A chegada do mês de fevereiro promete reforçar uma sensação comum a muita gente de que o ano começa realmente no Brasil depois do Carnaval. A pausa forçada para a folia será a primeira de uma incrível série de 12 feriados prolongados, contando, evidentemente o dia 01 de janeiro, cenário bastante diferente do que ocorreu em 2014, quando houve um encadeamento no segundo semestre de três feriados que caíram no domingo.
Para este ano, as datas tão aguardadas pela maioria se iniciam em 17 de fevereiro, o Carnaval, depois haverá o 03 de abril, Paixão de Cristo; 21 de abril, Tiradentes, que cai na terça-feira; 1º de maio, Dia do Trabalho, na sexta-feira; 13 de maio, na quarta-feira; 04 de junho, Corpus Christi, na quinta-feira; 09 de Julho, na quinta-feira, Dia do Soldado Constitucionalista, somente no Estado de São Paulo; 07 de setembro, Independência do Brasil, na segunda-feira; 08 de setembro, Dia de Nossa Senhora da Penha, feriado local, na terça-feira; 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, na segunda-feira; 24 de outubro, no sábado, aniversário da cidade; 02 de novembro, Finados, na segunda-feira; 15 de novembro, Proclamação da República, no domingo, e 25 de dezembro, Natal, na sexta-feira.
Para José Roberto Prado, empresário do setor de turismo, trata-se de um fato a ser observado melhor. “Certamente que vai causar um impacto positivo na venda de pacotes de turismo. Já temos notado uma movimentação neste sentido. Mas que for viajar neste período deverá estar preparado, por exemplo, para pagar mais caro”, avisa. Ele disse ainda que no seu caso particular, quando cumprir a observância do feriado, não vai fechar a agência nem no dia anterior, nem no dia subsequente, quando for o caso da coincidência. “Se tiver oito feriados destes em que as pessoas emendam, ficaria oito dias fechado. Não seria justo com nossos clientes”, afirmou.
Um empresário do setor metalúrgico, que não quis se identificar, considera uma extravagância tantos feriados no país. “Veja bem que situação desconexa com a realidade: teremos um ano de grande aperto na economia, com inflação alta, juros na estratosfera, realinhamento de tarifas, falta de água , provavelmente problemas no abastecimento de energia, desemprego e as pessoas estão preocupadas em fazer plano para uma sequência de feriados. Dá vontade de mudar de país”, condenou. Ele fala ainda dos prejuízos financeiros que tantos feriados acarretam. “Ao somar os feriados e os dias que as pessoas enforcam, estamos falando de quase um mês todo sem trabalho. Se você colocar na ponta do lápis o impacto que isso causa na contabilidade das empresas, do país como um todo, isso representa um prejuízo bilionário”, destacou.
Para o presidente da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira), José Aparecido da Silva, tantos feriados em série vão prejudicar o comércio. “Muitos colegas questionam por exemplo o feriado de 08 de setembro, dia de Nossa Senhora da Penha, que cai numa terça. Se o comerciante fecha a loja no sábado, digamos, às 16h00, só vai reabri na quarta-feira de manhã. Isso é algo que pesa muito nas contas dos lojistas. Além do mais, tem o outro lado, daquelas pessoas que deixam a cidade por causa dos dias sem trabalho”, questiona.
Aparecido disse que os lojistas pretendem discutir esta questão junto ao Sicomvit (Sindicato do Comércio Varejista) para que haja alguma forma de se chegar a um acordo com o sindicato dos trabalhadores para, se possível, flexibilizar o contrato firmado entre as duas categorias para este ano. “Existe uma corrente que pretende apelar para o bom senso e evitar que as lojas permaneçam muitos dias sem funcionar”, posicionou-se.
Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.