Em 2011 (13/07), o Impostômetro marcou 1 trilhão de reais de tributos arrecadados
A Associação Comercial e Empresarial de Itapira - ACEI está divulgando o estudo e pesquisa do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário que consta que o contribuinte brasileiro trabalha até o dia 29 deste mês, somente para pagar os tributos (impostos, taxas e contribuições) exigidos pelos governos federal, estadual e municipal.
A tributação incidente sobre os rendimentos (salários, honorários, etc.) é formada principalmente pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária (INSS, previdências oficiais) e pelas contribuições sindicais.
Além disso, o cidadão paga a tributação sobre o consumo – já inclusa no preço dos produtos e serviços – (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc) e também a tributação 3 sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI, ITR). Arca ainda com outras tributações, como taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos) e contribuições (iluminação pública,...).
Em 2003, do seu rendimento bruto o contribuinte brasileiro teve que destinar em média 36,98% para pagar a tributação sobre os rendimentos, consumo, patrimônio e outros. Em 2004 comprometeu 37,81%, em 2005 destinou 38,35%, em 2006 destinou 39,72%, em 2007 comprometeu 40,01%, em 2008 destinou 40,51%, em 2009 comprometeu 40,15%, em 2010 comprometeu 40,54%, em 2011 comprometeu 40,82% do seu rendimento bruto e destinará 40,98% no ano de 2012.
Assim, no ano em curso, dos 12 meses do ano, o cidadão tem que trabalhar 4 meses e 29 dias (150 dias, em média 5 meses) somente para pagar toda esta carga tributária. Em virtude deste ano ser bissexto, trabalhará um dia a mais para pagar impostos.
Veja o quadro abaixo:
Dias médios trabalhados por ano somente para pagar tributos:
década de 70 = 76 dias ou 2 meses e 16 dias
década de 80 = 77 dias ou 2 meses e 17 dias
década de 90 = 102 dias ou 3 meses e 12 dias
ANO DIAS MESES
1986 82 2 meses e 22 dias
2012 150 4meses e 29dias
Na comparação fica claro que hoje se trabalha o dobro do que se trabalhava na década de 70, para pagar a tributação.
O presente estudo, em edição anterior, serviu de motivação para o Deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), elaborar um Projeto de Lei, que foi aprovado e se transformou na Lei Nº 12.352/2010, que instituiu o dia 25 de maio como o “Dia Nacional de Respeito ao Contribuinte”. A edição paradigma foi a do ano de 2006, quando então, se trabalhava 145 dias por anos só para pagar impostos, sendo que a “alforria” se dava no dia 25/05. De lá para cá foram acrescentados mais 5 dias de trabalho para os brasileiros nessa odisseia em prol dos Governos, no que concerne ao pagamento de impostos.
Ressalte-se que nesse mesmo período, ou seja, de 2006 a 2011, a Carga Tributária em relação ao PIB cresceu 1,5 ponto percentual, passando de 34,52% para 36,02%.
O levantamento foi feito por faixa de renda. Considerando-se, para fins tributários, a faixa mensal de rendimento de até R$ 3.000,00 (classe baixa), de R$ 3.000,00 a R$ 10.000,00 (classe média) e acima de R$ 10.000,00 (classe alta).
A Associação Comercial e Empresarial de Itapira (ACEI) vem participando do manifesto “Hora de Agir” realizado pela FACESP (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de São Paulo), que vem acompanhando através do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o cálculo diário dos impostos arrecadados pelos governos. No ano passado foi realizado uma mobilização no dia 13 de setembro, quando o impostômetro computou 1 trilhão de reais arrecadados.
O presidente da ACEI, José Aparecido da Silva, ressaltou a importância desta mobilização e de informações como esta que a FACESP repassa às associações comerciais, para que as mesmas também conscientizem seus associados, sobre o peso da carga tributária que prejudica o crescimento das empresas em nosso país.
Na segunda-feira, 28, Impostômetro alcançará R$ 600 bilhões
O Impostômetro alcançará nesta segunda-feira (28), às 00h30, R$ 600 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais pagos por todos os brasileiros desde o 1º dia do ano. Em todo o ano passado o painel totalizou R$ 1,5 trilhão, um recorde histórico desde a sua criação, em 2005. Esse ano a previsão é para que ele chegue, pelo menos, a R$1,6 trilhão.
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