Após uma série de explicações a respeito dos fundamentos da luta marcial chamada de ‘Sandá’, popularmente conhecida no Brasil como Boxe Chinês, o profissional da área de marketing Diego Stéfano Secolin Cavenaghi, 27, já tem tudo para dar início à introdução da modalidade entre os aprendizes da ONG (Organização Não Governamental) Jovem em Ação. Conforme informou, ao longo desta semana visitou a entidade onde palestrou para meninos e meninas falando a respeito de pormenores da prática com o intuito de realizar um trabalho voluntário para ensinar à clientela do Jovem em Ação este tipo de luta. Segundo seus cálculos, pelo menos 50 deles já tinham feito sua adesão.
As aulas serão dadas, conforme destacou a direção da entidade, sempre aos sábados. “Fomos procurados no início deste mês pelo professor Diego que nos apresentou a proposta e achamos bastante oportuna a iniciativa. Determinamos que as aulas fossem aos sábados para não haver conflito com outras atividades dos nossos jovens”, explicou Eliséia Stringuetti Lamari, da direção do Jovem em Ação.
Segundo ela, dentro da proposta apresentada estão incluídos valores cultivados pela entidade como disciplina e respeito ao próximo. O próprio professor fez questão de esclarecer que a atividade, devido à sua origem na corporação militar, exige muita disciplina do praticante. “O Sandá auxilia na formação do caráter do praticante, estimula a autoconfiança, reprime a ansiosidade, além , é claro, de cuidar da parte física”, elencou.
Segundo seu entendimento, um projeto com esta abrangência vai ajudar a popularizar a luta aqui na cidade. Atualmente ele ensina esta arte marcial em duas academias da cidade, a DNA (avenida dos Italianos) e a Espaço Físico (região central).Ele pretende durante as aulas práticas introduzir ensinamentos da cultura chinesa e das artes marciais como o Kung-Fu que deu origem ao Sandá. “Elementos da filosofia destas artes marciais são essenciais para o fortalecimento da compreensão porquê e como devem ser praticadas”, explica.
Na hipótese do número de interessados for superior à sua própria capacidade de ministrar as aulas, Cavenaghi disse dispor de uma equipe que trabalha com ele que atuarão como equipe de apoio. “São alunos avançados que também estão engajados neste processo”, destacou. Ele tem um grupo de praticantes denominado Tao-Long.
Cavenaghi conta que desde que era garoto sempre se interessou por artes marciais. “Pratiquei karatê, boxe e kung fu. Há cerca de sete anos fui apresentado ao Sandá, por intermédio de praticantes da academia Shaolin do Norte, de Mogi Guaçu, e nunca mais parei”, relatou.
Indumentária
Questionado se é preciso o uso de vestimentas específicas, tipo quimonos, para a prática do Sandá, Cavenaghi disse que não. Segundo ele, os praticantes masculinos se utilizam de shorts e camisetas cavadas. Já as mulheres fazem usocalças lycra e shorts. “São peças de roupas que valorizam o movimento.Isto é o suficiente”, concluiu.