Segundo dados do INMET (Instituto Nacional de Metereologia), choveu num período de duas horas pouco mais de 30 milímetros. “A água veio invadindo tudo, causando o maior estrago”, apontou o mecânico de motocicletas Diego Pelizzer, que mora segundo contou, a vida toda, no trecho da rua Inglaterra que enfrenta problemas. Disse que já se cansou de promessas feitas pela Prefeitura. “Todo mundo vem aqui e promete que vai resolver o problema e, no entanto, tudo continua do mesmo jeito. Deveria ter uma rede para água da chuva e outra para o esgoto. O problema é que a água da chuva vai para a rede de esgoto que não suporta o volume e invade as casas”, protestou.

 

Seu vizinho, o técnico em enfermagem Carlos Roberto Barbosa, lembrou que em fevereiro o problema já havia ocorrido. “É um problema recorrente, que sempre nos traz preocupação, mas ninguém se mexe para resolver”, criticou. Outra moradora, Simone Aparecida Duarte , disse que mora há pouco tempo no local, em uma casa cedida pelo pai, que já a havia advertido do problema. “Meu pai morou a vida toda aqui e enfrentou diversas situações de risco. Ele me avisou que isso ocorria. Infelizmente a gente tem que lidar com este tipo de situação”, descreveu. Segundo Simone, as enchentes ocorrem nas residências de somente em um dos lados da rua, aquele onde a inclinação é maior.

 

Centro

 

Na região central a situação é parecida. Segundo a moradora Elizabeth Nadir Anela, basta uma chuva um pouco mais forte para que o trecho onde reside na rua XV de Novembro, perto do cruzamento com a rua Manoel Pereira, apresente alagamento em diversos imóveis.

 

Ela contou que em 1995, quando o prefeito era José Casimiro Rodrigues, a prefeitura realizou uma intervenção nos fundos da residência, trocando a tubulação antiga por uma de maior diâmetro, resolvendo parte do problema. “O engenheiro que cuidou da obra havia me dito naquela época que o problema só seria resolvido definitivamente com a substituição dos tubos na rua XV. Já se passaram 20 anos e até hoje ninguém mexeu uma palha”, criticou.

 

O aposentado Paulo Sieve referendou o que disse Elizabeth. “Quando chove é um tormento. Todo mundo fica com medo”, disse.

 

O advogado Benedito Galvão dos Santos disse que o problema tem sido recorrente e torce para que as autoridades deem uma solução definitiva. “Do jeito que está não dá para ficar mais”, reclamou.

 

O cruzamento das ruas XV de Novembro e Manoel Pereira recebe a água que desce pelos dois lados da XV, além do que corre pela Manoel Pereira, proveniente do setor onde está a Igreja Matriz de Santo Antonio. Quando o volume de chuva é grande a tubulação não comporta, o mesmo ocorrendo com o trecho do Córrego Lavapés, que cruza a XV de Novembro.

 

A reportagem de A Cidade tentou ouvir a Secretaria de Obras a respeito do assunto e até o fechamento desta edição nenhuma resposta havia sido enviada pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura.