Coincidência ou caso pensado? Um detalhe chamou atenção na convenção oposicionista. Na mesa estava Dado e o primeiro a discursar foi Marcello Cesare, os dois egressos do Novo Tempo. O segundo a usar a palavra, José Vicente da Silva é presidente do PSB, ex-partido de Mino Nicolai. Para empatar a parada ou completar as ligações, Munhoz chamou para a mesa, o ex-prefeito David Moro.

 

Quem viver verá! Aliás, os livros de histórias do município deverão contar no futuro que enquanto Toninho Bellini e Manoel Marques passaram oito anos buscando distância de Barros Munhoz, nem mesmo para angariar benefícios para a cidade, coube ao deputado a ação política de abrir diálogo como os descontentes do Novo Tempo. Como será que os futuros historiadores interpretarão esses gestos tão contraditórios?

 

Velha guarda. Marcello Cesare falou com desenvoltura dos antigos vereadores totonhistas, despertando depois em Munhoz a relação com a velha guarda que desfila nas escolas de samba do Rio de Janeiro, que leva emoção ao público, todos os anos.

 

Permanecerão no barco. A convenção oposicionista transcorreu em clima de festa. Desde as 9h30min os filiados e simpatizantes estavam a postos para o grande ato político. Nem mesmo o corte de alguns companheiros e o atraso na chegada de Paganini e Dado foram suficientes para despertar qualquer tipo de estresse. A maioria dos cortados participou da convenção mostrando que aceitaram as justificativas para as quatro coligações. 

 

A noiva. A tranquilidade era tão grande na convenção ao ponto de permitir aos oradores escalados algumas graças e piadas durantes os discursos. Vicente enfermeiro, por exemplo, depois de dizer que o nome do Paganini está na boca do povo, saiu com essa: “olha Paganini, hoje você é a noiva da cidade. Todo mundo quer ver você. Todo mundo quer chegar perto de você!”, arrancando gostosas gargalhadas.

 

A corrida de sapinhos. Dado abriu seu discurso, em tom bem humorado pediu: “que ninguém faça confusão com a expressão usada pelo Vicente e sair daqui dizendo que Paganini é a noiva e eu o noivo” levando a galera, mais uma vez, às gargalhadas. Dado, depois, contou a história da corrida dos sapinhos e que o vencedor foi um sapinho surdo. Com essa parábola, Dado tentou exemplificar para os companheiros que a corrida até a eleição será recheada de conversas desanimadoras e mentirosas, para ganhar nada deve interferir no objetivo.

 

Responsabilidade. Até o deputado Barros Munhoz estava contaminado com a leveza da finalização das negociações. Assumiu a responsabilidade pelos cortes e depois, ao chamar os candidatos para luta lembrou que ninguém ganhará eleição na véspera. Só depois de todos os votos apurados.

 

Muita calma nessa hora! Totonho contou que Murilo Arruda, apesar de todos os predicados que ele carregava, ao abrir o primeiro voto apareceu o nome de David Moro e o dele. Ao ser questionado pela reportagem da Rádio Clube sobre a expectativa dele como candidato a vereador, sem pestanejar tascou: “esse é o primeiro dos cerca de 2 mil, um pouco mais, um pouco menos, que terei.” Terminada a apuração: 180 votos.     

 

Juntos, unidos, Itapira pode mais! Paganini, o último a discursar, reiterou o desejo de levar a campanha em bom nível, sem agressões, assim como não aceitará perseguições, caso seja eleito, e terminou explicando uma resposta enigmática dada antes da candidatura ser anunciada: “de que algo de bom estava para acontecer”. Explicou: “esse algo é que o futuro de Itapira será melhor.”

 

Resultados que gratificam. A semana que passou fez com que Paganini entrasse de cabeça nas negociações com os candidatos à vereança, se aproximasse ainda mais de todos e contabilizar resultados fantásticos. “Além de vencer mais uma etapa, o processo dessa semana foi gratificante, me deu uma injeção adicional de ânimo, vamos para a vitória”, confessou.

 

Cavando como ajudar! Munhoz aproveitou para contar que recentemente ao ser convidado para uma cerimônia de entrega de ambulâncias no Palácio dos Bandeirantes reparou que não constava o nome de Itapira. Pediu, em caráter de urgência, que a Diretoria da Regional de Saúde de São João da Boa Vista consultasse o prefeito sobre o interesse dele em receber essa ambulância.

 

Resposta econômica. Sem que ele precisasse sair do seu gabinete, em oficio, Toninho Bellini respondeu dizendo que a cidade tinha mais urgência em construir um prédio para abrigar o Centro de Especialidades Médicas e, basicamente, que entre as duas coisas, preferia ter verba para a construção.

 

À revelia. “É evidente que Itapira precisava das duas coisas”. Não custava pedir. Não custava encaminhar um ofício a mim ou a outro deputado que pudesse ajudar Itapira. Mas nada fez, infelizmente.” Barros Munhoz, então, pediu a ambulância, que já foi entregue, e batalhou para conseguir verba para a construção do Centro, esta também está autorizada, R$ 500 mil. “Agora caberá à prefeitura os procedimentos habituais”, concluiu.

 

É novidade? Enquanto os governistas estão com dificuldades para lidar com o desgaste de fim de governo, articular o grupo, definir o candidato a vice, Barros Munhoz está anunciando, todas as semanas, alguma conquista para Itapira. Mas todas são dependentes do aval do prefeito e dos procedimentos burocráticos corretos. Além da pavimentação da estrada do Bairro dos Limas, anunciou a ligação com Serra Negra que passa pelo Bairro do Brumado.

 

São Pedro não vai fazer feio. A grande obra do governo Toninho Bellini deveria ter sido inaugurada na última sexta-feira, mas por conta das dificuldades climáticas que poderiam atrapalhar as apresentações, foi transferida para a próxima sexta, 29, dia de São Pedro, a inauguração da Concha Acústica. A esperança é que o santo dia garanta uma noite sem chuvas. 

 

Será que é por isto? Tem muita gente perguntando por que a Pista de Bicicross, cuja obra começou e terminou bem antes da Concha Acústica, ainda não foi inaugurada? Será que seria mais uma retaliação? Como todo mundo sabe, essa obra foi conseguida pelo PCdoB, pelo então Secretário de Esportes, Luiz Domingues. 

 

Ou por este? Mas tem outro detalhe, a Pista de Bicicross levará o nome de Alcindo Gasparino, avô de Marcos Gasparino Schimidt, o jovem é do PCdoB e sairá candidato a vereador pela coligação com o PSDB e DEM. 

 

Meno male. Pode ter uma terceira razão que esta redação desconhece, mas que tem cheiro de perseguição política e pessoal, isso tem! Justiça seja feita. Pelo menos limparam o mato da pista de Bicicross, uma garibada para a inauguração da Concha.     

 

Marquinhos na cabeça. Por falar em PCdoB, Luizinho Pasté não será candidato a vereador conforme anunciado nesta coluna. A situação foi reavaliada no PCdoB que optou pela estratégia de levar, com toda força, Marcos Schimidt à câmara municipal.

 

O vice do PT. José Carlos Vieira foi convidado, mas não aceitou, está decidindo se sairá candidato a vereador. Alice não será e Edson, por motivos profissionais, declinou. Restam, agora, dois nomes possíveis: Letícia e Cavini. Uma reunião marcada para esta segunda-feira deverá encaminhar uma solução. Esperam pelas presenças dos dois nomes desejados.

 

Dúvidas no PT! O Encontro do PT realizado no dia 16 que autorizou a coligação com o PV está enfrentando dificuldades na Executiva Estadual. Foram solicitadas informações ao diretório municipal, ente os motivos, o baixo comparecimento de filiados, as tratativas e o excesso de parentes dos membros da executiva que podem ter desiquilibrado o resultado. 

 

Só para lembrar! O encontro da semana passada que decidiu pela coligação com o PV, o PDT foi preterido por cinco votos de diferença, 12 a 7. Aguarda-se um parecer do Diretório Estadual para que a executiva local  mantenha o curso até a convenção.

 

PMN com Paganini. O PMN chegou a ser anunciado como integrante da coligação PV, PSL, PTdoB, PLN e PPL, mas ao que tudo indica, a convenção marcada para sábado que vem deverá conduzir o partido para a campanha oposicionista.

 

Primeiro ou segundo? Toninho Bellini foi indicado pela Fundação Abrinq para receber o prêmio Prefeito Amigo da Criança por Itapira ter sido um dos 182 municípios brasileiros que melhoraram a vida das crianças e adolescentes na gestão 2009-2012. Um prêmio merecido que deve ser motivo de orgulho por todos os itapirenses. Um internauta, entretanto, encaminhou email dizendo que Itapira já tinha conquistado esse prêmio. Aguardamos informações para poder esclarecer. 

 

Brincando com os números. Enquanto os governistas se esqueceram do mundo, sentaram na fama e esperaram que coisas acontecessem, os oposicionistas trabalharam e compuseram uma aliança que além do número elevado de partidos e candidatos, a força deles pode ser medida confrontando os desempenhos em 2010.  

 

A força das coligações 1. Considerando o desempenho dos quatorze partidos nas eleições de 2010, PSDB, PPS, PP, PTC, PTB, PSC, PSB, PHS, PSD, DEM, PMDB, PR, PRB e PCdoB somaram mais de 68 milhões de votos, no Brasil, recebidos pelos candidatos a câmara federal. O PSD não participou daquela eleição.

 

A força das coligações 2. Usando o mesmo princípio, nos governista, PT, PV, PTN, PSL, PTdoB e PPL atingiram quase 22 milhões, sendo que o PT, sozinho, recebeu mais de 16 milhões. O PPL também não participou dessa eleição.

 

A força das coligações 3. A coligação que deverá sustentar a terceira via, PDT e PSDC tiveram um pouco mais de cinco milhões de votos.

 

A força das coligações 4. Usando o número de acentos na câmara federal, a coligação dos 14 partidos que apoiam Paganini conta com 381 cadeiras. Os seis que apoiam Manoel Marques, 100, sendo que só o PT responde por 86 deputados. Dos partidos que apoiam Alberto Mendes, 26, só do PDT.

 

A força das coligações 5. Entre os 94 deputados estaduais, 58 estão nas fileiras dos oposicionistas, 32 dos governistas (novamente o PT se destaca com 24) e 3 estão com a terceira via.

 

Quer apostar? Obviamente, o histórico numérico não garante, em tese, nenhum resultado positivo para ninguém, mas podem assustar e municiar os especuladores de esquinas e os apostadores de plantão.

 

Esporte preferido. Itapira conta com um grupo de pessoas que adoram fazer apostas eleitorais. Algumas atingem cifras estratosféricas. Não se sabe se esse povo aposta pelo simples prazer que a adrenalina lhe proporciona ou se faz o jogo de alguns candidatos, tentando mostrar forças que alguns não tem. Acredita-se que tem gente para os dois negócios.

 

Coisa combinada. Há quem diga, por exemplo, que existem apostadores que jogam apostas pesadas, mas no final das contas tudo não passa de combinação, seja para propagar nomes de candidatos ou para pegar incautos. Há quem aposte num lugar em um e no outro, em outro, só para sair zerado e se divertir. Esses não estão gostando de três candidatos na parada. 

 

Ninguém sabe, ninguém viu. Mas o que ocorre sempre é perdedor não pagando o apostado e sumindo da Praça Bernardino e, também, o quanto alguns ganharam ou perderam nessa brincadeira. 

 

 

Paganini encheu o tanque com mais energia, engatou uma marcha de resistência. Depois da maratona até a convenção, no sábado, ainda, na procissão e festa junina do bairro dos Pires, Sindicato da saúde, aniversário no grêmio do Cristália, festa junina do Clube de Campo Santa Fé e terminou a noite no baile junino do clube da Saudade. Começou o domingo no Mercadão, participou da missa na Igreja de NS Aparecida da vila Ilze, deu o ar da graça na primeira cavalgada do sindicato dos produtores rurais, almoçou com os empresários da cerâmica Hollywood, confraternização na JF, inauguração da igreja no sitio de Reinaldo Leme, festa junina do supermercado Antonelli na AABB. À noite participou das solenidades de aniversário da Igreja Presbiteriana Central e terminou na festa junina de Romeu Benacci.

 

Alberto Mendes, ainda pré-candidato, não está dando mole. Ontem, sábado, manteve o ritmo das visitas domiciliares no período da manhã e da tarde. À noite participou da festa junina no Sindicato dos Químicos. Neste domingo, esteve no mercadão e na praça Bernardino de Campos pela manhã. À tarde realizou diversas reuniões programadas com moradores de bairros. À noite, participou das solenidade de aniversário da Igreja Presbiteriana Central.

 

Manoel Marques não autorizou a divulgação da sua agenda.  

 

 

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Nino Marcati, da Redação do PCI.