O CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) lançou nesta semana a campanha de arrecadação do 1% devido do Imposto de Renda das pessoas jurídicas e de até 6% das pessoas físicas. A atuação se dá principalmente frente às grandes empresas, que tem até o dia 30 de dezembro para fazer a declaração. O principal objetivo da campanha é esclarecer sobre as vantagens desse tipo de aplicação e atrair empresas de médio e grande porte da cidade que ainda não adeririam e explicar aos empresários que não existe nenhum gasto a mais com isso, somente será encaminhado parte do que já deveria ser pago à Receita Federal para as entidades assistenciais.
Durante a coletiva de imprensa – que contou com a presença da presidente do conselho, Rosângela Martucci, da vice-presidente, Ana Maria do Nascimento Brunialti, da conselheira fiscal, Yolanda Maria Massarotti Tosco, e da secretária de Promoção Social, Eliana Assugeni Sobreiro Dias – foram apresentados os valores dos 31 projetos desenvolvidos nas entidades em 2014. Em 2013, apenas seis projetos tinham sido custeados com a verba.
Ao todo, os projetos da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Aipa (Associação Itapirense de Preparo do Adolescente), ADI (Associação Down de Itapira), Casa da Criança ‘Celencina Caldas Sarkis’, CAHEK (Casa dos Amigos Helen Keller), Casa Transitória ‘Flávio Zacchi’, Educandário Nossa Senhora Aparecida, Lar São José e Sepin (Serviço de Proteção à Infância e Adolescência de Itapira), além dos custos para elaboração do Diagnóstico Municipal da Criança e do Adolescente de Itapira, custaram R$845.016,40. A expectativa é que o dinheiro arrecadado neste ano seja ainda maior e se aproxime da marca de R$1 milhão. “O aumento do número de projetos foi muito grande. A criança que está sendo assistida dentro da entidade não está na rua e têm projetos específicos para ela e para a família. É um trabalho extensivo aos pais, familiares e comunidades, atingindo muito mais de duas mil pessoas”, declarou a presidente do conselho.
Rosângela Martucci explicou também que a doação só pode ser feita sobre o Lucro Real das empresas ou, no caso das pessoas físicas, da declaração completa. “Esse dinheiro que iria todo para o governo é encaminhado ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e é a chance de o declarante saber como esse 1% está sendo utilizado. Para isso, basta pegar um boleto, preencher o valor e entregar no banco”. “É um adicional que permite que a entidade possa desenvolver um trabalho diferenciado do habitual”, complementou a secretária de Promoção Social.
Um dos principais pontos destacados pelas conselheiras foi a criação do CNPJ próprio do CMDCA. Antes disso, o doador tinha que optar pelo cadastro geral da Prefeitura, o que acabava gerando insegurança para alguns. “Algumas empresas ainda são inseguras quanto a essa doação. Acham que podem se expor ou pensam que esse dinheiro irá para a Prefeitura, devido à utilização do antigo CNPJ. Por esse e outros motivos criamos o CNPJ próprio do CMDCA, para que no ato da doação eles possam selecionar nosso fundo. Também acho importante esclarecer que essa verba tem que passar pelos cofres públicos e pela gestão do poder público para que possa ser distribuído corretamente. Os conselhos estão ligados às secretarias por questões de legislação. Não é um desejo do gestor de controlar a vida dos conselhos ou manipular recursos, mas trata-se de uma exigência legal”, esclareceu Eliana Sobreiro.
Todas as pessoas físicas e jurídicas que se interessarem pela colaboração ou tiverem dúvidas podem entrar em contato com a Secretaria de Promoção Social ou com o CMDCA pelos telefones (19) 3813.9510 ou 3813.9536, com Érica, pelo e-mail pro[email protected] ou na Rua Vitório Coppos, 122, bairro São Benedito
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