Com Neymar, suspenso, coube a Borges a tarefa de fazer gol. Goleador é para essas coisas. Santos superou o Ceará por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Pacaembu.
Com o resultado, a equipe paulista foi a 11 pontos e pode até terminar a jornada fora da zona do rebaixamento.
O Santos desde o início era um time sem eficiência ofensiva, com dificuldades na troca passes no meio.
Aos nove minutos, o criticado Elano, que até então vinha sendo muito bem marcado por Heleno teve na bola parada sua primeira grande oportunidade. A curva da bola enganou o goleiro Diego, que só conseguiu espalmá-la, com dificuldades, para a linha de fundo.
Convicto de que o Santos não estava bem em campo e de que um gol do Ceará poderia acontecer a qualquer momento, Muricy Ramalho deixou de lado a estratégia que tinha adotado e voltou ao 4-4-2, com a saída do lateral Leandro Silva, visivelmente nervoso em campo, e a entrada do atacante Diogo.
A mudança logo surtiu efeito e o então lateral direito Arouca deu outra dinâmica ao time do Santos, que passou a acuar o Ceará e se tornou mais agressivo, para a alegria do torcedor que esteve no Pacaembu.
Além de Arouca, que acabou sendo o melhor jogador da primeira etapa, Elano reapareceu, com lançamentos precisos e errando poucos passes, e Diogo, que entrou cheio de gás para se aproximar de Borges, que estava muito isolado.
O gol do Santos finalmente aconteceu aos 31, após belo passe de Elano, encontrando Arouca, o lateral direito, que bateu para o gol. No rebote do goleiro Diego, Borges não perdoou e colocou a bola no fundo das redes. Contratado em maio, o camisa nove já entra para a história do Santos, como autor do gol número 11.700 nos 99 anos de existência do clube alvinegro.
A pressão santista continuou, tanto que aos 40, após bela jogada de Arouca, Paulo Henrique perdeu um gol incrível, embaixo da trave e sem goleiro.
O segundo tempo começou com o Santos no ataque, da mesma forma que vinha sendo. Logo aos dois minutos, após lançamento preciso de Elano, Borges ajeitou batendo, mas a bola saiu pela linha de fundo. Cinco minutos mais tarde, foi a vez de Pará, que vinha muito bem na lateral esquerda, ser o autor de um drible ousado e um cruzamento que Diogo ajeitou e Elano chegou batendo para belíssima defesa do goleiro Diego.
Aos 16, o Ceará deu o primeiro susto no torcedor santista. Após passe de bicicleta de Heleno, Roger apareceu livre na área para cabecear para o gol. A bola entrou, mas a arbitragem assinalou o impedimento.
Esse foi um dos últimos lances de emoção da partida, já que Muricy Ramalho lançou mão de Adriano e Bruno Aguiar e o Santos praticamente abdicou de jogar futebol, enquanto Felipe Azevedo e Washington, que foram as opções de Vagner Mancini não conseguiram corresponder e o Ceará ficou perdido em campo.
Nos últimos minutos, o Vozão esboçou uma reação, mas a segura (e reforçada) defesa do Santos deu conta do recado, garantindo os três pontos e a fuga da zona perigosa.
SANTOS 1 X 0 CEARÁ
Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 7 de agosto de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS)
Assistentes: Julio Cesar Rodrigues Santos (CBF) e Luiz Muniz de Oliveira (RJ)
Cartões amarelos: Leandro Silva e Henrique (Santos); Rudnei, Heleno e Boiadeiro (Ceará)
GOL: Santos - Borges, aos 31 do primeiro tempo.
SANTOS: Rafael; Leandro Silva (Diogo), Edu Dracena, Durval e Pará; Arouca, Ibson (Adriano), Henrique, Paulo Henrique Ganso e Elano; Borges (Bruno Aguiar)
Técnico: Muricy Ramalho
CEARÁ: Diego; Boiadeiro (Felipe Azevedo), Fabrício, Anderson Luís e Egídio; Rudnei, Michel, Heleno e Thiago Humberto (Enrico); Osvaldo e Roger (Washington)
Técnico: Vagner Mancini
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.