O governo da Colômbia criou uma comissão especial para investigar os crimes contra as mulheres. O grupo deve atuar na prevenção, apuração e no encaminhamento à Justiça de casos de agressões contra mulheres. O foco é a agressão doméstica. De acordo com dados oficiais, a cada duras horas uma mulher é estuprada no país.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, destacou a necessidade de a comissão atuar em defesa das mulheres. "Vamos criar um sistema, muito mais eficiente e abrangente [do que existe hoje no país], para combater o crime e a violência contra as mulheres que, pelas estatísticas, às vezes não são contabilizados", disse ele.
Santos determinou que a comissão conte com o apoio de investigadores e do Serviço de Direção de Inteligência Policial. A iniciativa do governo ocorre depois do assassinato de Rosa Elvira Cely, que chocou o país. Cely foi torturada e estuprada, depois morta. Segundo o presidente da República, o governo redobrará os esforços para aumentar a segurança em todo o país.
A violência cometida contra Cely, que foi enterrada domingo (3), causa comoção na Colômbia. Ontem (4), o Ministério Público anunciou que o acusado pela violência e morte de Cely, Javier Valenzuela Velasco, terá a denúncia acrescida pelas acusações relacionadas aos crimes de atos sexuais abusivos.
Valenzuela está detido na prisão La Modelo, de Bogotá. Anteriormente, ele foi condenado por crimes sexuais cometidos contra duas enteadas, de 4 e 10 anos.
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