuar participando do projeto diretamente na sede da associação. Isso é muito bacana, é o projeto cumprindo seus objetivos”, complementa.
Assim como ela, a professora Stella Robustez de Godoy, 23, também atua no Batutinha há cerca de seis anos. De acordo com ela, ao trabalhar agora também com alunos do Ensino Infantil – no início eram somente os do Fundamental – o projeto reforçou ainda mais seu caráter pedagógico. “Os alunos vêm mais preparados do Ensino Infantil para o Fundamental, já com uma boa bagagem. Antes, recebíamos os alunos no Fundamental sem essa preparação, então havia mais dificuldade”, lembra.
A mais nova professora do Batutinha, Nathália de Lima Santos, 24, aprova a experiência junto às atividades mantidas pela Casa das Artes. Natural de Mongaguá, litoral norte paulista, ela estudou primeiro em Campinas e, antes mesmo de se mudar para Mogi Guaçu, conheceu o projeto itapirense. “Ouvi falar muito bem do Batutinha e me interessei, procurei conhecer e deu certo de vir trabalhar. É um projeto muito importante e enriquecedor tanto para os alunos como para os professores. A gente troca muita experiência, há muita colaboração mútua e integração entre todos os profissionais”, avalia a professora que está há um ano no projeto.
ESTÁGIOS
Além das professoras, o Projeto Batutinha tem, hoje, a presença de seis estudantes universitárias que atuam como estagiárias pelas chamadas ACCs (Atividades Curriculares Complementares). “Curso Pedagogia no IESI (Instituto de Ensino Superior de Itapira)e desenvolvo meu estágio na Casa das Artes pelo Projeto Batutinha. Tem sido uma ótima experiência, muito gratificante”, enfatiza a estudante Thaísa Cristina Rosa Mateus, 29. Já Débora Pereira Ramos, 22, que cursa Pedagogia na FHO/Uniararas (Centro Universitário Hermínio Ometto), revela que o estágio já começa a lhe sugerir uma possível profissão na área musical. “Acho muito interessante a proposta do Projeto Batutinha, com desenvolvimento de musicalização e expressão corporal desde cedo, e tenho intenção de investir nessa área”, conclui.
SOBRE A CASA DAS ARTES
Prestes a completar 20 anos de atividades ininterruptas, a Casa das Artes de Itapira é uma associação sem fins lucrativos que visa o desenvolvimento artístico e sociocultural da comunidade. Sediada à Rua Campos Salles, 4, no Centro da cidade, a instituição conta com o apoio da Prefeitura Municipal e dos governos estadual e federal por meio do ProAc (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) e da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), tendo como patrocinadores as empresas Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos, Micropack, Tenneco e AllevardRejna, além da assessoria da Direção Cultura. Mais informações no site www.casadasartes.art.br ou pelo telefone (19) 3813-3901.
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