Sob coordenação da Secretaria Municipal de Promoção Social, com apoio do Fundo Social de Solidariedade, foi realizada na tarde de quinta-feira, dia 09, a 2ª Tarde da Interatividade das Entidades Assistenciais do município. Segundo explicou a Secretária Eliana Assugeni Sobreiro Dias, trata-se de uma iniciativa de propiciar um intercâmbio entre os diversos públicos atendidos pelas entidades assistenciais no tocante às diferentes faixas etárias, realidade social e nível de atendimento exigido.
Durante praticamente quatro horas ininterruptas crianças, jovens e idosos circularam pelo espaço que separa o Largo de São Benedito e o local onde está instalado o Unipark, principal atração reservada aos participantes. A recreação exigiu muita paciência e, principalmente, um complicado trabalho de logística dos organizadores. Enquanto um grupo descansava e tomava lanche, outro se dirigia aos brinquedos e vice-versa.
O próprio Prefeito José Natalino Paganini fez questão de prestigiar a iniciativa. Ao lado do Pároco da Igreja Matriz de São Benedito,Padre Ademir Bernadelli, e da Secretária Eliana, ele falou sobre a importância da realização da Festa de São Benedito e elogiou sua organização. O pároco abençoou os participantes e pediu o acompanhamento de uma prece, o Pai Nosso.
Paganini deu boas vindas aos participantes
Grupo de idosos observando a movimentação
Crianças do Lar Gracinda Batista chegando ao Largo
Crianças do Sepin sendo recepcionadas
No Parque, o apogeu de toda a programação
Muhamad, 35 anos de participação com as melhores cocadas
O palestino de identidade jordaniana Muhamad Abidel se desloca todos os anos da distante cidade de Catanduva para marcar ponto na Festa de São Benedito. Este ano ele completa um ciclo de 35 anos se instalando na cidade para vender suas famosas cocadas e outros três pelo menos participando como vendedor autônomo de outros artigos. Ao lado da esposa Maria, ele passa a maior parte do dia confeccionando as iguarias que comercializa.
À tardezinha ele e sua equipe estão a postos na rua Cônego Guerra Leal, um ponto adquirido por uma soma razoável. Ele se queixa que quando se registra para ter um local de vendas, vem tendo dificuldade de ser colocado num local mais chamativo. “ De uns anos para cá, passei a ser colocado para escanteio pelo pessoal da fiscalização”, queixou-se. Ele conta que durante todos estes quase 30 anos ter tido a felicidade de ter contato com a ajuda do hoje comerciante de café aposentado Edésio Ramos de Oliveira ( ex-vereador) que lhe deixava ficar defronte a imóvel que possuía na Saldanha Marinho. A partir do momento em que o amigo se desfez do imóvel precisou recorrer à boa vontade dos fiscais e foi aí que começou a ter dificuldades.
Muhamad afirma que não pede tratamento especial, mas que não entende porque a cada ano o colocam cada vez mais distante do centro nervoso onde a multidão se movimenta. “ Temos uma tradição firmada aqui na Festa. A clientela sempre nos saúda com entusiasmo. Digo mais, todos os prefeitos com os quais convivemos nestes anos todos, inclusive o atual, são pessoas maravilhosas e nunca colocaram qualquer obstáculo à nossa participação. Mas , infelizmente, tenho que dizer que estou triste”, protestou.
Consultado a respeito, Marcelo Vieira, chefe do setor de fiscalização , disse que Muhamad tem razões em suas colocações. “ De fato, com o passar dos anos o espaço da festa tem se reduzido e a ordem dos superiores é no sentido de privilegiar instalação de pessoas aqui da cidade. Muitas pessoas, aliás, aqui de Itapira, ficaram de fora. A gente entende sua queixa, mas fazemos aquilo que está ao nosso alcance”, colocou.
Muhamad e a esposa Maria exibem suas famosas maçãs do amor