O vulcão chileno Puyehue, que fica na Cordilheira dos Andes, causou novos transtornos na Argentina. Nesse domingo (16), quando os argentinos festejavam o Dia das Mães, o céu de Buenos Aires escureceu de repente. Eram as cinzas do Puyehue, que obrigaram as autoridades argentinas a cancelar voos nos dois principais aeroportos da capital: o Aeroparque e o de Ezeiza.
Durante meio século, o Puyehue ficou adormecido. Em junho passado, véspera das férias de inverno no Hemisfério Sul, o vulcão acordou. As erupções levaram as autoridades a esvaziar os povoados vizinhos. Mas as nuvens de cinzas afetaram mais a Argentina do que o Chile.
A região de San Martin de los Andes, um dos destinos favoritos dos turistas no inverno, ficou coberta por cinzas. Bariloche, conhecida por seus lagos e suas pistas de esqui, escapou por pouco: o aeroporto mais próximo foi fechado e quem comprou pacote de turismo teve que fazer boa parte da viagem por terra.
Os maiores estragos passaram despercebidos para os turistas. As cinzas cobriram as pastagens dos rebanhos de ovelhas da região e estragaram a lã dos animais que sobreviveram. O turismo, outra fonte de renda, foi afetado pelos sucessivos cancelamentos de voos.
Segundo a Administração Nacional de Aviação Civil (Anac) da Argentina, quando a nuvem de cinzas passar, será necessário limpar as pistas dos aeroportos, para que elas possam voltar a funcionar. O aeroporto de Santiago também cancelou voos para a Argentina.
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