O ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, disse hoje (18) que a confirmação de que um avião comercial foi abatido quando sobrevoava a Ucrânia seria "um ato de ira contra a decência humana". "Se isso realmente for confirmado, seria um ato contra a Lei internacional?, disse o governante aos jornalistas.
O avião da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, viajava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10 mil metros.
O Boeing-777 perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk - palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes pró-russos.
Os serviços secretos norte-americanos disseram ?acreditar fortemente? que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, de origem ainda desconhecida.
O Conselho Permanente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce) marcou reunião de emergência para hoje, um dia depois do acidente do avião no leste da Ucrânia. A reunião acontece em Viena. A Osce efetua uma missão especial de observação na Ucrânia desde março.
A operadora nacional da Malásia é uma das poucas empresas que ainda utilizam o corredor aéreo da Ucrânia na ligação entre a Ásia e a Europa. A maioria das companhias aéreas deslocou o tráfego mais ou menos 250 quilômetros, para evitar sobrevoar esta zona de conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
"Deixamos de voar sobre a Ucrânia por causa de preocupações com a segurança", disse o porta-voz da Asiana, uma companhia aérea da Coreia do Sul, assim como a Korean Air, a australiana Qantas e a China Airlines.
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