Dentro de aproxima­damente 20 dias irá com­pletar um ano que a cidade passou a ter cobertura de 100% no recolhimento do lixo reciclável, ao incluir no programa bairros rurais de Eleutério, Barão Ataliba Nogueira e Ponte Nova. Não por acaso, a Ascorsi (As­sociação dos Coletores de Resíduos Sólidos de Itapira) contabilizou neste início de ano quase 92 toneladas de material recolhido, 450% as mais do que as 20 tone­ladas recolhidas em 2011, quando o projeto recebeu oficialmente pela primeira vez apoio da Prefeitura.

Segundo a direção da Ascorsi, o número do ma­terial recolhido reflete o trabalho de conscientização e, consequente, adesão da comunidade ao proje­to. Atualmente a Ascorsi conta com o trabalho de 60 associados, nada mal para cerca de oito deles que atuavam em 2011. Embora isto não seja encarado como um desafio, uma meta a ser perseguida a qualquer custo, a direção da Ascorsi avalia que é perfeitamen­te possível atingir a marca simbólica de 100 toneladas mês ainda neste ano.

Case de sucesso

O reconhecimento da As­corsi como uma associação que cumpre rigorosamente com suas atribuições ocorre também por parte de ou­tras cidades. “São poucas as cidades que conseguem exibir 100% de coleta de lixo reciclável”, observou a coordenação do projeto de Coleta Seletiva Solidária, que entre outros apoiadores, tem patrocínio da Petrobras. A Ascorsi entende ainda que o trabalho de formiguinha realizado a partir de 2011, no sentido de convencer a so­ciedade de que é importante separar o lixo reciclável, tem produzido resultado, respal­dado por uma campanha de conscientização que nunca deixou de ser realizada.

Itapira, segundo a asso­ciação, virou case exemplo neste assunto. “Recebemos constantemente consultas, quando não, visitas presen­ciais de autoridades que representam diversos mu­nicípios que vem conhecer de perto nossa experiência”, diz a associação.

Esta maior conscientiza­ção, aliada a outros fatores como, por exemplo, a mu­dança da Ascorsi para num prédio mais adequado, no investimento feito em equi­pamentos, e da campanha midiática levada a cabo, também ajudam a explicar o salto dado no volume recolhido todo mês.