Serra prefeito perfeito. Para quem vê esse título, “Serra prefeito perfeito” poderá estar pensando: o que essa notícia tem a ver com Itapira? Aos ainda não bem informados, ela tem tudo a ver. Leia tudo e conclua.
Divisão é sinônimo de derrota. O PSDB paulista estava dividido, com candidatos a prefeito que cheiravam à possibilidade de derrota e devolvendo ao PT o comando da maior cidade brasileira. Kassab namorava Haddad e se afastava de Alckmin, que todos sabemos, nunca morreu de amores por Serra.
Munhoz em ação. Usando a amizade com Serra, a confiança duramente conquistada de Alckmin, a parceria com Kassab e a influência sobre os grandes tucanos paulistas que ensaiavam vôos para o Palácio do Anhangabaú, Barros Munhoz convenceu todo mundo de que Serra era a única solução. Inclusive Alckmin.
Não era para menos. Os louros da união do PSDB paulista ficaram para o governador, sob a concordância de Munhoz. Em troca, Alckmin deixou que o presidente da ALESP ficasse mais à vontade, por exemplo, para cobrar mais recursos para a Secretaria de Agricultura e a valorização dos servidores estaduais. Munhoz deverá aparecer mais na grande mídia estadual e nacional daqui pra frente.
Só cortesia? Coincidência ou não, logo depois que o evento em comemoração aos 120 anos da Secretaria da Agricultura terminou, depois de Munhoz criticar os poucos recursos dado ao setor, o governador foi tomar “um café” com a secretária da pasta, Mônika Bergamaschi.
Tudo a ver! Esse lance coloca Munhoz como o grande e único articulador político do PSDB paulista. Não será nada estranho, se depois das eleições municipais, o presidente da ALESP já aparecer como possível candidato a governador pelo PSDB (ou por um novo partido em gestação) ou como candidato ao Senado. Há quem aposte que o nome dele poderá ser cogitado para disputar a presidência da república, com apoio de Serra, FHC, Aécio e Alckmin, tudo para quebrar a hegemonia do PT.
Ministério Público e Munhoz. É comum relacionarmos jogadores de futebol e políticos às boas e más fases que eles vivem constantemente. Nesse quesito, Munhoz parece estar de mãos dadas com Neymar. Quase tudo tem dado certo para ele. Depois de tanto comer o pão que o diabo amassou com o MP, não é que essa instituição, indiretamente, jogou nos braços de Munhoz o Data Center do Itaú?
Explica-se! Segundo o presidente da Ciatec, Campinas perdeu o Centro Tecnológico do Itaú por causa das exigências feitas pelo Ministério Público. Exigências, essas, exageradas na avaliação de Rocha Gaspar.
Gaspar foi mais longe. Insinuou que o MP privilegiou Mogi-Mirim em detrimento de Campinas, indagou: “Campinas quer uma explicação. Campinas tem o direito de saber por que um projeto desse tamanho teve um tratamento diferenciado.” Um funcionário graduado da prefeitura de Campinas, amigo de longa data, confirmou ao Dropes a diferença que Gaspar quer saber: “o trator Barros Munhoz.”
Legitimado. Andam dizendo por aí que Paganini está saindo melhor daquilo que foi encomendado. Enquanto os demais pré-candidatos estão às voltas com as inseguranças dos aliados, o Mestre está trabalhando duro. Quer mostrar que além do apoio de Munhoz, ele tem competência e luz própria. Dia desses, ele disse: “eu não quero os votos indicados por Barros Munhoz, eu quero conquistá-los. Assim, como eu quero conquistar a maioria dos votos dos itapirenses. Quero ser prefeito de fato e de direito. Quero ser o prefeito de todos. E isso não é conversa para boi dormir.”
Paganini não dá trégua, nem descanso para os “calos do pés”. Tá na estrada, todos os dias. Domingo passado, por exemplo, participou da Bicicletada, de um programa de rádio e compareceu ao bairro Córrego do Coxo. Só ficou acomodado para participar da missa na Igreja Santo Antonio, ato que cumpre religiosamente, todos os domingos.
Estou nessa. Na bicicletada o Mestre não foi para assistir ou dar apoio, foi vestido a caráter com bicicleta e tudo. Fez o percurso, participou das discussões e deu palpites para o próximo evento. Estará presente nos demais. Ele sabe que a organização da bicicletada repudia o envolvimento político, mas Paganini declarou: “não estou participando porque quero o apoio deles, se vier é ótimo e eu agradeço. Mas a verdade é que são eles que estão ganhando o meu apoio, não político, apoio cidadão. Melhor, não eles, mas a causa que eles defendem.
Macarrão com molho sertanejo. No programa sertanejo da Rádio Clube, Paganini sentiu-se em casa. Falou e conversou com os ouvintes e soltou no ar uma frase que fez os fizeram delirar: “para mim, não existe domingo sem macarronada e sem música sertaneja.”
Nem viu o tempo passar. No Córrego do Coxo, Paganini sentiu outro lado da pré-campanha, a oportunidade de encontrar e conversar com velhos conhecidos, há tempos distanciados pela correria do dia a dia. “Fui ao jogo de bocha e ao pagode. Encontrei meus parentes, os Soriane, Trigo, Crico, Carmona... um monte de gente de boa conversa e calor humano.”
Bicicleta não, Dorado. A performance de Paganini está chamando os pré-candidatos ao movimento. Cada um está fazendo do seu jeito, mas ensaiam seguir os passos do Mestre. Alberto Mendes também compareceu à bicicletada, mas apenas para uma visita de apoio, ao invés da magrela, capacete, roupa e tênis preferiu levar o Dorado a tira colo.
Na próxima eu vou! Alberto Mendes não prometeu, mas na hora em que os ciclistas partiram, ele ficou com aquela expressão de cachorro que caiu da mudança, dando sinais de que: aguardem-me na próxima, vou com vocês!
Quanto mais gente, melhor. A bicicletada é um movimento que vem sendo trabalhado por alguns itapirenses de boa vontade que lutam para que Itapira tenha uma nova visão para o transporte. Além de ser altamente indicado para o bom condicionamento físico, não polui, não consome energia, não é violento. Tomara que no próximo evento, os demais pré-candidatos compareçam.
Primeiro Alberto Mendes. Na reunião de segunda-feira, o PCdoB de Itapira deliberou que nenhuma discussão deveria seguir em frente sem uma conversa franca com Alberto Mendes. Essa conversa aconteceu na manhã de quarta. Estavam presentes integrantes das executivas do PDT e do PCdoB.
A cada palavra, os olhos de Alberto arregalavam. Num primeiro momento os pecedobistas fizeram um relatório sobre os últimos acontecimentos, colocando o que era fato e o que era boato. Confirmaram as conversas com o pré-candidato Paganini e que teriam recebido as seguintes propostas: a candidatura a vice, a presidência do SAAE, três secretarias e uma diretoria, pelo menos, em cada setor. E mais, tiveram a garantia de dois cargos de assessores legislativos na ALESP.
Clima sepulcral. Após a exposição, Alberto Mendes resignado, calmamente falou: “olha meus caros, diante de tudo isso que foi oferecido a vocês, mesmo que eu quisesse, eu não poderia oferecer. Portanto, fiquem à vontade para tomarem os caminhos que as consciências de vocês indicarem.”
No colo de Munhoz. No encerramento da conversa, um pedetista, que não aguentava mais segurar a aureola de bom comportamento, virou para os pecedobistas e disse: “que papelão, vocês viviam dizendo que o Mané acabaria no colo de Munhoz. Olha quem está lá agora?” O clima ameaçou esquentar, mas o povo do “deixa disso” botou ordem no escritório.
Acordo dos bons. Outra conversa que circulou esses dias pela cidade conquistou o primeiro prêmio pela criatividade com ousadia. Dizem que essa briga entre Dado e Toninho Bellini é jogo ensaiado. O peso que estaria dando ao PCdoB tem o dedo de Bellini e Dado seria apenas o interlocutor. A idéia é que Toninho fique fora da campanha, Dado entre como vice e Paganini em nada mexeria nos oito anos do Novo Tempo, deixando o prefeito livre de eventuais problemas com o Ministério Público e outros organismos.
Nada a ver! Esse acordo chegou a ser objeto de desconfiança de Manoel Marques, diante da maneira como Toninho Bellini vem conduzindo os assuntos relativos à campanha, à não demissão de Dado e a movimentação do PCdoB. Mas tal desconfiança não procede. Carlão Vieira do PT garantiu, nesta quinta, que a briga dos dois foi pra valer. Ele foi testemunha.
A “piração” passou! Para Manoel Marques, mais seguro, a posição de Toninho Bellini é de cautela. Está aguardando a definição do quadro, do caminho que Dado e o PCdoB vão tomar para dar andamento às providências necessárias.
Pitaco do Dropes 1. Esta redação não acredita que Paganini tenha oferecido aquele caminhão de benefícios ao PCdoB. A relação deve ter sido mais para justificar a saída deles da garupa de Alberto Mendes. O partido comunista precisa crescer eleitoralmente, ganhar densidade, sob pena de desaparecer depois de quase 100 anos de história. Pela movimentação das suas lideranças e dos investimentos realizados, Itapira deve estar escalada para apresentar um bom desempenho eleitoral. Política é isso!
Pitaco do Dropes 2. Que ninguém imagine, pois, que o PCdoB embarcará na candidatura Paganini ou em qualquer outra por conta dos possíveis cargos. Não querem cometer os mesmos erros do PT e do próprio PCdoB na campanha do Novo Tempo. Eles querem participar do programa de governo. Querem os cargos para garantir o desenvolvimento desse programa. Trata-se de um partido organizado e disciplinado.
SAAE é de Itapira e ponto final. Tanto é verdade que o primeiro ponto colocado à mesa para Paganini foi a manutenção do SAAE como empresa do município. Paganini foi logo dizendo: vamos para outro ponto porque esse tá liquidado. Eu nunca fui favorável è venda do SAAE, todo mundo sabe disso, e o Totonho está no mesmo caminho. Deu-me razão. Disse que deveria ter-me dado mais atenção naquela época.
Pitaco do Dropes 3. Quem inventou essa história de colocar Toninho Bellini em acordo com Munhoz está totalmente mal intencionado. Ele sabe que Paganini vai desenvolver um governo de união. Sabe que Barros Munhoz declarou que quer o novo prefeito olhando pra frente, não no retrovisor. Logo, ao gesto de boa vontade, querem caracterizar como um acordo espúrio, interesseiro. Se fosse para Toninho buscar um acordo dessa natureza, porque ele não o teria feito antes? Vamos acabar com essa história? Vamos começar outra?
Eu nunca vi isso! O vereador Zé Branco aturdido pela confusão entre Sonia e Mino, na provocação de Betuska, declarou: “a vereadora falou que ela entrou pela porta da frente do PT e que Mino estava entrando pela porta dos fundos. Ainda bem que ela falava do PT, porque se a casa fosse a que está sendo construída no Residencial Helio Nicolai, os dois teriam que entrar e sair pela mesma porta. As casas só tem uma porta de acesso e saída.
Domingo tem mais.
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Nino Marcati, da Redação do PCI.