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Itapira, 28 de Setembro de 2024
Notícia
15/04/2012 | Dropes: 126º capítulo

Uns dizem que Munhoz e Alckmin não se bicam. Na sexta-feira, 13, em Santo Antonio da Posse, o Governador compareceu às solenidades de inauguração de obras patrocinadas pelo presidente da Assembleia Legislativa. 

Outros dizem que nem se olham... Durante todo o discurso, a todo momento o governador se dirigia a Munhoz ou chamava o nome dele para compor o discurso ou para reforçar o que estava dizendo. Buscava exemplos de unidade. 
 
Enquanto alguns esperam cair do céu... Bertinho, prefeito da Posse, em seu discurso, depois de agradecer a montanha de recursos recebida através de Barros Munhoz, não se fez de rogado e tascou mais um pedido de R$ 1 milhão para concluir o asfaltamento da cidade.
 
Para quem não dorme no ponto 1. Alckmin respondeu ao pedido do Bertinho, assim: "como você é um bom prefeito, um bom administrador, econômico, você dá um apertinho e já baixa esse serviço para R$ 900 mil. Tá certo?"
 
Para quem não dorme no ponto 2. Ao ver o Bertinho concordar, Alckmin olhou para os deputados estaduais Rogério Nogueira e o Cauê Macris perguntando se eles ajudariam com mais R$ 100 mil cada um. Ao ter a concordância deles: "estamos precisamos, agora, de R$ 700 mil. É isso?".
 
E como dizem que Munhoz e Alckmin são desafinados... Como governador, colocarei mais R$ 200 mil e o presidente da Alesp, Barros Munhoz, R$ 500 mil: “Tá certo deputado?” Munhoz sorriu e fez positivo.  “Pronto, fechamos as contas e você, Bertinho, não terá mais nenhuma rua de Posse sem asfalto”. 
 
E agora Mané? Manoel Marques e Mino Nicolai estão no famoso mato sem cachorro. Fizeram tudo do jeito Feola, mas faltou um “Garricha” para questionar. 
Tudo isso é fácil. Para quem não sabe, Vicente Feola foi o técnico campeão de 58. Antes do jogo, na preleção, Feola falou aos jogadores o que eles tinham que fazer para ganhar fácil dos russos. Depois de ouvi-lo, atentamente, Garrincha questionou: "Tudo isso é fácil. Mas falta combinar com os russos".
 
E foi fácil, mesmo. Depois da fala de Garrincha, o Brasil foi a campo mais preocupado com os russos, jogaram seriamente e venceram a partida por dois a zero. O resto todo mundo sabe.
 
Manoel Marques e Mino Nicolai, segundo informações dos corredores da câmara, passaram horas planejando o reajuste dos vereadores: as vinculações, as contas e as justificativas. Ensaiaram a mesma língua para convencer os demais vereadores a aceitarem sem um pio. Conseguiram. Mas se esqueceram de combinar com o povo.
 
Tanto Mino como Marques não esperavam tamanha repercussão. Achavam que o plano deles era infalível. Por isso ficaram assustados e montaram tamanho aparato policial para combater cerca de cinquenta estudantes munidos de nariz de palhaço, cartazes, faixas e algumas vaias acondicionadas, na garganta, em caso de necessidade.
 
Já tem vereador querendo roer a corda. Alguns não têm dúvida de que suas reeleições poderão estar seriamente ameaçadas diante dos erros cometidos. A dúvida é como consertar.
 
Na calada da noite. Um vereador confidenciou que se fosse ele o presidente da casa, a mesa teria proposto a equiparação do salário do vereador no limite legal - 40% dos deputados – mas abriria a discussão aos vereadores, de onde poderia sair um resultado próximo dos R$ 6,4 mil, na negociação, sem que a população visse o processo como uma ação na calada da noite. Calados.
 
Ah se a gente soubesse! Por outro lado, outro vereador ficou até branco de raiva ao perceber que deram um “reajustezinho de nada” para evitar qualquer bafafá e completou: “se a gente soubesse que ia dar tanto falatório, tanta confusão, a gente teria chegado nos R$ 8 mil. O lombo arderia, mas valeria a pena!”
 
Concordemos ou não. Um virtual candidato às eleições deste ano disse que se ele estivesse na cadeira, terça-feira passada, pediria a palavra no pequeno expediente e diria: “presidente, em meu nome e do povo de Itapira, por favor, peça aos policiais que retornem para as suas tarefas normais, porque aqui não tem nenhum bandido. O que esses jovens estão fazendo é o mais puro exercício de cidadania. Concordemos ou não. Faltou inteligência”.
 
Os militantes do PSOL, simpatizantes e o povo geral que está apoiando o movimento prometem um numero maior de manifestantes na próxima terça e, assim será até que os vereadores desçam dos pedestais e resolvam discutir o assunto como gente grande e civilizada.
 
Muitos candidatos a que? Vandré Cavalheiro encaminhou email dizendo que muito se comenta pela cidade que, nas eleições deste ano, teremos um elevado número de pretendentes à verba remuneratória de R$ 6.430,00.
 
Vandré pergunta: será que essas pessoas manteriam suas candidaturas caso, sem qualquer depreciação da nobre função legislativa, recebessem apenas um salário mínimo? Seria um belo e legítimo teste para separar o joio do trigo.
 
Não vamos mexer com isso. Enquanto uns gostariam de reduzir o salário dos vereadores, como Vandré, outros não querem nem ouvir falar em alteração nos valores dos subsídios. Dentro dos oposicionistas, alguns integrantes da cúpula não queriam nem que Munhoz explorasse o tema no programa de rádio ou em qualquer outro lugar. 
 
E por falar em Mané... Tem muita gente na cidade apostando que Manoel Marques não resiste mais do que vinte dias como pré-candidato. Há quem diga que ele já tem o discurso preparado e espera apenas o melhor momento para pronunciá-lo.
 
Coisa pensada. O tema central do discurso também está definido. Ele vai dizer que colocou o nome dele para alcançar dois objetivos: forçar a definição antecipada da oposição e reunir a situação, como 2004. 
 
Como uma ilha no meio do pacífico. Mas não é bem assim que os companheiros palacianos estão vendo o provável desfecho da candidatura Manoel Marques. O secretário de governo e presidente da câmara usou e abusou sobre os demais componentes do grupo. Vai desistir porque ficou isolado.
 
Eu não acredito nisso. Um dos coordenadores do grupo de Manoel Marques garante que está totalmente descartada a possibilidade do pevista deixar de ser candidato por qualquer motivo que possa ser apresentado. E destacou: “se essa história for confirmada, lá na frente, então eu lhe direi: o Mané é um grande ator, enganou nossa turma, direitinho. Eu não acredito nisso”.
 
Só querem usar o Mané e ele sabe disso. Esse mesmo coordenador disse, também, que tanto Martins, como Alberto, não querem Manoel na chapa, mas o querem como coordenador da campanha. E destilou: “e se o Mané aceitar essa condição sabe o que vai acontecer? Caso vençam, não vão querer o Mané passando nem do outro lado da calçada”. 
 
O poderoso chefão. Para a turma que não engole Manoel Marques, ele foi aniquilando, um a um, todos os que poderiam cruzar o caminho dele. Só não derrubou Martins do cargo de vice por falta de instrumentos que o permitisse. Mas não deixou que o vice-prefeito ganhasse fama como possível administrador, tratando-o, sempre,  como um mero substituto de luxo.
 
Mané, o Gangorra. Munhoz, em seu programa de sábado, acabou aplicando um apelido a Manoel Marques: “gangorra”. Segundo o deputado um conhecido de sua época recebeu esse apelido por espalhar as pessoas de perto dele. “Ele nunca aglutinava, só espantava. Bastava sentar ao banco, para todo mundo se levantar e ir embora”.
 
Não possível! Como política levanta conversa para todos os lados, chegou ao Dropes, também, a informação de que Manoel está mais do que garantido como candidato a prefeito, ele já definiu, inclusive, o companheiro de chapa: Toninho Orcini.
 
É sim! Segundo esse informante, tudo já estaria amarrado com Mino e o próprio Orcini. Juntando, assim, PT e PDT. Cristina Gomes já teria dado o sinal verde e a maioria da executiva itapirense do PT, também, exceto Carlão Vieira e Almir.  
 
Agora, ele poderia fazer até pior. Nesse mesmo acordo, foi determinada a junção dos partidos para não dar confusão depois. Sabe-se que Lima, por exemplo, só se filiou ao PSL na garantia de não ter o PT nesse grupo. Para Lima, Mino só o atrapalhou na eleição anterior, fazendo-o perder a cadeira. 
 
Juntando os trapos. Assim, os partidos da base aliada se comporiam em três ou quatro grupos: PV + PTN com destaque para Ferrarini; PSL+PTdoB com destaque para Lima e PT+PDT+PPL com destaque para o Mino. Os três partidos restantes, PMN, PRP e PSDC integrariam um quarto grupo ou seriam distribuídos nos outros três. 
 
Nem pensar. O Dropes tentou ouvir os representantes maiores do PT e do PDT para confirmar a informação, mas não conseguiu. Teve, no entanto, dentre os interlocutores ouvidos, a garantia de que o acerto entre Manoel e Orcini não tem a menor chance de acontecer. É mais um balão de ensaio. Para esses, tudo não passaria de mais uma armação que tem o condão de distanciar, ainda mais, Manoel do prefeito, do PT e do PDT. Para essas pessoas Manoel está e continuará isolado.
 
Ele tem a receita do sucesso. Manoel Marques acredita que ninguém do grupo situacionista terá coragem de concorrer com ele, pois sabe como ele age numa eleição.
 
Pitaco do Dropes. A situação do Manoel Marques é a mesma de Alberto Mendes, ambos perderam o controle sobre a decisão de ser ou não ser candidato. As duas candidaturas estão amarradas nas pessoas que se aninharam em volta deles.
 
Dura decisão. Manoel sabe que seu futuro político depende dessa candidatura e dessa eleição. Ganhando ou perdendo. Nessas alturas, depois dos acontecidos, a desistência o levaria ao ostracismo e apagaria boa parte da sua história política. 
 
É agora ou nunca... Alberto perdeu o bonde da história duas vezes: em 1996 quando 46 votos lhe tiraram a vitória e em 2004, quando abriu mão para Toninho Bellini. Teoricamente, pela idade, essa é a última chance. É isso que ele está tentando fazer o PT entender!
Manoel atrás. As pesquisas (ou seria enquete?) vêm colocando Paganini, depois Alberto Mendes e Martins à frente de Manoel Marques. Mas o presidente não acredita em nenhuma delas. Ou melhor, quando acredita, fala que poderá reverter o quadro rapidamente. Manoel é o único que diz saber como ganhar a eleição de Munhoz. Ele não se cansa de dizer: “no final estarão todos comigo”.
 
Paganini e Dado, sem sossego! Duas pessoas diferentes, em momentos distintos, não ligadas diretamente aos oposicionistas, presentes na abertura do Feirão de Ofertas, organizado pela ACEI, observaram o tamanho do assédio sobre Paganini e Dado, compararam com o que acontecia em relação a Manoel, Ferrarini e Mino, no mesmo local e horário, e chegaram à semelhante conclusão: “tem pesquisa melhor do que essa?” 
 
Mais um desagravo. Sonia Santos continua sendo desagravada por conta do episódio em que Mino Nicolai lhe disse que não conhecia um homem de verdade. Dessa vez, quem assina não é nada mais, nada mesmo do que a senadora Marta Suplicy, que não poupou nem um milímetro o neopetista.
 
Só mulheres do PT. Petistas, no entanto, garantem que a vereadora Sonia Santos não goza de mais nenhum apoio junto às instâncias superiores do partido. Prova disso, a denuncia de irregularidades na eleição do diretório não foi acolhida. Pelo menos, até agora, não receberam nenhum pedido de informações. O apoio que Sonia recebeu das mulheres do PT é de rotina.
 
TVPCI, segunda, 16. Nesta segunda-feira, Maria Ângela Nogueira Brait Silva que chegou a ser cogitada para figurar na chapa de Paganini com vice será a convidada do programa “Conversa de Gente Grande” para falar sobre a APAE, onde é presidenta.
 
TVPCI, segunda, 23. Na outra segunda está confirmada a participação da presidente do sindicato dos servidores municipais de Itapira para contar tintim por tintim a questão do reajuste dos subsídios dos vereadores. 
 
Em tempo. Cristina Gomes viaja nesta segunda, de manhã, para Foz do Iguaçu, para participar do Congresso Internacional, organizado pela Casa Latino Americana que reúne 60 centrais sindicais independentes da América Latina, Canadá e Estados Unidos 
 
Até o próximo capitulo!
 
Prezados Internautas
 
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
 
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
 
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
 
Nino Marcati, da Redação do PCI.
 

 

Fonte: Da Redação do PCI

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