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Itapira, 02 de Julho de 2024
Notícia
18/03/2012 | Dropes: 113º capítulo

 

Políticos, simpatizantes e amigos. Tem gente tentando entender o que aconteceu com Toninho Bellini em relação ao grupo que o ajudou em 2004. Poucas explicações são encontradas para tantas deserções.

Imiscível. Primeiro é preciso entender que amizade e política não se misturam. Amigos de verdade não perdem a amizade pelas discordâncias. Caso aconteça, revela a fragilidade da relação. Mostra dificuldade na extração da pessoalidade das divergências.

Falta de projeto político 1. A história deve registrar as dificuldades que o Novo Tempo teve para manter-se mais ou menos unido. Deve caracterizar a falta de projeto político. O início foi marcado pela dubiedade de liderança. Atribuía-se tal poder a Bellini, mas o exercício era feito por Manoel Marques. Fato, aliás, que corroborou para desgastar o pevista.

Falta de projeto político 2. Outro ponto importante no processo foi a eleição de algumas prioridades sem qualquer sustentação política, calcadas apenas nos aspectos administrativos.

Fora do barco. Dentro do grupo palaciano, enquanto uns se mantinham fiéis ao prefeito Toninho Bellini, outros reconheciam em Manoel a tal da liderança política. Na ausência de intervenção proativa e aglutinadora. Os grupos foram se distanciando, levando, inclusive, a algumas pessoas o pulo para fora do barco.

Prova cabal. No embate, Manoel Marques acabou levando a pior. Toninho ficou com a maioria dos bônus, Marques com os ônus e uma legião de desafetos. Prova cabal do exercício da liderança que o presidente da Câmara mantinha e mantém sob o grupo governista. Ele passou a ser referencia.

Era certo e sabido. Por outro lado, quando Manoel Marques não interfere nas decisões, os problemas também aparecem. É o caso do lançamento da pré-candidatura de Antonio Carlos Martins, do PT. O vice, talvez seja a única unanimidade do grupo governista. É reconhecido e admirado em todos os cantos. Sabia-se disso desde o momento em que ele foi convidado para engrossar a chapa, em 2004.

Determinante. Ninguém tem dúvida de que Martins levou à chapa majoritária em 2004: seriedade, consistência e respeitabilidade. Quesito que o eleitor desejoso de mudança exigia. Outros fatores foram importantes, mas Martins foi determinante.

O raciocínio é lógico. Martins não deveria, então, ser o candidato natural à sucessão de Toninho Bellini? O prefeito passou o mandato dizendo isso. Mas o que foi feito, concretamente, para viabilizar esse projeto?

Refém de Manoel Marques. A de se reconhecer que Bellini colocou Martins à exposição, quase o tempo todo, representando-o e substituindo-o nas férias. Mas ficou só nisso. Faltou preparar uma base partidária de apoio a Martins, não Manoel como acabou ocorrendo.

Fato estranho. Martins, em nenhum momento, usou a condição de filiado ao PT para buscar e trazer benefícios federais para Itapira. Pelo menos, em duas ou três substituições programadas, algumas viagens poderiam ser previamente preparadas. Será alguém impedia que isso acontecesse?

Bolha de sabão. Agora, Martins acabou sendo lançado, numa situação extremamente desfavorável, ao ponto de não provocar nenhum movimento na cidade. Nem mesmo os antimanezitas e antitotonhistas se aproveitaram da oportunidade para elevar uma boa alternativa. Traduzindo-lhe uma inconsideração não merecida.   

Diretório desprestigiado 1. Há três semanas um importante petista de Itapira confidenciou a esta coluna que o diretório local do PT não gozava de prestígio junto à direção estadual. Disse mais: “os únicos interlocutores continuam sendo Antonio Carlos e Sonia Santos.” Tal afirmação não foi levada a sério pelo Dropes.

Diretório desprestigiado 2. O tempo passou, o Diretório Estadual do PT organizou um seminário - evento comum dos partidos na pré-campanha – e convidou o deputado Barros Munhoz para abrir os trabalhos, num momento em que casa é lotada e repleta dos maiores nomes da agremiação.

Diretório desprestigiado 3. Como os membros do Diretório Estadual conhecem as origens do presidente da ALESP, caso os dirigentes itapirenses gozassem de prestígio, eles deveriam ter sido pelo menos consultados sobre esse convite. Afinal, a cidade tem um vice-prefeito petista. Diante do veto local, que naturalmente sairia, bastaria convidar o deputado ao velho estilo da boa educação. Sem lhe conceder a palavra na abertura, caso comparecesse. Que princípio prevaleceu?

A prioridade é o SAAE. Dado Boretti virtual candidato à vice na chapa de Paganini tem dito que não pretende o confronto com ninguém. É discípulo do diálogo, mas não vê mais importância na conversa com o prefeito. A decisão já está tomada. Caso Toninho Bellini o exonere antes, tenderá a seguir na presidência do SAAE até o último minuto: “sei da importância do SAAE para Itapira e tenho consciência da minha responsabilidade.”    

Que decidam em paz. Na próxima quarta, conforme adiantado pelo último Dropes, o Secretário de Organização do PCdoB estará em Itapira o para ouvir o diretório local e levar a decisão majoritária para a Executiva Estadual. O grupo que apoia Paganini tinha agendado uma reunião para o fim de semana. Rapidamente foi desmarcada. Quer deixar o PCdoB decidir, livremente, o melhor caminho.

Não adianta chorar. O secretário vem com a incumbência da decisão final. Caso a maioria opte pela coligação com o PSDB ou com o PDT, mantendo ou aperfeiçoando alguns pontos programáticos, a coligação se tornará irreversível.

Manoel disse não. A decisão de Dado em falar com Toninho, na semana passada, era para colocar suas pretensões políticas e o cargo à disposição do prefeito. Mas Toninho não quis recebê-lo. Dizem que a ordem partiu de Manoel Marques.

O não de Manoel tem uma explicação. O pedido de Manoel para Toninho não receber Dado deve-se ao lançamento da pré-candidatura pevista. Manoel quer transformar a saída de Dado do SAAE num fato político.

Foi cutucado. Um totonhista convicto, durante a inauguração da estrada do Rio Manso, numa rodinha de bate-papo, cujo tema era política, cutucou os demais: “o que vocês acham dos acontecimentos na situação?” 

Torre de Babel. O primeiro disse: “em minha opinião o grupo da situação parece uma Torre de Babel: cada um fala uma língua diferente. Ninguém se entende. Pior do que isso. Eles têm um candidato desagregador. O mais impressionante é que eles vão se vergar aos caprichos e aos desejos de alguém que só afasta as pessoas.”

É uma coisa de louco. O outro emendou: “eu acho que eles erram ao escolher alguém tão desagregador e tão gerador de ódio, desavenças e discussões. A impressão que eu tenho é de que a qualquer hora sai algo de mais grave, de tão violento que está o clima entre eles.”

Por outro lado é uma tristeza. Um que mantem forte laços de amizade com Toninho Bellini, refletiu: “mas eu quero dizer que em contraste à alegria de estarmos unidos e ter um candidato como o Paganini, consolidado rapidamente, que conquista a todos que o conhece, simples, humilde... Por outro lado é uma tristeza. Era bom que a administração do Toninho estivesse harmônica, caminhando bem.”

Quem paga o pato é o povo. Um dos participantes do grupo admirou-se e perguntou: “Tristeza porque eles não estão bem? Isso é bom pra nós.” O amigo respondeu: “É aí que você se engana. Talvez no passado eu concordaria com você. Não se esqueça de quem paga o pato é o povo. Uma má administração pode levar anos para ser corrigida. Isso eu não quero para Itapira.”    

Inauguração concorrida. Antes de sair da rodinha política que ameaçava a pegar fogo, Munhoz disse: “Estão vendo essa inauguração? Pois bem, em muitas inaugurações que conta com a presença do governador Alckmin não se reúne tantas pessoas assim. Isso é que é importante para um político.”  

Detalhes, meros detalhes. Sempre que Manoel Marques ouve os argumentos de que ele tem forte rejeição, de que afasta as pessoas, de que desagrega grupo, tem a resposta na ponta da língua: “se sou tão impopular assim, se ninguém gosta de mim, porque estão tão preocupados comigo? Qualquer adversário adoraria ter um oponente com os predicados que me atribuem.”

Só trigo. Essa semana, Manoel Marques começou a divulgar um novo pensamento para combater a pecha de desagregador: “eu só quero gente boa perto de mim. Quando eu chego sempre separo o joio do trigo.”

Mané, agora é oficial. E o lançamento da pré-candidatura de Martins mudou os planos de Manoel Marques. Essa semana o PV, PSL, PTN, PTdoB e, provavelmente, o PRB lançarão oficialmente a pré-candidatura de Manoel Marques a prefeito. Espera-se um grande rebuliço, no meio do campo.

Quem anda soltando novidades é o Dorado. Ele está dizendo que nessa semana será realizada uma reunião para discutir a aglutinação de mais três partidos à campanha de Alberto Mendes. Ele só não explicou de onde vêm esses partidos. Os únicos, teoricamente soltos, são: o PT (que tem pré-candidato lançado), o PCdoB (que tem a maioria favorável à coligação com o PSDB) e o PPL (que não anunciou amor por ninguém, mas tem o pé na soleira governista).   

Governista, não! No capítulo anterior o Dropes, informou que Tiago Fontolan não seria mais candidato a vereador, explicou corretamente que o jovem político promissor tinha optado em trabalhar ao lado de Paganini, mas por um lapso de digitação, Tiago foi colocado como um candidato do grupo situacionista. Tiago reclamou, o texto foi corrigido de imediato, mas ele quer que fique bem claro: ele é integrante do grupo oposicionista. Quer integrar a situação, mas só no ano que vem. Se Deus quiser e o eleitor ajudar.

Já o Danilo quer ser conselheiro titular. O outro jovem promissor que também teria desistido de disputar a eleição com vereador, Danilo Ventura, entrou em contato com o Dropes para aperfeiçoar a informação. Danilo, no momento, é candidato a conselheiro tutelar. Caso vença, ele não disputará a eleição, pois não deseja misturar estação. Quer cumprir o mandato com dedicação total. Não eleito, a candidatura a vereador não estará descartada.  

Até o próximo capitulo!

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Nino Marcati, da Redação do PCI.

Fonte: Da Redação do PCI

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