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Itapira, 15 de Janeiro de 2025
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17/11/2013 | Beto Coloço: Itapira tem de ir pro mato
Os itapirenses têm uma relação contraditória com seu patrimônio natural. Orgulham-se, mas não se apropriam dele. Frequentemente, referem-se às nossas atrações naturais como “o mato”. E o mato é, invariavelmente, um estorvo, antônimo de desenvolvimento. Portanto, o melhor a fazer é eliminá-lo -- como, aliás, muitos têm feito para criação de gado ou lavouras de cana.
 
Para nós, o inverso é verdade: o mato é onde mora a galinha dos ovos de ouro. Nossas atrações naturais, se protegidas e adaptadas, podem ser o principal atrativo turístico da cidade.
 
Pensemos no complexo da Ponte Nova. Uma vila bucólica e surpreendente para quem visita, com corredeiras desafiantes. Já presenciei, e não foi uma só vez, hotéis de Águas de Lindóia trazendo seus turistas para conhecer e desfrutar deste local.
 
E nós itapirenses, por quê não aproveitamos este potencial? Outro exemplo é o Morro do Cruzeiro. A região e o caminho são maravilhosos, a vista lá de cima é espetacular e semanalmente, centenas de ciclistas e praticantes de off road percorrem esta região, diga-se de passagem, sem estrutura alguma para o turismo, apenas pelo bel prazer de se estar nas montanhas. Outro potencial desperdiçado.
 
Poderia citar ainda uma dezena de locais como as corredeiras das Duas Pontes, o roteiro Itapirinha/Eleutério/Sapucaí, além de centenas de quilômetros de belas estradas rurais que fazem divisa com municípios como Serra Negra, Águas de Lindóia, Amparo Espírito Santo do Pinhal, Monte Sião, Jacutinga e por aí afora. Verdadeiros cartões postais.
 
Acreditamos que já tenha passado da hora de pensarmos em uma estratégia concreta para desenvolvermos o turismo de aventura, que aliado ao turismo rural e gastronômico já em funcionamento, fecharia um importante leque de opções turísticas.
 
Precisamos, urgentemente, abrir uma série de conversas com empresários, proprietários de fazendas, ambientalistas e governos locais para definir um plano de ação a médio prazo. Colocar as atrações naturais a serviço do turismo é uma ideia tão óbvia que espanta como ninguém tenha pensado nela antes.
 
Águas de Lindóia, Amparo e Serra Negra já deram esse passo, e com sucesso.
Fonte: Beto Coloço

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