A  companhia teatral Talagadá ( teatro de formas animadas formada pelos atores Danilo Lopes, João Bozzi e Valner Cintra) foi um dos destaques do VII Festival dos Inhamuns  , de Circo, Bonecos  e  Artes de Rua . 

 

O Festival dos Inhamuns é um importante encontro de artes cênicas realizado no sertão dos Inhamuns no interior do Ceará, que abrange diversos municípios(Tauá, Aiuaba, Parambu, Quiterianópolis, Arneiroz e Catarina). É o único em todo o estado cearense que trabalha com múltiplas linguagens oferecendo espaço para mostra de talentos dos artistas de rua, circenses, bonequeiros e performances. Realizado de 24 de maio  a 1º de junho, o evento costuma atrair artistas de vários estados e até de países vizinhos.

Foi a primeira apresentação dos itapirenses no referido festival, onde realizaram três apresentações do espetáculo “Na Boca do Lixo”. A participação neste festival ( um dos mais importantes na divulgação da arte popular em todo o Brasil) se dá por meio de um processo de seleção dos interessados. Foram mais de  250 inscrições  para serem selecionadas 50 atrações, entre elas a Cia Talagadá.

 

Além de um intercâmbio formidável, do reconhecimento à sua arte, o grupo itapirense ficou particularmente espantado com a empatia popular. “De repente, logo após começar a intervenção na rua, nos vimos cercados por cerca de 600 pessoas numa única apresentação” , destacou Valner Cintra. João Bozzi e Danilo Lopes  também se impressionaram  com o calor humano dos  anfitriões , principalmente em decorrência de um quadro de sofrimento do qual muito se ouve falar aqui na região Sudeste, mas que segundo eles é mais impactante ao observar de  perto devido à questão da seca. “Além de todo planejamento e organização do evento, o mais impressionante foi o carinho e atenção com que as pessoas nos receberam, pelos vilarejos por onde os ônibus passavam, as pessoas saiam as ruas para ver, fomos recebidos por uma multidão ansiosa que espera um ano inteiro pelo festival de braços abertos, participando e privilegiando intensamente pois para eles, a atividade artística não é apenas um entretenimento, diversão, é tratado com seriedade, pois compreendem que a arte e a manifestação cultural é um grande grito, uma, das poucas armas contra as adversidades encontradas numa região de descaso político/social agravados por períodos de seca, fato que foi possível observar num assentamento que lutam pela reforma agrária, que através do teatro, contaram o sofrimento e a exploração nas fazendas de carvão d e propriedade de ‘Coronéis’”,  comentou Danilo Lopes. “De fato, foi muito importante para nós participar deste festival, a troca de experiências, contatos com outros grupos, ver os diferentes tipos de trabalho que são realizados em diversas regiões do país”, acrescentou Bozzi.

 

 

Participação itapirense foi muito elogiada