Contra a parede. No capítulo anterior, o Dropes repercutiu a informação de que Manoel Marques tinha colocado Toninho Bellini contra a parede forçando-o a decidir por um dos três, ele, Martins ou Alberto. Toninho cedeu. Manoel suspendeu a reunião que estava marcada para quarta-feira da semana passada e aguarda o anuncio oficial que deverá ocorrer na próxima quinta-feira, 26.
Como não poderia ser diferente, a redação do Dropes foi invadida por inúmeras informações a respeito do desfecho da candidatura situacionista.
Recadinhos preciosos. Quando Manoel procurou Toninho para força-lo a decidir, levou consigo os seguintes recados dos dois principais patrocinadores. O patrocínio somente seria realizado, conforme combinado, se o candidato indicado não fosse Alberto Mendes e que, caso Manoel Marques saísse sozinho, ele levaria a parte do leão.
O veto explícito a Alberto tem uma razão. Alberto é contra as terceirizações. Recentemente, na entrevista à TVPCI, o pedetista chegou a dizer que não romperia de cara, por motivos técnicos e caso constasse que a terceirização seria a melhor opção, ele continuaria: “por que não?” Parece que os prestadores desses serviços não confiaram.
Uma semana de prazo. Diante dos apelos do irmão Mino Nicolai e da disposição de Manoel Marques em sair candidato com ou sem o apoio oficial, Toninho Bellini deu a palavra, mas pediu uma semana de prazo para anunciar a decisão.
Mais uma vitória. A primeira providência do prefeito foi chamar os secretários e diretores mais importantes para convencê-los de que a única saída era apoiar o nome de Manoel Marques. Pediu que todos entendessem a posição e que o mais importante, para o grupo, era colocar mais uma vitória no currículo.
Mané na cabeça. Depois, Toninho Bellini se reuniu com os membros do PT para uma conversa semelhante. Começou dizendo que estava com o resultado da prometida pesquisa e que Martins tinha sido o nome pior posicionado dos três possíveis. Alberto teria uma pequena vantagem sobre Manoel, mas tratava-se de um empate técnico. Logo, a melhor opção para o grupo seria Manoel Marques.
Surpresa? Toninho Bellini não escondeu o constrangimento, afinal ele passou os dois mandatos dizendo que o candidato dele seria Martins. Mas, na hora do vamos ver, acabou dando o que todo mundo sabia.
Aliviado. Martins, presente à reunião, imediatamente comunicou que se sentia aliviado, pois nunca tivera mesmo a intenção de ser candidato. E exortou o partido a buscar um nome de consenso. Martins não teceu comentário sobre a predileção do prefeito por Manoel.
Aliviado? Martins é mesmo um “gentleman”. Até uns dias atrás ele se mostrava muito animado com a possibilidade de sair candidato. Venhamos e convenhamos, ele era mais do que merecedor.
Saco de pancada. Não se pode dizer que Manoel Marques também não seja merecedor. Afinal, ele levou as campanhas nas costas. Era o único a colocar fé na vitória, mesmo vendo ela muito distante. Fora isso, foi o saco de pancada do Novo Tempo.
Só não sabe como. Ninguém entende tanta indefinição por parte de Toninho Bellini para anunciar o que ele deverá fazer na próxima quinta-feira. Um palaciano explica que Toninho não queria Manoel, mas não teve como se livrar dele. Nesse ponto, Marques amarrou o prefeito muito bem amarradinho. E diga-se, com competência. A semana pedida significa que ele ainda tem esperança para reverter a decisão.
Construção ou imposição 1? Outro ponto que pouca gente entende é como Manoel Marques, disposto desde o princípio a ser o sucessor de Toninho Bellini, como hoje revela, não ter construído uma base melhor para poder navegar.
Construção ou imposição 2?Para muitos novotempistas que continuam no barco, Manoel arrumou inúmeros adversários e inimigos, de proa a popa, de estibordo a bombordo para viabilizar seu nome. Para esse grupo, Manoel não construiu uma candidatura. Impôs.
PT tá fora da chapa. Por outro lado Manoel comenta, sem fazer muito segredo, que não quer nada com o PT. Para ele, somente a Sônia seria bem vinda como vice, mas como isso parece impossível, o PT tá fora da chapa.
Chapa da terceira idade. Toninho, no entanto, tem ponderado que a situação tem que ser conduzida com muito cuidado, pois se melindrado o PT pode insistir com a “chapa da terceira idade” sepultando de vez as chances de seu irmão, que pra ele é a prioridade das prioridades.
No meio do caminho... Por fim, Manoel disse que seu negócio agora é com o PDT uma vez que suas conversas com Orcini vêm de muito tempo, bem adiantadas, restando apenas tirar do caminho a “pedra” chamada Alberto.
Manoel, 30%. Alberto, 2%. Tem muita gente do PT desacreditando nos resultados da pesquisa encomendada pelo prefeito. A empresa é velha fornecedora do grupo e como o trabalho dela não poderia ser verificado, imaginam que dedos suspeitos passaram por lá. Comentaram, por exemplo, que num determinado lugar Manoel teve 30% e Alberto, 2%.
Só por milagre. Os petistas não acreditam que Manoel pudesse ter crescido num momento em que ele se encontra sob o fogo cruzado do reajuste dos subsídios dos vereadores. E mais, nada se falou do índice de rejeição que o pevista carrega.
Missão Impossível. Os petistas sabem que é mais fácil um terceiro colocado chegar ao primeiro lugar, numa eleição, do que um candidato reduzir os níveis de rejeição. Deram um exemplo: um candidato que tivesse 35% de rejeição teria que buscar os votos nos restantes 65% do eleitorado. Diante de um quadro equilibrado de três candidatos, uma tarefa impossível.
Prova dos nove. Até terça-feira, 24, duas pesquisas distintas estarão nas mãos dos dirigentes do PDT e do PSDB. Nessa sondagem, o nome de Martins aparece nas duas. Os números dessa pesquisa encomendada pelo prefeito poderão mostrar até que ponto os dados foram manipulados ou não.
Qual nome? Alberto Mendes assegurou a esta redação, que diante das pesquisas, que hoje lhe dá o segundo lugar, em todas, ele só não será candidato se levar uma rasteira bem grande do seu partido. Caso contrário, que ninguém espere qualquer ato de renúncia da parte dele, a menos que tenham um nome muito melhor do que o dele.
Não tenho papas na língua! Alberto disse ainda, que caso o PDT resolva não lhe dar a legenda, entregando-a de bandeja ao grupo de Manoel Marques, ele irá para a imprensa e deixará claro que tal procedimento não contou com a aprovação dele. “Certamente, pegará muito mal para o PDT e para a presidenta Cristina se isso tiver que acontecer”, concluiu.
Quer dizer, a sua candidatura não tem volta. Mendes, no entanto, deixou claro que essa atitude defensiva que ele está anunciando é derivada dos comentários que rolam pela cidade, mas que não acredita nas “comadres”, pois tem assegurada a palavra de Cristina Gomes e dos companheiros.
PT e Manoel. Uma notícia que Alberto não gostou de ouvir foi a de que o PT teria recebido uma proposta tentadora de financiamento da campanha para aliar-se ao grupo de Manoel Marques. Segundo o informante petista, parte da executiva e alguns candidatos a vereador ficaram com os olhos brilhando. Para esses o acordo está fechado.
É hora do PT tomar rumo. Alice, presidenta do PT, garantiu que tal proposta financeira não chegou a ela e que nesta segunda, 23, haverá uma reunião da executiva onde será discutido o caminho do partido. Depois haverá uma reunião com os candidatos a vereador.
Tá mais para o Alberto. Questionada sobre a tendência do PT, Alice se mostrou tranquila quanto a caminhar tanto com Manoel ou com Alberto. Para ela a melhor opção seria Manoel candidato a prefeito e Alberto, vice. Sobre a executiva, a maioria fecha com Alberto, mas reconhece equilíbrio em relação aos candidatos à vereança.
Dinheiro na mão é tentação, mas... Os petistas contrários a Manoel consideram que o reforço financeiro na campanha é sempre bem vindo, mas esclarecem que dependendo de onde vem, não vale a pena.
Rejeição. A presidenta do PT não esconde as dúvidas que tem sobre as chances de Manoel Marques superar o alto índice de rejeição. Eu conheço muita gente, da prefeitura inclusive, que anda pela cidade inteira e todos são unanimes: “ninguém gosta do Manoel”. Mas consertou, em seguida: “mas, acho que vai dar para reverter.”
Até que Alice não está tão errada na declaração final. Secretários e Diretores que diziam ter verdadeira ojeriza a Manoel, agora dizem ser manesistas desde criancinha. Mas essa mudança de postura recebeu de alguns a seguinte interpretação: “já que Manoel não desiste, de jeito nenhum, vamos dar bastante corda para ele até junho.”
PSOL com Alberto Mendes. Alberto tem comentado que conversas não oficiais mantidas com alguns membros do PSOL estão encontrando bons níveis de convergência. Alberto foi direto: “Eu ficaria muito feliz em ter o PSOL comigo. Eles têm muita gente boa, não só para disputar a vereança, mas para compor um excelente governo.”
Não sou candidato à vice. Alberto finalizou dizendo que para ele não interessa ser vice ou negociar cargos com ninguém: “eu tenho um projeto para Itapira, eu quero ter a oportunidade de apresentá-lo. Só isso. A decisão será do povo.”
Terça tem mais. O PSOL, simpatizantes e descontentes com o reajuste dos vereadores prometem mais um ato para esta terça, 24, na câmara municipal. A expectativa é que o movimento cresça. Eles estão se organizando para levar à votação um projeto popular pedindo a revogação do reajuste.
Memória falha. Diante do comentário da vereadora Sônia que não se lembrava de ter visto nenhum dos manifestantes que estavam na câmara de terça feira passada em outra sessão, aquela da venda do SAAE, Vandré Cavalheiro retornou lamentando o comprometimento da memória da vereadora.
Memória interesseira. Vandré relembra que esteve presente na sessão da câmara de venda do SAAE, apesar das ameaças que sofreu. E pergunta: “será que a nobre vereadora não se recorda que em data mais recente fui testemunha, juntamente com a vereadora, no processo para apuração daquele nefasto evento?” Para Vandré, a memória da vereadora só lhe socorre quando a ela própria convém.
Exonerado. Encerrada a sindicância e o processo administrativo que apurou o desvio na prefeitura constatou-se que o Sr. Benedido Robles desviou dinheiro através de pagamentos duplicados. Por conta disso, a menos de um ano da aposentadoria, Robles foi exonerado a bem do serviço público.
Exemplo. Espera-se que o trabalho da sindicância tenha sido prestimoso e que sirva de lição para os servidores públicos em geral e que não se volte contra o contribuinte entregando-lhe, lá na frente, um enorme carnê de pagamentos.
Nem todo mundo acredita. Por conta da insegurança, rolam comentários preocupantes, que só o tempo dirá se são verdadeiros ou falsos. As más línguas estão dizendo que Robles não lucrou sozinho e por conta disso, ele tinha que levar a fama e guardar para si o que sabia.
Liminar. A solução então, para que ele não pagasse o pato sozinho, o processo será contestado pelos advogados de Robles, que buscarão a reintegração ao cargo e, assim, a garantia da sonhada aposentadoria. Só falta ter algum erro nesse processo que faça Robles garantir esse direito liminarmente e manter-se assim, até o final do ano.
Intriga da oposição. Dizem, também, que caso a liminar não saia tão rápido como se imagina, um emprego equivalente já estaria arranjado para que o funcionário exonerado não tivesse do que reclamar até o final do ano. Agora é apostar que todas essas conversas não passem de intriga da oposição.
Paganini a todo vapor. Enquanto os situacionistas brigam e a terceira via espera, Paganini diz que aproveita a tranquilidade reinante no seio do seu grupo para levar suas propostas e conhecer mais a fundo os problemas da cidade para enriquecer o plano de governo à altura de Itapira. "Temos que recuperar o tempo perdido", não se cansa de falar.
Até o próximo capitulo!
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Nino Marcati, da Redação do PCI.
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