Na tarde desta quarta-feira, o diretor Municipal de Cultura, Marcelo Dragone Iamarino, reuniu a imprensa itapirense para fazer um balanço do Carnaval 2013.

PROVA DE AMOR.

Iamarino começou dizendo que o grande mérito do carnaval deste ano, foi a demonstração inequívoca de que a nova administração não brinca quando assunto é carnaval: “Nós precisávamos provar como vamos tratar o carnaval daqui pra frente e os todos os demais eventos culturais, com competência e muito carinho. É sabido que os grandes nomes do nosso carnaval se afastaram da avenida. Alguns nem queriam mais ouvir falar do assunto, outros, pelo coração, continuaram com a esperança de mudanças. Agora, todos eles sentiram que com mais tempo de preparação e união, já no ano que vem voltaremos a ter um grande carnaval.”

A VOZ DA EXPERIÊNCIA.

Para Marcelo, o importante é que foI ouvido o que o Pasté tinha a dizer. Assim como foi buscada a experiência de um Adilson Ravetta, Arlindo Castelani... E completou: “nem os mais jovens como o Luan, o Claudio, a Zuleica... ficaram de fora da prosa. O prefeito Paganini em nenhum momento disse que o Carnaval teria que ser do jeito como ele queria, mas do jeito que tinha que ser. E dizia, vamos ouvir todo mundo. Citei alguns nomes, mas todos foram e serão sempre importantes para o carnaval de Itapira. Repare que ninguém ficou reivindicando glórias pelo grande carnaval que foi oferecido. Todo mundo sabe que foi resultado de um trabalho coletivo.”

CARNAVAL E PARQUE JUCA MULATO: O RESGATE!   

A grande preocupação da administração Paganini, conforme ratificado pelo diretor de cultura, é resgatar o Parque Juca Mulato como uma área de convívio da família itapirense: “o carnaval começou a mostrar essa preocupação. A população viu um parque iluminado, limpo, bem cuidado, mas muito há para fazer. O parque é nosso e eu quero que a população nos cobre dos cuidados para com o nosso Parque Juca Mulato. Quando alguém enxergar algo errado, venha falar comigo, eu irei falar com o Paganini, vamos cobrar as secretarias, os servidores, enfim, queremos que esse espaço não seja apenas o orgulho de Itapira, mas que ofereça qualidade de vida para as pessoas de todas as idades.”

O PARQUE ERA INÓSPITO PARA O CARNAVAL.

Marcelo contou que quando eles começaram a pensar na realização do carnaval no parque, ao procurar a Policia Militar receberam uma grande ducha de água fria. Para a PM o local era inóspito para receber um evento no porte do carnaval, pois oferecia pedra, madeira das árvores e era mal iluminado... : “foi interessante a reação do Paganini. Enquanto outros prefeitos descartariam de pronto a ideia tendo em mãos a avaliação da PM sepultando de vez a o carnaval no parque. O nosso prefeito, primeiro ficou chocado e não se conformava em ver aquele querido logradouro público ser transformado numa área propícia ao crime, ao uso de drogas e ao abandono. Recuperado, preferiu encarar o desafio, para dar outro rumo na história. Determinou que fizéssemos uma varredura, canto por canto. Retiramos todo e qualquer objeto que pudesse servir como arma branca, roçamos, consertamos, limpamos e iluminamos. E para completar a reação, nos reunimos com o secretário da defesa social, coronel Vanderlei, montamos um plano de segurança para o Parque que continuará sendo aplicado daqui pra frente. Entre o comodismo e a iniciativa, ficamos com a segunda opção. O carnaval foi só o começo. Queremos que o parque ofereça segurança vinte e quatro horas, todos os dias. E nós vamos conseguir. É um espaço que precisa da nossa presença. E nós estaremos lá.”

AS RESISTÊNCIAS DOS MORADORES.

Ao ser questionado sobre as reclamações dos moradores no entorno do parque, Marcelo reconheceu que no início, algumas pessoas resistiram à ideia, mas ponderou que ninguém foi deselegante ou agressiva, apenas demostraram dúvidas sobre as nossas intenções. Ficou feliz ao receber, na terça-feira, último dia do carnaval, parte desses moradores manifestando apoio à nossa iniciativa, principalmente, às medidas implantadas em decorrência da decisão: “os moradores perceberam as melhorias que levamos ao parque, os cuidados com a segurança, enfim, a maioria daqueles que estava descontente aprovou a transferência. Aliás, é bom frizar que recebi reclamações de alguns moradores e comerciantes da região da José Bonifácio e Praça Bernardino que não gostaram da transferência. Eles disseram que preferem que o carnaval continue por lá, querem o movimento perto deles. Como vocês veem é difícil agradar todo mundo.”

O FUTURO!

Para o carnaval do próximo ano, além da manutenção do local, o Parque Juca Mulato, a Secretaria da Cultura tem planos que serão colocados em discussão na Liga. Entre essas ideias, o retorno da competição envolvendo escolas e blocos, festival de marchinhas, a entrada de novos blocos e escolas e a organização dos desfiles, depois de levantar todos os pontos falhos deste ano.