O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Liu Weimin, confirmou hoje (4) que o governo pode conceder autorização provisória para que o advogado e dissidente político Chen Guangcheng, que é deficiente visual, prossiga os estudos fora do país. Segundo o porta-voz, o pedido de Chen ainda não foi formalizado, mas assim que ocorrer o caso será tratado como os de outros chineses que solicitaram autorização para estudar no exterior.
O caso de Chen chamou a atenção do mundo, depois que ele pediu abrigo à Embaixada dos Estados Unidos na China por seis dias. O dissidente disse que ele, a mulher, a filha e a mãe estavam sendo ameaçados de morte por suas atividades políticas. Até então, Chen era mantido em prisão domiciliar, mas conseguiu escapar. Atualmente, ele está em um hospital.
Ontem (3), Chen reiterou o pedido de ajuda ao exterior por meio de um telefonema a representantes do governo dos Estados Unidos que estão em visita oficial à China. Na conversa, Chen pediu o apoio das autoridades norte-americanas para conseguir deixar o território chinês. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chefia a equipe de autoridades em visita oficial à China.
O presidente da China, Hu Jintao, apelou hoje em favor do que chamou de "confiança mútua" entre chineses e norte-americanos. Segundo ele, é fundamental estabelecer "um novo de tipo de relação" entre os dois países que "tranquilizará" o mundo inteiro.
"Independentemente das mudanças que possam ocorrer no mundo e da evolução interna de cada um dos nossos países, a China e os Estados Unidos devem comprometer-se firmemente no desenvolvimento de uma parceria", disse Hu Jintao.
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