Uma manifestação convocada para este sábado (19) em Bruxelas contra a intervenção militar israelense na Faixa de Gaza, da qual participaram cerca de 2.000 pessoas, terminou em confrontos com a polícia. Os incidentes ocorreram no final da marcha, quando cerca de 100 jovens separaram-se dos demais manifestantes e começaram a quebrar vidros de carros estacionados nas imediações.
Em 12 dias, 330 palestinos morreram e mais de 2.400 ficaram feridos. As vítimas, em sua maioria, são civis. A situação se agravou quinta-feira (17), quando Israel iniciou uma ofensiva terrestre, que se soma aos bombardeios da Aviação e da Marinha de Guerra.
Na capital belga, os manifestantes queimaram bandeiras de Israel e dos Estados Unidos e gritaram palavras de ordem como ?morte aos judeus?.
Na sequência da intervenção policial, vários agentes apresentavam ferimentos ligeiros, mas não ha registro de detenção de manifestantes.
Em Paris, apesar da proibição policial e dos avisos do presidente, François Hollande, centenas de manifestantes tentaram fazer um desfile de protesto, mas a polícia bloqueou a iniciativa. Nas ruas da capital francesa, manifestantes atiraram pedras e garrafas e a polícia antimotim respondeu com disparos de gás lacrimogênio.
Hollande justificou a proibição do protesto com a necessidade de preservar a "ordem pública" e evitar a repetição de cenas de violência registradas este mês.
Centenas de pessoas manifestaram-se também em Santiago, no Chile, solidarizando-se com o povo palestino e exigindo um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Na capital chilena, a marcha foi convocada por diversas federações de estudantes universitários e do ensino secundário.
A maior comunidade de palestinos fora do mundo árabe reside no Chile e está estimada em 400 mil pessoas, a maioria descendente de palestinos que emigraram ao longo do século 20.
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