Costumo dizer à meus alunos que nenhum acontecimento é só ruim ou só bom, sempre um vem acompanhado do outro, resta a nós termos paciência de descobrir a mensagem subjacente ao fato acontecido.
Pois bem! Um aluno, com o dedo em riste me perguntou: E daí professor 7x1, o país inteiro chorando e lamentando; Qual pode ser o lado bom disso?
Respondi: Bem! Quem sabe não está na hora de “acordarmos”, o momento de enterrarmos definitivamente a lei do Gerson (eu tenho que levar vantagem em tudo) e “crescermos”.
Talvez possa vir a ser o fim de querermos arrastar as responsabilidades com um “jeitinho” brasileiro, com a “malandragem” reinante ou até a voracidade, agressividade e barbárie que demonstrou a Colômbia.
Quem sabe o drible desconcertante deva acontecer nas propostas de corrupção, o “chapéu” não nos deveres e obrigações mas nas propinas.
Vamos pensar em “tirar o bom do ruim”no exemplo de patriotismo que apresentamos cantando nosso Hino Nacional, abraçados, irmanados, isso sim foi “de chorar”.
Quem sabe, ao exemplo da Alemanha, nós prestamos atenção na seriedade, lealdade, preparação árdua e competência, não só para os esportes, mas principalmente para o exercício de nossa profissão e cidadania.
Chega de ficar esperando as coisas virem de “mão beijada”; bolsa isso e aquilo,seguro isso e aquilo, não somos mais crianças, pedindo na boca.
Talvez precisemos passar por isso para valorizar o trabalho em equipe, a vida ética em comunidade, a lutarmos muito para conseguirmos a excelência profissional através do estudo e/ou suor.
Chega de próteses e consolos, chega de tapinhas nas costas, de promessas mentirosas.
Vamos prestar atenção na letra e “cantar o Hino Nacional” não só no futebol, mas também no trabalho, no clube, na escola, e em todas nossas relações.
Quem sabe com essa “derrota”, poderemos aprender a viver como um time sem estrelismos individuais, mas com a perseverança em cuidarmos melhor dos nossos mares, ares, rios, florestas, praias, cidades, hospitais, escolas, etc......
Talvez possa ser o fim do “pão e circo” nacional e o começo de uma consciência cidadã. Vamos parafraser aquele presidente americano e dizer:
“Não pergunte o que o Brasil pode fazer por você.
Se pergunte o que VOCÊ pode fazer para o Brasil”.
Antonio de Pádua Colosso é Educador, Psicanalista e Grupanalista.
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