Jura. A vereadora Sonia Santos jura “de pés juntos” e com “as palmas coladas” verticalmente na altura do nariz que não é candidata a mais nada. Tem muita gente que não acredita mais nisso. Acham que o caminho da vereadora será ao lado de Manoel Marques na chapa majoritária.

É comigo, mesmo! Os oposicionistas estão levantando dúvidas sobre a virada da vereadora. Para alguns, deve ter rolado alguma negociata. Mas quem conhece a vereadora, sabe que ela seria incapaz de vender a alma ao diabo. Sabe, também, que se existia naquele voto, a possibilidade de dar a volta por cima e retomar a estrada – aí é com ela mesma!  

Intervenção? Na entrevista concedida à TVPCI, disponível em arquivo, a vereadora fez duas declarações merecedoras de reflexão: anunciou que pediu ao Diretório Estadual do PT que intervenha no diretório local em face das irregularidades cometidas. 

Dois coelhos com uma paulada só. Caso o pedido da vereadora seja atendido, além de recuperar o poder histórico sobre o Partido dos Trabalhadores na cidade, ela caracterizará todas as mazelas da administração pela apatia de um dos principais partidos da base aliada.       

Não é bem assim. A outra declaração importante diz respeito ao apoio da vereadora ao pré-candidato Alberto Mendes, antes praticamente selado, agora, apesar da admiração que ela sente por ele, dependendo do andar da carruagem, o apoio dela poderá seguir outros caminhos. Para quem não pretende ser candidata a nada e ratificou que continuará na oposição, a condicional usada mostra que nem tudo é o que parece ser.

Não tinha alternativa. De qualquer maneira, qualquer que seja o motivo do ato da vereadora ao votar as contas de 2007, dado os motivos do viés de rejeição do TCE, associados ao histórico e ao perfil de Sonia: o ato foi coerente. Os desdobramentos seguintes mostrarão se ela acertou politicamente ou não.

Agora é oficial. Os partidos que apoiam o presidente da câmara, conforme antecipado pelo Dropes, reuniram-se na noite desta quinta-feira, 22, para oficializar a pré-candidatura de Manoel Marques à prefeitura de Itapira.

Vazou. O interessante desse acontecimento é que deveriam chamar a imprensa e transformar o evento num ato político consistente. Mas tudo transcorreu no mais absoluto segredo. Como envolveu várias pessoas, não teve jeito, vazou.

Só quem segurou. Foram convidados apenas os partidos que não lançaram pré-candidatos. Ficaram fora o PT, PDT e PSDC. Mas Manoel Marques fez questão de esclarecer que a sua pré-candidatura continua com o mesmo lema: “se tiver alguém melhor, com mais estrutura, eu abro mão no ato”. Manoel fala assim, mas sabe que esse candidato não existe no grupo. Só ele.

Só atrapalha. Manoel Marques comentou que o processo de oficialização da sua pré-candidatura só está ocorrendo por conta dos outros – leia-se Alberto e Martins – terem se antecipado e lançado antes do grupo definir um nome de consenso. Disse, também, que a indefinição do prefeito Toninho Bellini está mais atrapalhando, do que ajudando.

Ele tem fé que isso vai acontecer. Marques acabou soltando a informação de que ele está evitando confrontar-se com Toninho Bellini, prefere buscar o caminho da conciliação e da reunião do grupo vitorioso de 2004. Mas caso o confronto seja inevitável, o rompimento será definitivo. 

O papel do PCdoB. O Secretário de Organização do Comitê Estadual do PCdoB esteve nesta quarta-feira, 21, em Itapira para reunir-se com a Executiva itapirense. Marcelo Cardia abriu a reunião explanando as estratégias do PCdoB para as eleições desse ano. A meta é eleger prefeitos, vices e vereadores. Quer participar dos governos municipais. Quer preparar terreno para as eleições de 2014. 

Projeto de Governo. Cardia disse, ainda, que o PCdoB não é mais um partido que se alia com o PT, prioritariamente, ou com partidos correlatos. Em varias localidades do Estado de São Paulo e fora dele, o parceiro tem sido o PSDB. E declarou: “o fundamental é que as coligações não visem cargos, mas o projeto de governo”.

Depois da preleção, Cardia quis ouvir os camaradas, um por um, sobre o rumo que o Comitê de Itapira quer delinear. Disse que preferia sair da reunião com uma decisão consensual, sem ter que chamar a votação. Todos colocaram os pontos de visão. Um grupo era favorável à coligação com Alberto Mendes, outro, com Paganini. Prevaleceu o esperado, a coligação com o PSDB.

Será que Alberto vai até o fim? A questão levantada na reunião que foi determinante para o encaminhamento final ficou com a possibilidade da pré-candidatura de Alberto Mendes não se consolidar e acabar aderindo ao grupo de Manoel Marques. O grande desafeto dos pecedobistas. Apesar das garantias dadas pelo próprio Alberto e Cristina Gomes, presidenta do PDT, a insegurança acabou predominando.

Depois da reunião, Marcelo Cardia foi até o SAAE para conhecer o provável candidato a vice, Dado Boretti. Queria conhecer, também, o pré-candidato a prefeito, Paganini, mas o Mestre, que não tinha sido avisado de tal possibilidade e horário não foi localizado, estava gastando sola de sapato.

Dado fora! Segunda ou terça próximas, Dado Boretti se encontrará com Toninho Bellini para conversar sobre os desdobramentos políticos e lhe entregar o pedido de exoneração.  O próximo passo será a solenidade que fechará o acordo. Deverá ocorrer no final da semana que vem. Deverão estar presentes, os camaradas locais, os figurões do PCdoB Estadual e Nacional, além do deputado Barros Munhoz, Paganini e representantes do grupo situacionista.

Problemas mil. A decisão do PCdoB deve levar problemas para a pré-candidatura de Alberto. Mendes têm sido colocado, e defendido por muitos, como o único adversário à altura para concorrer com Paganini.  

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, se juntar o bicho foge. Há quem diga que Alberto Mendes não é mais dono da decisão de ser ou não ser candidato. Apoiadores importantíssimos não aceitam em hipótese alguma a retirada da candidatura pedetista. É gente que não vota em Munhoz ou qualquer candidato indicado por ele, nem com reza brava. Mas, também, não votam em Manoel Marques. Gente que não quer ficar órfã de pai e mãe. 

Pé-frio. Para muita gente, Toninho Bellini continua como o pé-frio da A3. Foi só ele tirar férias, a Vermelhinha se recuperou e chegou ao G8. Bastou ele dar o ar da graça no Chico Vieira, no sábado, perdemos e fomos para 9ª colocação. O time foi para Taboão da Serra, ganhou e voltou para o G8.

Comentário na sauna 1. O pagode anda solto no paço municipal. A disputa pela vaga de candidato da situação está virando samba, afinal: Martins é Martins e Mané é Mané. Olha o breque!

Comentário na sauna 2. O prefeito não esta preocupado com a sucessão, pois ele tem 11 opções. Basta saber qual será o jogador da Esportiva que vai disputar a cadeira do executivo.

É só confirmar! Teve gente encaminhando emails para o Dropes comentando que a festa que fizeram com o Deputado Barros Munhoz no aniversário do Clube da Saudade não foi do jeito que o Dropes noticiou. Foi menos. Muito menos. Disseram esses comentários que todos os políticos presentes receberam atenção de todos, em igual situação. Todo mundo viu, isso, disseram. 

Empate técnico. Aliás, disseram que as mesas dos pré-candidatos Alberto Mendes, Manoel Marques e Martins foram tão visitadas quanto as de Munhoz e Paganini. Da mesma forma, após os discursos de Manoel, Martins e Totonho, todos receberam os mesmos aplausos entusiasmados. 

Gato mandado? Disseram, também, que Munhoz pediu ao presidente do Clube da Saudade que chamasse Paganini e o convidasse a falar. Convidado, Paganini agradeceu e declinou do convite. 

Sinal de respeito? Há quem diga que Paganini só declinou do convite por ter sido escalado após a fala do deputado Barros Munhoz.

Quatorze partidos. O grupo liderado por Barros Munhoz, que tem Paganini como pré-candidato a prefeito do PSDB encabeçando a chapa, contará com uma aliança formada por mais nada menos do que quatorze partidos.

70% do tempo de rádio! Esses 14 partidos, juntos, somam 58 Deputados Estaduais - 62% da composição da Alesp, 382 Deputados Federais - 74% da composição da Câmara Federal - e deverão ter 72% do tempo de rádio da campanha.

Pouca expressão. Manoel Marques, como pré-candidato, terá o PV encabeçando a chapa que terá ele próprio à frente como presidente. Contará com uma aliança formada por partidos de pouca expressão.

3% do tempo de rádio. O PTN não tem nenhum deputado, estadual ou federal. O PTdoB conta com três deputados federais. O PSL com um deputado federal. Somados os quatro partidos, oito estaduais - 8% da composição da Alesp, quatorze federais - 3% da composição da Câmara Federal - e deverão conseguir, todos os quatro, apenas 3% do tempo de rádio da campanha.

Pode entrar mais. O PRB tem sido anunciado com integrante do grupo, porém corre o risco de mudar de orientação nos próximos dias. O PPL foi convidado a participar da reunião que oficializou a pré-candidatura de Manoel Marques, mas ainda não decidiu o caminho que vai tomar. Caso esses dois partidos integrem a chapa encabeçada pelo PV, pouca coisa vai mudar no tempo de rádio. 

Manoel precisa do PT e do PDT. Mais do que ele pensa. Só com a união com o PT e com o PDT é que a chapa situacionista poderá ganhar corpo e chegar perto dos 30% do tempo de rádio. Teoricamente, a estrutura de Manoel Marques local é boa, mas o PDT e, principalmente, o PT têm um belo cacife. 

No Dropes, o direito de resposta, não é visto como uma obrigação, mas como respeito ao internauta e ao eleitor. Recebemos o email abaixo:

Meu nome é Larissa e gostaria muito de esboçar minha opinião acerca do Drops 114 do seu portal.

E gostaria muito que a imparcialidade fosse respeitada e meu e-mail publicado.

Caro Nino Marcatti:

Eu estava no evento que você cita no drops 114 e em nenhum momento vi o que você publicou aqui, mesmo porque você nem lá estava.

Houve aplausos para todos os políticos presentes e nada de exageros com nenhum deles como você descreveu. Mas acredito que você assim escreva por ser de seu interesse, não é mesmo?

Eu pude também presenciar o infortúnio de um político ter sua cadeira quebrada e cair no chão. Falta de sorte não é mesmo? Mas falta de sorte maior ainda é ter as calças arriadas enquanto se sobe a Rampa da Assembléia Legislativa de SP, não é mesmo Deputado Barros Munhoz? Este outro infortúnio foi publicado no Jornal O Estado de São Paulo, e acreditei que fosse ser publicado aqui no Drops, pois o mesmo se intitula imparcial e com informantes de todos os matizes políticos da cidade. Mas como não foi publicado, acredito então que não era de seu interesse publicar, não é mesmo?

Há tempos venho acompanhando o Drops e o que pude perceber é a sua parcialidade. Muito me admira você, que sempre foi Petista de carteirinha, hoje bajular o deputado Barros Munhoz. Você diz que ele mudou, mas eu acredito que você é quem mudou, seus valores mudaram. Chego mesmo a pensar que, na  verdade, algumas pessoas realmente tem um preço....

Sem mais,

Larissa Mariana Paiva

Resposta do Nino Marcati. 

Prezada Larissa, as minhas posições políticas, como não sou candidato, as manifesto publicamente, por escrito, como tenho feito há muito tempo.

Eu sempre expressei o meu pensamento político com clareza. Não dou o direito à senhora e a ninguém deste planeta de fazer ilações a respeito das minhas convicções. Elas são minhas, como as da senhora, são suas. Patrulhamento ideológico, de saudosa memória, foi-se embora. 

Quanto ao Dropes - apesar das exaustivas explicações - trata-se de uma coluna que reflete os comentários políticos recebidos. Não cabe ao Dropes dar crédito ou duvidar de tais informações. Cabe, apenas, dar redação final para que o texto fique dentro do estilo da coluna.

O Dropes não se intitula - nunca se intitulou - o dono da verdade. Por isso publica TODAS, vou repetir, TODAS as informações que recebe, excluindo, apenas, aquelas de cunho pessoal ou excessivamente agressivas. O Dropes, não sei se a senhora percebeu, é uma coluna política. E quem entra na política, sabe o mundo que está entrando.

O Dropes quando recebe algum contraditório - como foi o caso da senhora – simplesmente, publica. Nós oferecemos o direito de resposta, sempre, sem qualquer procedimento burocrático. Não agimos dessa forma por sentirmos na obrigação de fazê-lo.  Mas porque queremos que a discussão seja ampliada, democratizada, e que cada um mostre a sua verdade. O internauta/leitor que a interprete. É assim que funciona uma democracia. Pelo menos no meu conceito.

Eu não sabia, no Dropes 114, o nome da pessoa que tinha caído da cadeira. Essa informação não foi passada a mim.  Depois de receber o seu email, até a publicação desse Dropes, descobri que a pessoa que caiu foi o pré-candidato do PDT, Alberto Mendes, e que a causa da queda, teria sido uma pequena cochilada – um motivo que não deve envergonhar ninguém, assim como a queda também não – caso essa informação esteja equivocada, o Dropes estará à disposição para esclarecer, se houver interesse da sua parte ou de Alberto Mendes. 

Quanto à informação não publicada do deputado que a senhora não observou aqui, posso lhe assegurar que a senhora também não tem observado que noticias publicadas nos outros jornais, dificilmente são republicadas no Dropes, salvo quando existirem novos desdobramentos. Esse caso das calças, além do Estadão, saiu também no jornal Tribuna de Itapira. 

A senhora, também, não tem observado que as informações negativas que chegam do deputado Barros Munhoz são publicadas e muitas vezes, a assessoria, entra em contato conosco para colocar a versão deles. De novo, isso é democracia. Não é culpa do Dropes se essas informações não chegam ao volume que a senhora gostaria. De qualquer maneira, fica aqui o desafio para a senhora, sempre que tiver alguma informação negativa do deputado Barros Munhoz, nos encaminhe, mas antes de ser publicada nos jornais da cidade, a menos que tenham ingredientes novos. Teste-nos, estamos à disposição. 

O Dropes orgulha-se de receber informações de todas as vertentes políticas da cidade.

Quanto à mudança de Munhoz eu a faço por observação lastreada nos meus parcos conhecimentos. Eu as publico, não as escondo. Nunca tive medo de expressar a minha verdade e colocá-la publicamente. Eu não tenho medo, nem vergonha do que penso. Eu assumo o que escrevo, assino e dou os caminhos para a contestação. Nunca usei, por exemplo, um email falso para transmitir a minha opinião ou a minha crítica a quem quer que seja.

Quanto às minhas mudanças - elas não estão dentro do contexto a que senhora se referiu - dou graças a Deus em poder reciclar meus pensamentos,  a minha ideologia, o meu sentido de vida e a minha visão de mundo. Sou um ser mutante, por natureza, procuro evoluir com o mundo. Nem sempre consigo, confesso.

Quanto à sua insinuação final “algumas pessoas realmente tem um preço...” eu concordo plenamente. Tem gente que se vende para sair candidato e atrapalhar os disputantes sérios, outros se vendem para abonar a disputa em benefício de alguém, muitos fazem qualquer coisa para mudar de vida. Eu também tenho um preço: uma casa ou apartamento na praia na ordem de R$ 2 milhões, um iate não muito grande no píer mais próximo, um helicóptero para os deslocamentos e uma mesada de $ 250 mil para manter toda essa farra. Menos do que isso, prefiro ficar com a minha consciência livre.

Um abraço

Nino Marcati    

Até o próximo capitulo!

Prezados Internautas

Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.

As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.

PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].

A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.

Nino Marcati, da Redação do PCI.