Alguns veículos de comunicação deram destaque durante a semana para os dados do emprego no comércio. Segundo o Caged, de janeiro a junho, foram cortadas em todo o país quase 84 mil vagas. Soma-se a este fato a constatação de que o comércio varejista perdeu fôlego no período. A situação em Itapira não corrobora em dimensão ao cenário nacional na avaliação de alguns observadores privilegiados.
Para Josué Rezende, presidente do Sindicato dos Comerciários de Itapira, os números não chegaram de forma tão desfavorável, levando em conta o número de recisões de contrato de trabalho. Segundo ele, de janeiro a agosto de 2013 foram feitas 602 recisões. No mesmo período, este, ano totalizaram-se 612. “Evidentemente que não é o caso de se festejar este número, mas em comparação a outras cidades a situação de Itapira até que é razoável”, considerou.
Francisco de Assis Francioso, presidente do Sicomvit (Sindicato do Comércio Varejista de Itapira) é mais cauteloso. Segundo ele, os comerciantes têm acusado a retração nas vendas e muitos deles demitiram. “A partir da Copa do Mundo o comércio deu uma esfriada. Isso reflete no ânimo de quem deseja investir. O momento é de cautela”, aconselha. Ainda sim, disse que houve uma pequena reação na semana do Dia dos Pais, lembrando que em outubro chega o Dia da Criança e depois o Natal, ensejando que a tendência poderá ser revertida. “Temos que ser otimistas”, observou.
José Aparecido da Silva, presidente da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira), lembra que neste semestre pelo menos quatro novas lojas foram inauguradas e outras estão sendo aguardadas. “Tivemos duas novas lojas abertas recentemente na rua José Bonifácio, tivemos o Subway e existem várias fachadas sendo reformadas. Isso tudo sem dúvida nenhuma impactou de forma positiva a questão do emprego. A situação de Itapira neste contexto seguramente é melhor do que algumas cidades da região. Na área central da cidade dificilmente você encontra um ponto disponível para locação”, enxerga.
Elizabete Cristina dos Santos é uma das pessoas que recentemente foi beneficiada pela abertura de novos estabelecimentos. Ela é a gerente da loja Chinelaria, que revende calçados e acessórios e passou a funcionar recentemente na parte baixa da rua José Bonifácio. Ela disse que a matriz funciona em Pedreira, onde existem dois pontos de venda. Em Amparo também existe uma filial e conta que o patrão gostou dos primeiros resultados na cidade. “Tivemos um bom desempenho”, registrou. Segundo seu entendimento, caso o movimento da loja justifique, a direção poderá até efetivar novas contratações futuramente. “Vai depender, evidentemente, do movimento”, justificou