Enquanto o alviverde imponente surgia no gramado do Couto Pereira, em Curitiba, milhares de representantes da torcida que canta e vibra estavam reunidos no Expo Barra Funda, zona oeste de São Paulo, fazendo sua festa e enfim festejando o bicampeonato da Copa do Brasil.
Se no primeiro tempo o grito estava preso na garganta, as mãos facilmente eram levadas à cabeça ou ficavam entrelaçadas para uma oração, no segundo, com o título cada vez mais perto, o canto estava mais solto e as mãos começavam a ficar cerradas, em um gesto de comemoração que não vinha desde 2008, na conquista do Campeonato Paulista.
Durante a partida, bolas cortadas pela defesa que ninguém passa eram comemoradas como gols, enquanto os lances da linha atacante de raça eram empurrados pelos gritos daqueles que ali estavam acompanhando o jogo.
E o Palmeiras, no ardor da partida, soube controlar bem o Coritiba, até sofrer o seu primeiro gol. Se o canto saia fácil até ali, a partir deste momento o nó na garganta voltou e a tensão tomou conta do torcedor. A aflição, porém, durou pouco. Minutos depois, Betinho balançou as redes e então, com o título ainda mais perto, os palmeirenses não conseguiram conter as lágrimas.
Ajoelhado, abraçado ou chorando sozinho, o torcedor palmeirense conseguiu, após 14 anos, soltar o grito de “é campeão!” da Copa do Brasil. Os minutos finais de jogo serviram apenas como espera para a grande explosão de alegria, ao ouvir o apito derradeiro. Depois de anos, enfim, o Palmeiras, que transforma a lealdade em padrão, era novamente, de fato, o campeão.
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