O anúncio da busca por um acordo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) gerou elogios e solidariedade dos principais líderes das Américas. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o líder colombiano, Juan Manuel Santos, demonstra o compromisso em solucionar impasses e melhorar a situação de vida da população do país.
"O governo Santos tem demonstrado um firme compromisso com a busca da paz duradoura e esforço para garantir uma vida melhor para todos os colombianos, por meio de políticas de segurança e de inclusão social", disse Obama, em comunicado, divulgado pela Casa Branca.
Obama destaca, no texto, que as Farc “devem aproveitar essa oportunidade para acabar com décadas de terrorismo e tráfico de drogas envolvendo os colombianos para permitir que se construa um processo democrático, próspero e justo".
O processo de paz é mediado pelos governos da Noruega, de Cuba, da Venezuela e do Chile. A primeira reunião será em outubro, em Oslo, capital norueguesa. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pediu o apoio de todos nas Américas na colaboração de um acordo entre o governo colombiano e as Farc. "[Como diz Símon Bolívar, o libertador das Américas] 'a paz é meu porto, meu tudo é paz' ", disse ele, no perfil da rede social Twiiter.
Chávez disse ainda que as negociações de paz são a oportunidade para a Colômbia e o mundo mudarem. "Hoje podemos falar em paz porque estamos nos movimentando e porque o uso da violência é uma coisa do passado e nenhum país da região pode tolerar isso", disse ele.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, escolheu ontem o chefe de Gabinete do Ministério das Relações Exteriores, Milenko Skoknic, para ser o observador no processo de paz entre o governo colombiano e as Farc. A decisão foi anunciada por meio de um comunicado oficial. Pelo documento, o governo chileno se dispõe a “oferecer contribuições” no que for necessário.
Ontem (4), a presidenta Dilma Rousseff elogiou a iniciativa de Santos e enviou uma mensagem para ele. “O êxito das negociações trará grandes benefícios para o povo colombiano e consolidará a imagem de uma América do Sul que realiza hoje grandes transformações de paz. Nossas sociedades repudiam o uso da violência – venha de onde vier – para enfrentar os problemas econômicos, sociais e políticos da região”, diz a mensagem de Dilma, encaminhada ao presidente colombiano.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.