A Ascorsi (Associação dos Coletores de Resíduos Sólidos de Itapira) deve ganhar até o final do mês um novo endereço. As atuais e acanhadas instalações que funcionam desde 2011num barracão do bairro São Vicente deverão ser transferidas, se não surgir nenhum empecilho nas negociações entre a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e os proprietários, para um prédio localizado na avenida Fenízio Marchini.
Nem os proprietários , nem a Sama quiseram falar sobre as tratativas. José Alair de Oliveira, diretor de Agricultura, admitiu que as negociações estão na reta final, mas, cauteloso, disse que somente se manifestará depois que o contrato estiver assinado. “Existem ainda várias pendências que precisam ser equacionadas, portanto, tudo o que for dito agora corre o risco de se tornar mera especulação”, advertiu.
O prefeito José Natalino Paganini (PSDB), no evento de apresentação, em Amparo, do Projeto de Resíduos Sólidos do Cisbra (Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico do Circuito das Águas), realizado no dia 09 deste mês, também falou com entusiasmo da possibilidade de se fechar acordo com o prédio pretendido. “Temos como meta reduzir para 25% o total do lixo levado para o aterro sanitário. Não tem outra forma de se conseguir isso sem fortalecer o trabalho de recolhimento do lixo reciclável. Um passo importante nesse sentido será o de encontrarmos um local de trabalho mais adequado para a Ascorsi, processo este que está sendo finalizado”, admitiu.
O vereador Maurício Casimiro de Lima (PSDB), líder do prefeito na Câmara, foi quem deu maiores detalhes. “No final do ano passado, com apoio de todos os vereadores, a Câmara aprovou uma dotação suplementar de R$ 30 mil para que a Ascorsi invista em novas instalações. Trata-se de um prédio com totais condições de absorver o trabalho da associação e que vai permitir a ampliação de seus trabalhos”, revelou.
O prédio localizado na avenida Fenízio Marchini vem passando por processo de acabamento final. Tem área construída em torno de mil metros quadrados. Conforme avaliação de uma pessoa familiarizada com o trabalho de recolhimento do lixo reciclável e que pediu anonimato, o local pretendido é estratégico. “Além da capacidade de permitir armazenar e processar um volume muito maior de material, tem fácil acesso, o que vai facilitar a visita de pessoas que quiserem levar material reciclado para a associação. Tem uma logística mais favorável e deve atrair novos associados”, projetou.
Números
A partir de 2011 a Ascorsi tem aumentado a área da coleta do lixo reciclável sempre com apoio da Prefeitura. O serviço de coleta foi se expandindo gradualmente e atualmente atinge 100% da zona urbana. A próxima etapa prevê estender a coleta seletiva para bairros da Zona Rural. Em 2011 foram recolhidas cerca de 148 toneladas/ano. Em 2012 foram 399 toneladas e no ano passado este número saltou para 586 toneladas.
Para este ano a ideia é melhorar ainda mais esses resultados e as atuais instalações representam um sério obstáculo para que a meta seja alcançada. Calcula-se que 30% de todo lixo levado para o aterro sanitário (cerca de 50 toneladas/dia) possa ser reciclado.
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