A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, no vazamento de informações contidas em um documento interno do Palácio do Planalto.
O pedido de instauração do processo foi feito pelo presidente da comissão, Américo Lacombe, que designou como relator o conselheiro Mauro Menezes. A decisão de Lacombe foi provocada por um requerimento apresentado à comissão pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
A decisão foi tomada na última reunião do colegiado, no último dia 19 de março. Após notificado, o ex-ministro tem inicialmente dez dias para prestar esclarecimentos, podendo o prazo ser prorrogado.
O documento interno que vazou da secretraria, segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, fazia uma análise da comunicação do governo. O texto faz uma avaliação da estratégia de comunicação, classificando-a de "errática". O documento lista erros na comunicação do governo após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff e diz que seus apoiadores estão levando uma "goleada" da oposição nas redes sociais.
Thomas Traumann deixou a Secretaria de Comunicação Social no dia 25 de março e foi substituído por Edinho Silva, que tomou posse no dia 31 de março.
O ex-ministro foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado para comentar a decisaõ da Comissão de Ética da Presidência.
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