Na quinta-feira, 2, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excep­cionais) de Itapira – Esco­la de Educação Especial Túnel Azul – promoveu atividades especiais com seus alunos em alusão ao Dia Mundial da Cons­cientização pelo Autismo, data decretada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2007.

No período da ma­nhã, os funcionários e alunos da entidade fi­zeram caminhada pelo bairro trajando vestes e levando bexigas azuis, cor escolhida pela ONU para simbolizar a sín­drome. À tarde, foram realizadas atividades e apresentações internas e destinadas apenas aos alunos.

O Autismo (TEA – Transtorno do Espectro Autista) é o mais grave distúrbio do Desenvol­vimento Humano e con­siderado como uma Sín­drome comportamental, com etiologias múltiplas. Pode prejudicar acentu­adamente a interação social, a comunicação e o repertório compor­tamental do indivíduo, onde são enquadradas outras síndromes como O Transtorno Desintegra­tivo da Infância, Trans­torno de Asperger e o Transtorno de Rett.

Em 2015, a Apae completa 44 anos de atividades voltadas aos deficientes do municí­pio e, dentre os progra­mas realizados, está o atendimento especial ao autista. Conforme explicam as represen­tantes da entidade Gisela Fernanda Negri Riciluca, coordenadora pedagógi­ca, Rose Martucci, tera­peuta ocupacional e rela­ções públicas e Lucineia Ap. Lovato Baldessini, diretora da escola de educação especial Túnel Azul, todos os alunos com a síndrome recebem atendimento nas áreas de Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Fisiote­rapia, Educação Física, Hidroterapia/Natação, Musicalização, Informá­tica e Equoterapia. “As salas específicas para esses alunos seguem o programa Teacch (Ensino Estruturado Comunica­ção Alternativa e Análise Funcional do Comporta­mento).Todo esse pro­grama é realizado por pedagogas especializadas em Deficiência Intelectu­al e Autismo, todas com pós-graduação na área, os alunos são inseridos em três salas de acordo com a faixa etária, com no máximo quatro a seis alunos cada”, explicaram.

Uma das premissas da Apae, que também funciona como Escola de Educação Especial Túnel Azul e está cada vez mais comprometida com o trabalho voltado aos deficientes – é que “toda pessoa precisa de afeto, mas também precisa de educação, comunicação, programas e interven­ções adequadas ao seu desenvolvimento que a possibilite ser autônoma e o mais independente possível, pois cada indi­víduo é único e tem em si potencialidades que precisam ser descobertas.Saber interpretar, ensinar, e respeitar é o primei­ro passo para abrirmos novos caminhos”, enfa­tizaram as profissionais.