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Itapira, 12 de Abril de 2025
Notícia
01/02/2015 | Após um ano de atuação, Oscip divulga balanço da Santa Casa de Misericórdia

 

 

 

Através de coletiva de imprensa realizada na ma­nhã de ontem, o presidente do Cristália, Ogari de Cas­tro Pacheco, o presidente da Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interes­se Público) Irmã Angélica, Carlos Marangão, a admi­nistradora hospitalar da Santa Casa, Silmara Sant’Ana, e a enfermeira chefe do hospial, Helen Catarino, apresentaram o balanço do primeiro ano de atua­ção à frente da instituição filantrópica. Assim como foi relembrado em dezembro de 2013 a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Itapira estava em vias de fechamento iminente, com o caixa de apenas R$156, dívidas com fornecedores, prestadores e bancos na casa dos R$ 3,3 milhões, salários de funcionários atrasados, UTI (Unidade de Terapia In­tensiva) desativada, poucos leitos em funcionamento, falta de medicamentos, materiais e mantimentos, descredenciamento do SUS e pendência da Certifica­ção do Ministério da Saúde como Entidade Filantrópica. “Quando fomos convidados para ajudar a Santa Casa, entendemos que para po­der melhorar o panorama havia necessidade de algo estruturado e organizado, ou seja, uma Oscip, que representa a sociedade e é composta de membros dis­postos a trabalhar no sentido de recuperar a Santa Casa e de trazer sua contribuição sem conotação partidária ou ideológica que não fosse de servir à sociedade. Acredito que conseguimos”, disse Pacheco.

Carlos Marangão, pre­sidente da Oscip, destacou que o cenário encontrado em 2013 apontava perda de qualidade do hospital como entidade filantrópica e, portanto, foi necessário um extenso processo de treinamento em qualidade de RH e desempenho, com padronização de atendi­mento, melhoria contínua e comunicação, tudo em parceria com consultores voluntários de Itapira e re­gião. “Estamos no meio de um processo de construção de um modelo administra­tivo de sustentabilidade, que demanda de um tempo de trabalho muito maior do que percorremos até aqui e também de recursos financeiros para investimen­tos. Nosso foco tem sido a gestão, que tem que ser técnica, eficiente e colabo­rativa. Não rompemos em nada com o passado, mas estamos trabalhando de forma coordenada focando qualidade imediata, redução de desperdícios, perdas de processos, melhoria contí­nua, flexibilidade”, pontuou.

Entre os pontos destaca­dos no comparativo entre os meses de dezembro de 2013 e 2014 ficou eviden­ciada a redução de parte da problemática encontrada pela Oscip. Além da posição do caixa de R$ 603,9 mil, as dívidas com fornecedores foram renegociadas restan­do R$ 363 mil, as dívidas com prestadores de ser­viços foram quitadas, os salários dos funcionários está em dia, a UTI voltou a funcionar alcançou taxa de 60% de ocupação e a certi­ficação junto ao Ministério de Saúde está regularizada. Além disso, novos convênios foram firmados, como é o caso da Amil, e outros es­tão em fase de negociação, como a Saúde Bradesco e SulAmérica. Dentre os inves­timentos, houve a reforma das instalações elétricas da lavanderia na ordem de R$ 60 mil, aquisição de equi­pamentos para o Centro Cirúrgico com verba de R$ 120 mil, além a elaboração de projetos para Ampliação do Pronto Socorro, Refor­ma da Recepção e Reforma do Pavilhão Virgolino de Oliveira. “Chegar em um hospital com esse déficit e risco iminente de fecha­mento deixa claro que não era possível reverter essa situação em apenas um ano. Esse é um projeto a médio e longo prazo. E a saúde financeira da entidade deve ser atingida depois de três de trabalho. Conseguimos reduzir cerca de 50% do dé­ficit é isso e muito bom visto que haviam dificuldades em várias áreas”, explicou a administradora hospitalar Silmara Sant’Ana.

Conforme destacou a administradora, ainda há muito para avançar, mas é necessário destacar o que já foi feito até agora, como a negociação com bancos, fornecedores e prestadores, melhoria nos processos de aquisição de insumos e medicamentos e redução de estoques vi­sando a fórmula clássica de aumentar receitas e reduzir estoques. “Não reinvestir no hospital reflete direta­mente no atendimento do usuário. Precisamos focar no que é o nosso negócio, que é o de atender as pes­soas e fazer a prestação de serviços médicos”, disse Sant’Ana.

Ainda no tocante de números, foi mencionado o aumento de 16% nas diá­rias hospitalares e 10% nos atendimentos do pronto socorro “Foi um crescimento ainda maior nas internações cirúrgicas, o que significa que estava acontecendo uma evasão de pacientes para outras cidades. E agora o profissional médico está sentindo segurança e as melhorias e trazendo os pacientes para cá. Isso indica credibilidade”, complemen­tou a administradora.

Na visão de Pacheco, os números mostram uma curva de tendência para o ponto de equilíbrio finan­ceiro e, para auxiliar nesse processo, estão previstos alguns eventos beneficen­tes, assim como ocorreu no ano passado com o show de Jorge Aragão. Em primeira mão, ele anunciou que no mês de junho Itapira rece­berá uma apresentação especial de Sérgio Reis e Renato Teixeira, ícones da música raiz. O dinheiro arre­cadado será destinado para compra de equipamentos hospitalares. O empresá­rio também mencionou a possibilidade de buscar apoio junto a empresas e indústrias da cidade para novos investimentos, prin­cipalmente nas reformas de hotelaria.

Ainda dentro do plane­jamento deste ano, Silmara Sant’Ana mencionou as ne­gociações com a Secretaria Municipal de Saúde para a oferta de exames de diag­nóstico aos pacientes SUS. “Ainda não está bom, mas muito melhor em todos os sentidos, desde a alimen­tação ao atendimento do pessoal. É difícil dar per­centuais, mas eu diria que alcançamos pelo menos 50% do trabalho a ser desenvol­vido”, declarou Pacheco.

O presidente da Oscip, Carlos Marangão, também aproveitou a oportunidade para pedir aos membros da irmandade para que retor­nem às suas atividades e colaborem com o desenvol­vimento do hospital. “Não objetivamos lucros, mas sim superávits”, concluiu.

Dengue

Durante a coletiva, os membros da mesa foram indagados sobre a questão da dengue no município. Ogari de Castro Pacheco enfatizou que o atendimento está sendo oferecido e todas as orientações do protocolo do Ministério da Saúde estão sendo seguidas. “Os casos estão sendo atendidos e tudo o que vem para a Santa Casa é notificado para a Vigilância Epidemiológica”, afirmou.

A enfermeira chefe Helen Catarino também aprovei­tou da oportunidade para apresentar o número de notificações do Pronto So­corro nos últimos meses. Em outubro foram 13, novembro 56, dezembro 121 e até o dia 29 de janeiro 158. “São casos suspeitos e positi­vos considerados virgens, ou seja, que não haviam passado em nenhum outro estabelecimento médico anteriormente”, explicou

Fonte: Da Redação do PCI

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