União à vista? Por muito tempo, todo mundo acreditava que na hora “h” os governistas superariam suas diferenças e se uniriam para tentar repetir 2004 e 2008. Imaginava-se que tudo não passava de uma bem montada artimanha eleitoral. Hoje, poucos acreditam na reviravolta.
Sucesso na derrota? Nessa semana, um astuto analista político fez a seguinte avaliação: “quem foi que disse que a divisão dos governistas não passa de uma linda estratégia? E digo mais, trata-se da mais inteligente que eles poderiam colocar em prática, com 100% de sucesso: é preferível perder por conta da desunião a correr o risco da derrota, unidos”.
E explicou: “só uma hecatombe tirará dos oposicionistas essa eleição. Todo mundo fala a mesma coisa. Caso os governistas se apresentassem unidos, a derrota jogaria todos no esquecimento e abriria espaço para uma nova safra. Desunidos, o grupo que sobressair levará o espólio.”
Mário e o PT. Os petistas estão tratando a possível candidatura de Mário da Fonseca à prefeitura com todo cuidado do mundo, pois é dependente do presidente do PV. Por hora, apenas dizem que é mais um balão de ensaio e esperam os resultados de uma pesquisa que está correndo a cidade.
Mário e Mané. Os petistas não acreditam que Manoel Marques abra mão da pré-candidatura para dar lugar a Mário da Fonseca em nome da união. É bom lembrar que além da predestinação de Manoel, não faz muito tempo, os dois travaram uma séria discussão. De lá para cá, eles pouco se falam.
Jogo de cena. A desistência do pré-candidato Martins não foi novidade para a executiva petista. Entre alguns membros do diretório e parte dos pré-candidatos à vereança tudo não passou de armação para favorecer Manoel Marques. Desconfia-se que o lançamento de Martins como pré-candidato foi usado para embolar os entendimentos - que estavam crescentes - com Alberto Mendes.
Saiu caro para o PT. Os petistas contrários a Manoel Marques classificaram a tibieza de Martins e a brincadeira de se lançar pré-candidato como altamente prejudiciais ao PT, pois do contrário o partido poderia ter definido um nome que pudesse não só ser cabeça de chapa como também compor uma vice, além de conviver com um racha de grandes proporções e de difícil solução.
Circo não combinado. No encontro de sábado passado, o circo estava armado para tentar aprovar a coligação com o PV, aceitando Manoel Marques como cabeça de chapa, mas para desespero dos “manesistas”, o bate cabeça do Diretório Municipal em relação às cédulas de votação atrapalhou a programação. Esqueceu-se de amarrar o combinado com o Almir. Sem alternativa, postergaram a decisão para o próximo sábado.
Tentando juntar os cacos. Foi marcado esse encontro para tentar colocar o partido dentro do calendário e das normas petistas para a eleição 2012 e acabar com as divisões. Até lá deverão ocorrer duas reuniões, uma com Manoel Marques, outra com Alberto Mendes.
Compromisso! Ao contrário do que muita gente imagina o PT não estará buscando, nessas conversas, o quem “dará mais”. “Erros foram cometidos nesse governo quando trocamos combatividade e linha política por alguns cargos. A pauta vai privilegiar compromissos”, esclareceu um petista consciente.
Chances remotas. Em política tudo é possível, mas pelas contas dos contrários à coligação com Manoel Marques, dificilmente tal intenção logrará êxito junto à militância. É grande a rejeição, principalmente, entre os candidatos a vereador.
A chance de Alberto 1. Esses petistas esperam que Alberto Mendes tenha habilidade para tratar o assunto coligação com o PT e consiga unir o partido. E o pedetista já está com uma pauta de discussão consistente que deixaria o presidente Lula boquiaberto. “Minhas propostas são para o povo de Itapira. O PT não pensa diferente. Logo, falamos a mesma língua”, comentou.
A chance de Alberto 2. O grande trunfo de Alberto será a garantia dos compromissos assumidos: “Saí do governo quando percebi a mudança no rumo. Saí ao perceber que uns valiam mais do que outros. Caso seja eleito, saberei contornar os conflitos, assim como saberei honrar os acordos realizados.”
Inovação. A plenária do encontro de sábado passado, devido a grande boataria com relação a possíveis reuniões realizadas com os pré-candidatos, acordou e apresentou, depois de muito tempo, cobrança de transparência total por parte da executiva do PT nas tratativas eleitorais. Foi acolhida a indicação de Sonia Santos para a participação de Marcos e Eduardo nas futuras conversas.
Anda rindo sozinho. Um novo levantamento para avaliar a tendência eleitoral está em curso na cidade patrocinada por amigos do pré-candidato pedetista. As primeiras informações estão fazendo Alberto Mendes rir à toa.
Estrutura? Muito se fala, nesse ano, sobre as chances eleitorais relacionadas à estrutura partidária e número de candidatos a vereador. É bom lembrar que esses itens são importantes, mas não excludentes. Um bom candidato, uma boa ideia, uma onda de empatia ou mudança podem conduzir para resultados inesperados.
Tudo é possível! Quem não se lembra ou não estudou sobre a eleição de Jânio Quadros ou a vitória de Collor sobre Lula com seu minúsculo e inexpressivo PRN ou, ainda, em Itapira, de Alemão e seus quatro vereadores, todos eleitos. E olha que o ex-prefeito Alemão não sabia nem discursar e não era apoiado pela elite.
Chá de sumiço contestado. O pré-candidato Paganini não gostou da história de que ele teria se afastado das visitas, reuniões e comparecimentos aos eventos da cidade: “começo o dia com reunião com os assessores, faço de sete a dez visitas por dia, à tardinha discussão do plano de governo e fecho a noite com pelo menos três eventos.”
Sabatina. O deputado federal Dimas Ramalho foi sabatinado pelos deputados estaduais na tarde desta terça-feira, como novo Conselheiro Tribunal de Contas do Estado. A arguição faz parte do protocolo.
Reconhecimento. É bom lembrar que a indicação de Dimas colocou o deputado Barros Munhoz numa grande e perigosa saia justa, exigindo dele o que sabia e até o que não sabia. Na sessão de hoje, os deputados dos partidos da situação e da oposição enalteceram a atuação e a condução do embate pelo presidente da ALESP. Um deles, se referindo a Munhoz, citou: “Política é a arte de administrar conflitos”
Levantou e foi embora... Um jornalista político que cobre a Assembleia Paulista desde o século passado acompanhava o plenário e esperava ver o circo pegar fogo na tarde de hoje. Ao ver os deputados conversando animadamente, aturdido, desabafou: “Só esse Munhoz para fazer com que a indicação de um deputado federal para o Tribunal de Contas do Estado corresse num clima tão festivo nessa casa. Esse dá nó em pingo d água.”
Tá com tudo e com muita prosa. No domingo passado, mais uma edição do famoso Porco no Rolete foi organizado pelo Rotary. O deputado Barros Munhoz marcou presença e transformou-se, rapidamente, na atração do evento. Foi cumprimentado e paparicado o tempo todo.
Bola dentro. O vereador Ferrarini ocupou a tribuna desta terça para anunciar a propositura de três projetos de suma importância. Um criará a Coordenadoria Municipal de Proteção, Defesa e Bem Estar Animal. Outro criará o Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais. O terceiro, as Oficinas para deficientes Físicos, Visuais e Auditivos.
Gol! As preocupações de Ferrarini vão ao encontro da solução de um problema que tende a se agravar em nossa cidade: o abandono e o desrespeito aos animais. Levantará o nível da discussão dos temas relacionados. Olham, também, para a qualificação e entretenimento dos portadores de necessidades especiais.
Rápido no gatilho. Além do anuncio dos três projetos, Ferrarini aproveitou para enumerar inúmeras indicações de sua autoria que entrarão em pauta. A pressa em antecipar a apresentação de tais proposituras tem uma explicação: por conta do feriadão e cursos de reciclagem os trabalhos da assessoria foram prejudicados e como tá correndo uma onda de apropriação de ideias, Ferrarini optou por não correr riscos.
O troco. Mino Nicolai usou o pequeno expediente para anunciar que o presidente do PSB que lhe tirou o partido das suas mãos, depois de nove anos, teve o troco merecido em São Paulo. O Diretório Nacional teria contrariado o acordo estadual, fazendo-o abandonar o cargo de secretário e retirar os deputados da base paulista.
Interesse pessoal. Mino Nicolai aventou, também, a hipótese de que Marcio França teria recebido propostas econômicas mais interessantes do PT para apoiar Haddad, o pré-candidato petista à prefeitura de São Paulo, concluindo que França age apenas por interesses pessoais.
De volta ao PSB. Finalmente, Mino Nicolai anunciou que em duas cidades onde os diretórios sofreram o mesmo tipo de agressão tiveram as comissões provisórias recuperadas e, apesar das poucas chances, passou a alimentar a esperança de que a mesma coisa poderá ocorrer em Itapira.
Mal informado 1. Mino Nicolai ao que tudo indica não está bem informado sobre o afastamento de Márcio França da Secretaria de Turismo. Os jornais e sites paulistas informam, de fato, que o PSB nacional fechou acordos regionais com o PT e no caso de São Paulo, o partido apoiará o candidato petista.
Mal informado 2. É verdade que Márcio França deixou a secretaria, mas nenhum noticiário informou a quebra do acordo com o governo do estado ou qualquer rebelião na Alesp. Informam isto sim, que passada a eleição o cargo estará à espera do presidente do PSB.
Tiro no pé? O interessante nessa história foi ouvir o vereador declarando que o PT teria oferecido vantagens financeiras pessoais para ter o apoio do presidente do PSB.
Acho que vai dar tudo certo. Terminada a sessão, em entrevista à Rádio Clube, ao ser provocado pelo Betuska sobre a possibilidade do PT juntar-se ao PDT: como ficaria os irmãos, um em cada palanque? Mino respondeu: “o prefeito não pode subir em um palanque e eu no outro. Não daria certo. Daria muitos comentários. Seria difícil explicar... Eu entrei com um pedido para o partido permitir que eu faça a campanha de acordo com os meus interesses. Espero ser atendido.”
Mino entrará para a história. Qualquer partido que se prese, jamais concordaria com um pedido dessa natureza. Optaria por não ter esse candidato. O voto camarão é uma prática antiga no Brasil, mas sempre ocorre de forma discreta, não oficial. Caso essa situação ocorra, Mino deverá ser o primeiro a ter a velha prática oficializada e reconhecida, principalmente em se tratando de PT.
Contra a Gazeta. Cleber Borges em seu pronunciamento contestou matéria publicada no jornal Gazeta Itapirense. Atacou o dono do jornal e classificou a matéria como mentirosa. Disse que isso só está ocorrendo por que ele, um dia, deixou de votar em Zé Branco e escolheu Manoel Marques, classificando tal perseguição como autoritária e antidemocrática.
Fui o primeiro. Cleber informou e mostrou documentos provando que suas incursões para a reforma da pista de atletismo nasceu em abril de 2009 e o pedido de sinal digital vem de junho de 2010. Portanto, Cleber garantiu: “não me apropriei de projeto de ninguém!”
Desde a copa. Durante o discurso Cleber citou a atribuição da iniciativa ao vereador Zé Branco, que ao ser citado, pediu aparte, não foi concedido. Mais tarde, Manoel Marques permitiu que Zé Branco respondesse que fala em sinal digital deste a última copa do mundo. Manoel Marques colocou pano quente no embate dizendo que o importante é ver as iniciativas dos dois vereadores atendidas, pois quem ganhará com isso será o povo.
Será que o Mané Tá certo? Manoel Marques mais uma vez foi à tribuna, seguindo a fala de Cleber Borges, na tentativa de desqualificar o papel da imprensa e ensinar os jornalistas como eles devem conduzir os seus trabalhos profissionais. Diz que a imprensa distorce os fatos, que não checa as informações e que não ouve os envolvidos.
Tá não! Erra a imprensa quando não tenta ouvir o outro lado, não quando ela repercute os acontecimentos e eventuais indícios. Será que Collor sofreria impeachment, o mensalão seria descoberto e o Cachoeira seria desbaratado se a imprensa seguisse os conselhos de Manoel Marques? Pode um político alegar qualquer responsabilidade à imprensa quando ele é o primeiro a sonegar informações?
Prezados Internautas
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para:
[email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
Nino Marcati, da Redação do PCI.
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Itapira, 17 de Novembro de 2024
13/06/2012 | Dropes: 149º capítulo 
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