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Itapira, 27 de Junho de 2024
Notícia
21/03/2012 | Dropes: 114º capítulo

 

Era para ser o fim. E foi. A sessão de Câmara desta terça, 20, começou tranquila. Era esperado o fim da novela que apreciaria, derradeiramente, as contas do prefeito de 2007 que recebeu parecer desfavorável do TCE. Um acordo de bancada dispensou o pequeno expediente. Será que iria esquentar depois?

A Sonia mudou? Quando o presidente da casa colocou as contas de 2007 à apreciação dos vereadores, a vereadora Sonia pediu um pequeno recesso. Chamou os vereadores oposicionistas para comunicá-los da mudança de posição.

PT. Que PT? De volta à votação, aberta a palavra, Sonia Santos se apresentou, sem adiantar o voto, reiterando que sua posição era de cunho estritamente pessoal, tirando do PT qualquer tipo responsabilidade, positiva ou negativa. Disse não reconhecer mais o partido ao qual ela se filiou há 30 anos.

Não por mim! Para Sonia os dirigentes petistas perderam a marca histórica por conta da manutenção de cargos junto à administração municipal. Criticou o fato da presidenta local não ter publicado uma nota oficial contra a agressão proferida por Mino Nicolai. “Ela não precisava ter feito isto por mim, mas para as mulheres de Itapira”, lamentou lembrando que a dirigente também foi ofendida como mulher.

Reuniu-se com o prefeito. A vereadora petista confessou que teve uma conversa prévia com o prefeito Toninho Bellini, mas condicionou que o assunto aprovação das contas não entraria na pauta. Nesse bate-papo enumerou todos os equívocos do governo dele e lamentou que a situação tivesse chegado ao ponto que chegou por absoluta inabilidade política e administrativa.

Eu tenho a força. Eu tenho o voto! Para terminar mandou mais um recado para o Diretório Municipal do PT dizendo que não adianta chorar, nem reclamar, nem tentar mudar o que não tem competência para fazer, tem que ir para a rua e conquistar o voto do eleitor, o suficiente para ocupar uma cadeira legislativa.

Indignado. Ferrarini foi o segundo a falar. Não pediu o voto de ninguém, mas disse contar com a consciência de todos. Mostrou-se indignado com a posição do TCE, em face da confusão ter se dado por menos de meio ponto percentual.

Manoel Marques não precisava votar. Mas como presidente, se desejasse, poderia fazê-lo. Antes, porém, ocupou a tribuna para pedir o voto da vereadora Sonia: “prometi não pedir o voto da senhora. Mas hoje eu peço. Não pedirei aos demais, entendo a posição deles. Mas o da senhora eu peço. Não para o prefeito, nem para essa administração que a senhora diz ter sérias divergências. Peço eu meu nome. Em nome de tudo o que passamos juntos nessa casa.”

Rojões iriam comemorar. Manoel chegou a dizer que provavelmente os apoiadores de Barros Munhoz estariam preparados com rojões para serem detonados ao final da votação se as contas fossem reprovadas.  

O meu voto foi republicano. Ao submeter a matéria aos vereadores, sete aprovaram. Sonia justificou o voto como republicano, afirmando que terminaria seu último mandato de cabeça erguida. Ela não poderia permitir que questões pessoais interferissem na sua decisão política.

O PT se apequenou. Sonia, no entanto, fez questão de esclarecer que a mudança de postura não refletirá na sua condição de vereadora oposicionista: “O PT de Itapira se apequenou, nem parece que é o partido da presidenta Dilma.” E confirmou, “não sou mais candidata a nada, mas continuarei sendo o ser político que sempre fui.”

Xiita, talvez. Incoerente, não. A posição de Sonia Santos, de hoje, não foi muito diferente de quando ela foi passada para trás na eleição de Manoel Marques. Votou apesar do que ela classificou como uma traição do prefeito Toninho Bellini. A vereadora pode ser acusada de muitos defeitos, mas ninguém lhe poderá negar coerência.

No bolso do colete. Manoel Marques disse ao final da votação que tinha um recurso jurídico que ele bancaria sozinho, como presidente. Mesmo com seis votos ele consideraria as contas aprovadas. Para Manoel, o número da maioria qualificada poderia ser discutida como sendo 6, já que os dois terços o levaria a 6,67.

Deu sorte! Ainda bem que o presidente não precisou recorrer com esse argumento. Pois como cada voto se refere a uma pessoa indivisível, ele não pode ser entendido como um número fracionado ou menor do que o resultado da conta. Assim fosse, seria um casuísmo. Logo, tal recurso, só serviria para ganhar tempo. A menos que o poder judiciário entrasse no mérito da ação e anulasse ou alterasse o parecer do TCE.

Realidade ou ficção. Teve um apaixonado por política que encaminhou uma mensagem para o Dropes dizendo: “Tive a honra de assistir pela internet a sessão de hoje da Câmara Municipal de Itapira e ao mesmo tempo a novela Fina Estampa. Fiquei até agora atordoado. Não sei mais o que é real e o que é ficção!”

Quem viu, se emocionou – O presidente da ALESP, deputado Barros Munhoz, foi cortejado o tempo todo durante a comemoração de mais um aniversário do Clube da Saudade, na noite do último sábado, 18.

E teve gente com cara feia. Enquanto o deputado recebia todas as demonstrações de carinho, mostrando-se querido ao povo, de novo, outros políticos presentes ao evento eram praticamente ignorados, com cara de quem comeu e não gostou.

Pé de valsa dos bons! O tempo inteiro em que permaneceu no baile, o deputado distribuiu abraços e apertos de mãos. Até mesmo na pista de dança o assédio era tamanho em torno do deputado, nem conseguiu concluir algumas danças com a sua esposa Cacá.

Pit Stop e ultrapassagem pelo meio. As poucas vezes que ele procurou a cadeira para um descanso, a mesa em que ele se sentava virou ponto de parada obrigatória para os casais que dançavam. Todo mundo passou por lá. Teve um que começou dançando do outro lado do salão, pegou um atalho disfarçado pelo meio, até chegar à mesa do deputado. Mas teve que esperar a vez...

Um foi ovacionado, outro caiu da cadeira. Um dos pontos culminantes ficou com o momento dos discursos. A oratória impecável, que até os opositores reconhecem, ganhou por conta do estimulo carinhoso, capricho total nas palavras, levando os presentes a uma entusiástica salva de palmas. Teve até quem caísse da cadeira. O nome não foi revelado para a coluna.

Entrevista no intervalo.  O Betuska, durante o intervalo da sessão desta terça-feira, perguntou ao Zé Branco se era verdade que ele em dois minutos de discurso tinha feito dois pedidos para o deputado Barros Munhoz. “Não foi isso não. Em um minuto eu pedi quatro: a pavimentação completa, a torre de celular, o hospital regional e a coleta de amostras para biopsias”.

Festa maior não tem. Zé Branco vangloriou-se ao dizer que a festa foi a maior inauguração de vicinais. Nem a presença do governador, em outros locais, reuniu tanta gente. “É o meu ninho. Eu convidei o povo do meu bairro para agradecer ao deputado e o povo não me faltou”.

Fora do ninho. Também ao talentoso Betuska, Mino Nicolai declarou que apesar de ter ido para o PT pelas mãos da vereadora Sonia, diante de tantas confusões, ele ainda se sente fora do ninho.

Falta pouco. Sobre o clima da pré-campanha que anda meio confuso, Mino acredita que em 20 ou 30 dias as coisas estarão mais clarificadas: “pelo menos algumas dúvidas serão esclarecidas com a saída da administração das pessoas que desejam se candidatar”.

Mas Mino fez uma declaração enigmática. Ele disse que essas pessoas que mudaram de posição poderão ter uma grande surpresa nessas eleições: “o povo não aceita mais isso, ver os políticos pulando de galho em galho, de acordo com os seus interesses”.

A quem Mino se referia? Ele falava de Sebastião Manoel, Alberto Mendes, Marcelo Cezare, Siqueira, quem sabe Dado... Ou ele falava de Cleber Borges, Mauro Moreno e Toninho Orcini. Ou ele falava de todo mundo?

Alegria geral da região I – Mais um importante passo foi dado para a concretização de um sonho regional que teve a luta encabeçada pelo Deputado Barros Munhoz. O DOE de sábado, 17, publicou a abertura da licitação da duplicação da SP- 095. O trecho que liga as cidades de Jaguariúna, Pedreira e Amparo a partir da estrada Mogi-Mirim/Campinas.

Alegria geral da região II - Para dividir a alegria com a região, na manhã do mesmo sábado, o presidente da Assembleia já anunciava a conquista, ao vivo, através de uma Rádio de Amparo. E continuou na segunda-feira, 19. Munhoz concedeu entrevista para a outra rádio de Amparo e gravou um programa especial, sobre o assunto, para a TV de Pedreira.  

Será que vai mesmo? Os partidos PV, PSL, PTN, PTdoB e o PRB, se não mudar de mãos, devem oficializar Manoel Marques como pré-candidato. O evento está programado para coincidir com o aniversário do presidente da câmara. Mas seria, também, a tentativa de criar um fato novo em decorrência de uma eventual reprovação das contas. O Dropes tentou confirmar o lançamento, mas ninguém soube responder.

Brinca com ele, brinca. Se Manoel Marques não preparou mesmo o discurso da sessão de câmara pedindo o voto da vereadora Sonia como ele contou, os demais candidatos a prefeito devem se preparar para um adversário que aprendeu a usar as palavras e a emoção. Os demais devem buscar boa preparação, o quanto antes.

Pitaco do Dropes. Os candidatos dos tempos modernos, além dos tradicionais recursos eleitorais como apoios, falhas alheias, estrutura e dinheiro, devem se preocupar com a aparência, com o jeito de falar, com a postura geral e, sobretudo, com o conteúdo. Devem mostrar que querem ganhar e se prepararam muito bem para a função. Não basta ser bom, ter que parecer que é bom. Descuidos dessa natureza podem comprometer a campanha num determinado ponto, quando poderá não dar mais tempo para corrigir. Aí babau...

O Dropes errou. No último Dropes, uma conversa que rolou numa rodinha política no Bairro do Rio Manso foi atribuída, inicialmente, pelo informante a Barros Munhoz. Logo de manhã, a assessoria do deputado entrou em contato com a redação do Dropes dizendo que aquela fala não era dele.

O Dropes corrigiu. A coluna entrou em contato com o informante que reconheceu a confusão, confirmou que o deputado passou por aquela turminha, mas não ficou muito tempo lá, saiu dizendo que queria conversas mais amenas. O teor foi mantido, mas os nomes dos autores não foram revelados. O Dropes fez as correções.

Até o próximo capitulo!

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Nino Marcati, da Redação do PCI.

Fonte: Da Redação do PCI

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1 comentário
21/03/2012 04:03:16 | Cristiano
Pagamos os mais diversos tributos para ter um tribunal de contas para avaliar os gastos do municipio,e também, pagamos para ter uma câmara que vota contra o que diz o tribunal... qual dos dois está errado? quem não está julgando corretamente?
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