Com o registro de 272,1 mm de chuvas em dezembro passado, o ano de 2012 totalizou, segundo dados aferidos pela estação de tratamento de água (ETA) do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) , exatos 1522.9 mm , a terceira maior marca desde 1998 quando a autarquia começou a compilar esta tipo de informação. Cada milímetro corresponde a um litro de água por metro quadrado.
O recorde pertence ao ano de 2009, quando choveu 1937,1 mm. A segunda marca foi de 2011, com 1.720,7 mm. Curiosamente, em meio às três maiores marcas dos arquivos do SAAE ficou a segunda menor de todas elas, 1272,2 mm registrados em 2010. A menor foi observada no ano de 2003, 1136,5mm.
Em dezembro passado choveu mais que o dobro do mesmo período de 2011, quando foram registrados 129,1 mm. Apesar da boa intensidade de chuva de dezembro, a marca de 272 mm figura somente em 5º lugar entre os maiores índices para o mês. O recorde do mês pertence a 2001, com 270 mm. A menor marca foi registrada em 2008 com 106,5 mm.
A Coordenadoria de Defesa Civil do Governo Paulista adverte que o fato das chuvas da última semana de 2001 e início de 2013 ter ficado aquém do esperado em algumas regiões do Estado de São Paulo ( incluindo a faixa leste onde fica Itapira) não implica que devam ser abandonados procedimentos de emergência. Segundo o órgão o mês de janeiro tradicionalmente é o mais chuvoso e que os organismos incumbidos em dar suporte às ações de remoção de pessoas de áreas atingidas devem ficar de prontidão. “A orientação da Defesa Civil Estadual é principalmente voltada para comunidades localizadas em áreas de risco, alertando para que abandonem estas áreas aos primeiros sinais de anormalidades, como trincas, rachaduras em paredes, muros e deslizamentos de terras, além do aumento do nível de rios e córregos. Em caso de emergência ou dúvidas, a população deve procurar imediatamente as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil (199) ou os órgãos de emergência como a coordenadoria de defesa civil da cidade”, diz o boletim.
Em janeiro do ano passado choveu 351,7 mm segundo o SAAE. O recorde pertence ao ano de 1999, ano da última grande enchente que atingiu a cidade, com 529,4 mm. Em 2011 chegou-se muito perto disso, com 511,4 mm. A menor marca registrada num mês de janeiro foi em 2001, com módicos (para o período) 115,3 mm.
O nível do Ribeirão da Penha espelha de maneira significativa o comportamento atípico das chuvas neste início de ano. Os cerca de dois metros de profundidade aferidos na tarde de ontem pela Defesa Civil contrastam com os quase cinco metros registrados no mesmo período do ano passado. A irregularidade das chuvas já tem causado preocupações inclusive ao setor elétrico nacional, já que a maioria das barragens que garantem o funcionamento das usinas hidroelétricas no eixo-sul/sudeste e centro este estão muito abaixo de sua capacidade de armazenamento.
Os agentes Mota e Massari, da Defesa Civil, inspecionam nível do Ribeirão da Penha