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Itapira, 28 de Setembro de 2024
Notícia
24/02/2012 | DROPES: 103º capítulo

 

 

O Bam-bam-bam do Nheco. O Pasté, como se sabe, é daqueles que faz a festa, solta rojão, corre atrás da vareta e enfia... na lata do lixo. Afinal, o cara é cuidadoso com o meio ambiente. Nessas quatro noites de carnaval ele acompanhou o Nheco em Lindóia, Águas de Lindóia e Monte Alegre do Sul, além de Itapira, é claro. Em todos os lugares, tudo correu às mil maravilhas, menos...

Carne, suor e cerveja. Hoje, a Banda do Nheco é dotada de estrutura quase empresarial. Tem as pessoas que cuidam dos transportes, da alimentação, da segurança, da maquiagem, das geringonças etc.. Os “palhaços” chegam só para apresentação. Antes dos desfiles fazem uma boquinha, previamente preparada, e calibram o grau alcoólico, de zero a 100.

De cuecas aqui? Nem pensar. Em Monte Alegre do Sul tudo corria conforme o planejado, mas quando os “palhaços” chegaram à concentração, a área destinada à alimentação não era o que eles esperavam. Os seguranças da quadra cedida pela prefeitura não permitiram que fosse montada a churrasqueira sob a cobertura da quadra, mas do lado de fora. A revolta foi geral: “como vamos ficar de cuecas aqui fora?”, diziam uns. “E a maquiagem que é feita enquanto a gente se alimenta”, diziam outros.

Chegou o bam-bam-bam. O Pasté chegou, entrou com aquela expressão “deixa comigo”. Discute aqui, discute ali, clamou: “eu quero falar com o prefeito, com a secretária, urgente. Quero falar com quem manda nesse negócio. Senão eu pego essa turma pra cantar noutra gaiola” Não passou nem cinco minutos, lá estava a secretária que tinha contratado a Banda. Mais um pouco de conversa aqui, outra ali e o problema estava resolvido. E os seguranças encrenqueiros entraram no lanche da moçada.   

Deu sinais para o ano da copa. Aí um cidadão provocador, depois de saber o que tinha acontecido, disse para o Pasté: “sabe onde nós estamos precisando de um cara assim, que pega o touro a unha e resolve? Lá na João de Moraes.” Pasté olhou no olho dele, entendeu a provocação e seriamente respondeu: “calma, ainda é cedo, a hora vai chegar”.

Mais vivo do que morto. Sai ano, entra ano, vem sempre a mesma discussão. O carnaval de Itapira está morto, só falta sepultar. Mas o fato é que o povo de Itapira, mesmo tendo um reinado de momo maltratado há anos dá mostra que não abre mão da folia. Terça-feira gorda teve a praça e rua lotadas, os méritos são creditados à Banda do Nheco. Tudo bem! Mas de onde é essa banda? De Itapira...  E de onde era o povo que estava lá? De Itapira...é claro! O que morreu foi a vontade de fazer algo criativo.

Assim morre mesmo. É mais do que natural um agrupamento carnavalesco ser melhor do que outro. Será que Itapira não deveria oferecer condições para que novos grupos, novas idéias se apresentassem? Será que uma cidade que tem o carnaval nas veias não encontraria alternativas para que seu povo expressasse seu amor pela folia de Momo, dentro dos moldes atuais?

Já que estamos no assunto, alguns observadores ficaram atentos à corte palaciana itapirense durante os desfiles carnavalescos. A sensação que passaram, segundo esses olheiros, era de fim de festa. De último carnaval sob a tutela do rei e da nobreza novotempista. Será que não é muito cedo para transparecerem o jogo da toalha no chão?

Era só alegria. Mas o prefeito Toninho Bellini não transpirava tristeza, muito pelo contrário, irradiava contentamento. Parecia dizer: no carnaval do ano que vem o estilingue vai estar na minha mão. Bellini desceu do palanque, brincou com quase todos os grupos, deixou que a Banda do Nheco o fizesse de “gato e sapato”, dentro do mais puro espírito carnavalesco.

Nos braços do povo. Teve um companheiro de palanque que ao ver Toninho Bellini se soltando nos braços dos passistas virou para o vizinho e disse: “porque ele não agiu desse jeito os oito anos de governo. Hoje, estaríamos tranquilos, não é mesmo?”

Que carnaval que nada... Mas teve uma hora que deram para o prefeito o objeto dos sonhos dele: uma bola. Toninho Bellini se esbaldou, chutava, cabeceava, dava manchete... deu um verdadeiro show de bola. Nessa hora, alguém do palanque não se conteve e brincou para dois ou três escutarem: “até no carnaval esse homem não tira a bola da cabeça!” Calando-se depois de um olhar lateral, fulminante.

Corte exclusiva. Esse ano o palanque oficial do carnaval foi eminentemente político. Lá estava apenas a corte palaciana. Não havia nenhum representante das forças vivas da cidade. Não se sabe se foi por falta de interesse das pessoas subirem ou foi falha do organizador do protocolo ou, ainda, ordens superiores.

Paganini estava na arquibancada. Comentou-se, por exemplo, que Paganini estava assistindo ao desfile. Foi cumprimentado por alguns integrantes da corte, mas o nome dele, em nenhum momento foi citado nos alto-falantes, nem convidado a integrar o seleto grupo especial.

Esse terreiro é nosso... Suspeita-se que algumas pessoas presentes no palanque optaram por não convidar ninguém. Caso contrário teriam que chamar o presidente da ACEI. Alguém ouviu o seguinte comentário proferido por um pré-candidato: “esse terreiro é nosso, foi duro conquistar, não vamos chamar ele aqui não. Ele que procure os amigos dele ou fique sozinho para sentir a dor da solidão.”   

Fogo inimigo! Sonia não entendeu porque o MP, ao responder ao chamado de alguém, quer que o município gaste mais do que está gastando hoje com Elias Orcini que presta serviço como assessor jurídico sem ganhar nenhum centavo a mais por isso. Sonia questionou se essa bobagem era fogo amigo ou fogo inimigo.

Túnel do Tempo. Para Sonia essa história tem um dedo de politicalha e Toninho Orcini confirmou: “no tempo que o presidente era Flavio Pavinatto e o senhor, Manoel, mandava lá em cima, Elias comia o pão que o diabo amassou.”

Manoel Marques explicou que Vandré Cavalieri, advogado e candidato a vereador pelo grupo liderado pelo deputado Barros Munhoz, foi quem representou contra Elias Orcini. Marques foi comedido ao não caracterizar o ato de Cavalieri como político. Preferiu insinuar que a intenção do referido cidadão é ocupar o lugar do Assessor Jurídico da câmara. Intenção antiga e reiterada, mais de uma vez.

Pediu para sair. Elias Orcini suspeitando sobre as intenções de Manoel diante do episódio colocou na mesa do presidente o pedido de exoneração. Mas Marques optou por aguardar os acontecimentos. Acredita que o Ministério Público poderá reverter a posição: “temos tempo!”

Nada de concurso! Os jornais da cidade exploraram que as recomendações do Ministério Público caminhavam para os interesses de Manoel Marques em realizar concurso para provimento de cargos na Câmara. Sonia garantiu e recebeu o apoio de Toninho Orcini de que nenhum projeto passará naquela casa para autorizar a realização de concurso.

Nossa que armação... A sessão da câmara desta quinta-feira era para computar duas ausências justificadas: Mino Nicolai e Carlinhos Sartori. Mino teve uma variação na pressão sanguínea e suspeita de instalação de uma virose ou coisa parecida. Carlinhos, mais ou menos a mesma coisa, procurou a Santa Casa e foi imediatamente medicado com a aplicação de soro e outros procedimentos médicos. A idéia inicial era passar a noite no hospital.

Que coisa mais feia. Mas alguém do nosocômio misericordioso bateu a notícia para um bem posicionado governista. Imediatamente, entraram em contato com Mino Nicolai e o convocaram para a sessão, nem que fosse de maca. A idéia passada para redação do Dropes era aproveitar a ausência de Carlinhos e chamar as contas de 2007 para a aprovação. Ausência que garantiria a maioria necessária de votos.

A esperteza da Mônica. Mas como tem outros informantes, eles passaram para a vereadora Sonia e Zé Branco a armação montada. Imediatamente, Zé Branco entrou em contato com Carlinhos Sartori e explicou a situação. Carlinhos se desvencilhou dos aparatos, tomou um banho e saiu correndo para a câmara. Entrou no recinto abotoando a camisa e atrapalhando mais um plano infalível do Cebolinha.

Uma solução. Por outro lado, segundo informações colhidas durante o carnaval, os advogados contratados a peso de ouro para atuar no caso das contas rejeitadas pelo TCE já encontraram um artifício para segurar as pontas até as eleições. Já tem gente festejando que essa questão não vai atrapalhar em nada os planos eleitorais do grupo.

No último gole. O bom do carnaval é que tem gente que bebe de mais e segura a língua de menos. Segundo esse bêbado falante tudo o que anda girando em torno das candidaturas palacianas não passam de balão de ensaio para confundir o grupo liderado por Barros Munhoz: “nós só vamos definir o nosso nome, no último gole, que dizer no último momento.”

Alberto vai desistir? Para esse apoiador governista, a situação de Alberto Mendes também já está definida com a presidente do PDT. Vão segurar o nome de Alberto até o último minuto, no intuito de atrapalhar os planos do principal grupo oposicionista: “quanto mais confusão a gente jogar para o lado de lá, melhor.”

Arara e palhaçada. A presidente do PDT não confirma essa versão, mas de qualquer maneira a candidatura de Mendes tem o apoio de um jornal importante da cidade, A Tribuna de Itapira, que mesmo sendo um apoio de gratidão, Beto Trevelim vai ficar uma arara diante de uma eventual palhaçada de quem quer que seja.

Um caminho perigoso. Além do apoio do Beto, a candidatura de Mendes vem ganhando corpo naquele grupo que não reza a cartilha de Barros Munhoz e não aceita os desmandos do Novo Tempo. Quer dizer, podem até dar um rapa nas intenções eleitorais de Alberto Mendes, mas que essa história não sair barata, isso com certeza, não vai.

Uns estudam, outros arrancam os cabelos. O Dropes está sabendo que todos os políticos importantes da cidade ordenaram aos seus assessores que na manhã após uma nova publicação das pílulas políticas, imprimam o capítulo inteiro e coloquem sobre suas mesas para leitura prioritária. Mas enquanto alguns reúnem um ou mais companheiros para interpretarem as informações, outros assessores colocam o impresso sobre a mesa do chefe e sai em disparada, sem arriscar nem uma olhada para trás.

Domingo tem mais.

Prezados Internautas

Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.

As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.

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A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.

Nino Marcati, da Redação do PCI.

Fonte: Da Redação do PCI

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