Com a chegada do final do ano, acentua-se o desejo de consumo na maioria das pessoas, bombardeadas por todo tipo de propaganda incitando a aquisição de todo gênero de produtos. Este comportamento , segundo Givanildo Santos da Silva, consultor do SENAC de Itapira, pode colocar em risco orçamentos domésticos e pessoais de muitas pessoas e, ou , famílias inteiras.
Bacharel em Administração de empresas e pós-graduado em finanças empresariais, Gil, como é conhecido, residente na cidade de Socorro, integra o quadro do SENAC desde 2006. Segundo diagnosticou, a maioria das pessoas émovida pelo impulso na hora de comprar. “A chegada do final de ano, associada às campanhas massivas de vendas, acaba se transformando numa oportunidade tentadora para o consumismo. É aí que mora o perigo”, advertiu. Ele diz que algumas dicas são importantes para que as pessoas reflitam sobre suas necessidades de compra.
A primeira delas, conforme detalhou, é exatamente definir se aquele produto que o consumidor deseja comprar é necessário. Para isso afirma que as pessoas devem exercer um autocontrole sobre o desejo do consumo. Em seguidaaponta a palavra planejamento como um mantra que as pessoas devem ter em mente na hora de pagar suas contas. “Se eu gastar mais do que eu tenho de renda, deixarei, inevitavelmente, contas a pagar para o mês seguinte, tornando-se uma bola de neve”, alerta.
O consultor enxerga as classes C, D e E como as mais suscetíveis a este tipo de comportamento. “Talvez por ter menos informação e se deixar levar pelo desejo de comprar algo com que sempre sonhou, muitas destas pessoas acabam não refletindo na hora da compra e esta é uma das principais causas da evolução do número de pessoas inadimplentes com nome sujo no SCPC”, avaliou.
Gil comentou ainda que diante a perspectiva de um cenário econômico maissombrio para 2015 economizar passa a ser uma palavra que a maioria das pessoas deve levar a sério. Recomenda que pessoas com dificuldades em controlar gastos passem a ter o hábito de colocar no papel todas despesas e receitas e se for possível, economizar alguma sobra. “Devemos priorizar os pagamentos para aquelas contas imprescindíveis. Endividar-se no atual momento pode não ser um bom negócio”, concluiu