Uma grande festividade está marcada para ocorrer na tarde deste domingo envolvendo a comunidade católica da cidade. O Bispo de Amparo,D. Pedro Carlos Cipolini, irá presidir a solenidade que destina de forma oficial uma relíquia de Santa Rita de Cássia, que ele mesmo foi buscar nos dias 23 e 24 de maio na cidade de Cássia , na Itália. D. Pedro disse para o Jornal A Cidade que conseguiu a doação de um pedaço da veste da Santa depois de empreender uma viagem que tinha ainda a cidade de Assis no roteiro. Em Cássia objetivo de celebrar uma missa no santuário que homenageia Santa Rita, em ação de graças por sua mãe (falecida em novembro do ano passado) que era devota da Santa.
Fez amizade com o reitor e com a Abadessa do Mosteiro onde Santa Rita viveu por mais de 40 anos, irmã Natalina, a qual lhe fez a generosa oferta.
De volta ao Brasil D. Pedro cuidou de imaginar a melhor destinação para o presente recebido e não teve dúvidas em determinar que fosse entregue na mais nova Paróquia de Itapira, inaugurada oficialmente em dezembro de 2011. Ele lembrou que em sua recente visita ao Brasil, o Papa Francisco exortou a prática da religiosidade popular, no que se insere o apreço dos fieis para a relíquias de santos .
D. Pedro será recebido na entrada principal da cidade ( Junto ao Portal perto do Posto Itapirense) às 15h00 em carreata . Dali a comitiva segue em direção à Matriz de Santo Antonio, onde haverá queima de fogos, ritual que se repete em seguida na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha e daí para a Vila Figueiredo onde se situa a Igreja Matriz de Santa Rita.
Segundo o pároco Silvio Faria, a missa de ação de graças presidida pelo próprio Bispo deve começar às 16h00. Durante toda a tarde haverá barracas ao redor da Igreja, vendendo alimentação e refrigerantes para todos os fiéis. A expectativa é que o ato religioso reúna todos os párocos da cidade.Padre Silvio disse que foi construído um relicário junto ao altar de Santa Rita, onde a relíquia ficará em exposição para os devotos.
D . Pedro foi buscar a relíquia no Mosteiro onde Santa Rita viveu
Resumo da Vida de Santa Rita de Cássia
Ela nasceu, na Itália, a 22 de maio de 1381, na região da Úmbria, num lugarejo chamado, naquele tempo, Roca Porena. Seus pais, Antônio e Amada Mancini, já idosos, rogavam a Deus a vinda de um filho. Nasceu-lhes a pequena Margherita, daí sua abreviatura: Rita.
Educada, com muito esmero cristão, Rita passou sua infância e sua juventude, auxiliando seus pais na lavoura. Recém-nascida e sempre colocada num cesto, que fazia às vezes de berço, no próprio campo, certa vez foi encontrada envolta de abelhas brancas que lhe pousavam na face, sem ferí-la. Quando jovem casou-se com Paulo Fernando. Tiveram dois filhos: João Tiago e Paulo Maria. O marido, de gênio forte e colérico, maltratou-a muitas vezes. Rita, graças à bondade de coração e às suas preces, conseguiu convertê-lo para Deus. Ele morreu assassinado, vítima de lutas políticas de época. Os filhos, jovens, quiseram vingar a morte do pai. Rita, preferindo vê-los mortos que transgredindo a lei divina, pediu a Deus que os levasse para o céu antes de se mancharem com aquele crime. Morreram ambos, dizimados por uma peste que arrasou a Europa naquela época.
Viúva e sem filhos, Rita dedicou-se ao socorro dos pobres e enfermos, ajudando a uns e outros, com alimento, visita, conforto e trabalho. Sentindo o chamado de Deus, procurou o Convento das Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, em Cássia, para tornar-se religiosa. As regras daquele tempo impediam o ingresso de viúvas. Certa vez, madrugada ainda, Rita foi encontrada pelas freiras, rezando na capela do Mosteiro, com portas e janelas fechadas. A Madre Superiora viu naquele fato um desígnio do céu e admitiu-a como Irmã. Para provar sua vontade, mandou que regasse diariamente, um ramo seco de videira. Com o tempo, o ramo verdejou e floresceu numa viçosa videira.
Um dia, rezando perante o crucifixo, pediu a Cristo a graça de sofrer com Ele. Um espinho desprendeu-se da imagem e fincou-se-lhe na fronte, abrindo uma chaga dolorosa e purulenta, que durante mais de quinze anos a fez sofrer muito. Em 1450 ano santo, desejando ir a Roma, com suas companheiras de hábito e não o podendo por causa da chaga na fronte, Rita a Deus pediu esta graça e a chaga fechou-se, tornando-se a abrir quando de volta ao Convento. Muito jejum, muita penitência, muita oração eram sua maneira de viver. Gravemente enferma, vivendo num pobre catre, no fundo de uma humilde cela, Rita recebeu a visita de sua prima. Pediu a esta que fosse até Roca Porena e lá em sua antiga casa, colhesse para ela um figo e um botão de rosa. Era pleno inverno, tudo sepultado sobre a mais densa neve, e no entanto a prima encontrou o figo e rosa no jardim de Rita.
No dia 22 de maio de 1457, Rita entregou sua bela alma a Deus. No campanário do Convento, os sinos começaram a repicar festivamente, tangidos por mãos misteriosas. A chaga da fronte fechou-se na mesma hora e no lugar do habitual mal cheiro que dela se exalava, passou a exalar um discreto perfume. Tantos foram os milagres e as graças que milhares de devotos seus receberam de Deus, por intercessão sua, que ficou conhecida como a “Santa dos Impossíveis”. O Papa Leão XIII, canonizou-a no dia de Pentecostes, 24 de maio de 1900, Ano Santo.