Atendendo a um pedido formulado pela direção do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) que atende moradores da região do bairro Nosso Teto, o Delegado de Polícia, Dr. José Emídio de Carvalho Silva, atual titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) designou a assistente social que atua junto ao órgão, Fátima Regina Gonçalves, para que fizesse uma palestra abordando temas relacionados à violência contra a mulher.
O encontro deu-se na tarde da última terça-feira e atraiu 45 participantes, todas do sexo feminino e de diversas faixas-etárias. Durante aproximadamente uma hora de vinte minutos Fátima fez uma explanação sobre como evoluindo este tipo de atendimento, discorrendo de uma forma mais enfática a respeito da introdução da Lei Maria da Penha a partir de setembro de 2006. “Fiz um apanhado focalizando especialmente as mudanças do ponto de vista legal no relacionamento entre parceiros a partir da nova legislação” comentou a palestrante.
Segundo Fátima a maioria dos participantes tinha dúvidas com relação aos procedimentos que devem ser adotados em caso da constatação ameaças e agressões consumadas. “Mostrei como se deve agir em cada casa procurando a preservação dos direitos de cada um”, comentou. Ela ainda falou sobre casos cada vez mais frequentes onde mulheres procuram se valer da legislação para criar aborrecimentos para ex parceiros, advertindo sobre os riscos que esta conduta acarreta. “A Legislação tem também pontos que são bastante claros com relação a este tipo de conduta”, advertiu.
A Assistente Social Celizara Apolinário, coordenadora do CRAS 2, disse que tem o costume de agendar encontros com a comunidade para a abordagem de temas de interesse coletivo e que já sabia do trabalho realizado Pela DDM. “Achei oportuno trazer esta discussão para nossa comunidade e pelo jeito os resultados foram melhores do que imaginamos”, disse.
Números
O Delegado José Emídio gostou do que viu. “Foi um encontro proveitoso e que tem o mérito de promover uma aproximação da comunidade com a polícia civil. Além do mais, a Fátima é expert neste tipo de abordagem”, elogiou. Ele aproveitou para divulgar um balanço dos números compilados pela DDM até o final de julho.
Foram 03 tentativas de homicídio, 05 casos de desaparecimento, 02 suicídios, 19 crimes contra a dignidade (importunação, gestos obscenos, molestar menores, etc.) 13 atos infracionais (delitos cometidos por menores de idade); 01 caso de maus tratos; 02 estupros; 12 casos de lesões corporais, 06 ameaças; 01 cárcere privado; 77 pedidos de medidas protetivas; 23 prisões e 454 Boletins de Ocorrência.
Fátima palestrou durante mais de uma hora para um público interessado
Celizara ao lado da palestrante: temas de interesse da comunidade