A apresentação foi um primor, tanto pela produção impecável do pessoal da Banda (que se apresentou com 45 músicos) , pelo roteiro estabelecido e pela qualidade dos artistas convidados. Uma abertura apoteótica a cargo da interpretação do músico  Jonh Philip Souza ( The Liberty Bell) deu dimensão do que estaria por acontecer.

 

Adilson Raveta,70  anos, foi o primeiro dos convidados especiais. Músico e compositor autodidata, ele fez um duo com outro carnavalesco imortal da cidade, Paulinho Manha, na interpretação de uma canção de sua autoria, “Mariazinha Renasce no Samba” e fora do script, entoaram o hino do Itapira Atlético Clube. Tanto a canção como o hino tem em comum o fato de serem composições de Ravetta, com arranjo musical de Dailton Lopez. Raveta estima que tenha umas 30 composições de sua autoria, evidentemente, desconhecidas do grande público. Além de sambas de enredo, ele incursionou por marchinhas, forró e até sertanejo. “Achei tudo bonito, muito lindo. Foi a primeira vez que tive oportunidade de ter uma música minha cantada desta forma para um grande público”, discorreu.

 

Em seguida o momento mais romântico da noite com a apresentação do cantor Luiz Antonio Paniçolo que interpretou canções imortalizadas nas  vozes de monstros sagrados como  por exemplo e Frank Sinatra.Paniçolo, de 51 anos, canta desde os 15 com seu vozeirão inconfundível.Sem a menor sombra de dúvidas ele já viveu muitas experiências no ramo artístico, mas garante que no domingo passado balançou. “Aquela recepção, o calor da plateia mexeu comigo. Foi demais”, registrou. Em seguida o Coral Madrigal Voxxes deu o ar da graça depois de um intervalo de apresentações da Banda Lira, trazendo música popular Brasileira de extremo bom gosto, refletindo a formação musical e a personalidade de seu idealizador, Carlos Alberto Lupinacci, o X- 9. “Foi um grande espetáculo, onde a Banda Lira pôde exercitar sua vocação para a diversidade musical, além é claro, de exibir jovens talentos dos 15 aos 60 anos de idade, ou até mais”, brincou.

 

Homenageando um verdadeiro fenômeno de público em todo o Brasil, a Banda Lira abriu espaço para a apresentação da cantora Rafaela Oliveira, que vem arrasando com o Sertanejo Universitário em diversos eventos coletivos pelo Brasil afora . Menina de uma simplicidade e talento enormes, Rafaela, 20, frequenta palcos para ajudar no orçamento doméstico e é claro, aspirando um dia chegar a um degrau maior no mundo artístico. “Achei lindo o espetáculo e me impressionou o carinho que o povo de Itapira tem para com a Banda Lira e, evidentemente, sou só agradecimentos à oportunidade que me proporcionaram”, afirmou.

 

Um pitstop para outra sequência musical da Banda antecedeu a entrada triunfal  da Banda  Kiss Cover Love Gun, uma das mais famosas ‘covers’ da banda Kiss em todo o Brasil, com direito àquela caracterização que tornou famosa a banda em todo mundo com muita maquiagem. O empresário Eduardo Colferai, 43 anos, idealizador da Banda, foi ao palco com Fernando Bazani, Eduardo Ferraz e André Stefanini. Fã ardoroso do rock pesado do Kiss, Du Colferai desde 1992 vem se aventurando nos palcos tentando reproduzir o mais fielmente possível o que a famosa banda faz.  Esta formação atual vem desde  1998  fazendo apresentações regulares, sempre com muito sucesso.

 

Ele conta que em princípio ficou assim meio que cismado por causa da origem do público. “Cara, foi maravilhosa a acolhida”, constatou. Revelou que há cerca de 10 anos o Kiss fez um concerto na Austrália com uma Orquestra Sinfônica e que ficava imaginando ele próprio passando por uma experiência parecida. Lembrou ainda que em 2003 a Banda Lira já dava mostras de sua tendência para diversificar seu trabalho quando fez um concerto para Academias de Dança aqui da cidade. “Foi algo fora da realidade. Não imaginava que um dia fosse ter uma experiência como esta”, reforçou. Ele ainda achou “fantástico” o fato de parte os músicos usarem máscaras alusivas à maquiagem do Kiss.

 

 

Já passava das 21h30 quando foi anunciado o nome de Carol Marques, a itapirense que fez sensação no segundo semestre do ano passado no programa The Voice Brasil, na Rede Globo de Televisão. Acompanhada do maridão Renato Albanez (guitarra) e o baixista Alexandre Siqueira. Escolhida para encerrar o concerto, a moça não desapontou. Cantou grandes sucessos da música internacional, encerrando com Let It  Be, a famosa canção dos Beatles, que por sinal, interpretou numa de suas apresentações do The Voice. Carol contou para o jornal  A Cidade que sentiu uma grande receptividade vindo da plateia. “Foi um reconhecimento ao nosso trabalho”, pontuou. Segundo ela, antes mesmo da apresentação ela já possuía uma noção do que a aguardava. “Nas redes sociais havia muitos comentários sobre o concerto. Eu tinha certeza de que seria bárbaro e inesquecível”, contou a moça.

 

Depois deste final arrebatador, com direito à participação do público, o gran finale foi um sonoro Parabéns Pra Você, para assinalar os  104 anos da Banda Lira. Evidentemente muito satisfeito, o Maestro Maurício  Perina era todo agradecimento. “ Fico satisfeito pelo fato da Banda Lira ter novamente trazido um entretenimento de alto nível para todos os itapirenses. Parte deste sucesso deve ser creditado também ao trabalho fantástico das pessoas homenageadas”, disse.

 

 

Adilson Raveta: emocionado

 

 Paniçolo, vozeirão e romantismo

 

O Madrigal Voxxes, inconfundível

 

Rafaela mostra seu talento

 

O Kiss Cover interagindo com um público diferente

 

Carol Marques: reconhecimento