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Itapira, 28 de Setembro de 2024
Notícia
07/10/2011 | DROPES: 52º capítulo

 

Cartilha do Dropes – Lição B: Tem que ser político.

Assunto do dia: os políticos são todos iguais. Nenhum presta.

Princípio básico: política é o ato humano de convivência entre diferentes. Ela baseia-se na pluralidade natural da humanidade. Implica na coexistência da diferença conflitante e a busca da igualdade. Não é a busca pela justiça, mas pela liberdade.    

Conceito: muitos confundem os procedimentos usuais negativos e vergonhosos constatados nas instâncias de poder como parte integrante da atividade política. Para a população, nenhum “político” presta. Mesmo que se considerasse a maioria esmagadora dos candidatos eleitos, através do voto direto, como desonestos e incompetentes, ainda sim, a acusação de que “nenhum político presta” seria injusta. Como primeiro argumento dever-se-ia chamar à responsabilidade os escolhedores, não exclusivamente os escolhidos. Ninguém assume posto eletivo neste país sem a chancela eleitoral. Como segundo argumento, há de se perguntar: todos os médicos não prestam porque muitos colegas seus praticaram má medicina ou cometeram erros grosseiros? Nenhum professor presta por oferecer ao país um batalhão de jovens mal preparados para o futuro? Existem maus médicos e maus professores entre os apaixonados pelas respectivas profissões abraçadas?

A definição popular pejorativa da atividade política nasceu dos usos, abusos e incompetências das pessoas que não nasceram para serem políticos. Essa história de que pessoas técnicas, administrativas ou sei lá o que são mais indicadas: é pura balela.  

Tarefa de casa: quem entra para a política têm que ser político. E político é aquele que respeita as críticas e as adversidades. É sensível às prioridades da maioria, mas não se deixa levar pela onda populista. O político da gema não é o que sempre diz sim, mas o que sabe dizer não.

Resumo da lição: Um político nunca mete a mão na cumbuca.

 

Fora imprensa! Foi mais ou menos essa a postura do secretário de negócios jurídicos e cidadania, Mario da Fonseca, e do assessor jurídico da Secretaria de Recursos Materiais, Tiago Kleinfelder. Os jornalistas dos jornais “Tribuna de Itapira” e “A Cidade” foram à reunião que discutiria assuntos de interesse público. Eles nunca tinham assistido nada aversão tão explícita. Os representantes do Condema, presentes na reunião, ficaram chocados. Diante da reação negativa Tiago disse com todas as letras de que tinha passado por um procedimento médico, estava com dor e que não tinha ido àquela reunião discutir o problema da imprensa. Ameaçando abandonar a reunião, levantou-se da cadeira.

A imprensa deu o fora! Os jornalistas de forma respeitosa, em nenhum momento forçaram a barra ou bateram boca com os censores. Perguntaram se poderiam fazer apenas uma fotografia. Pedido foi negado, também. Ao serem questionados, informaram que era ordem do prefeito dada à assessoria de imprensa, encarregada de noticiar todos os acontecimentos que envolvessem a prefeitura.

Chocados! Para quem viveu o regime militar, acompanhou de perto a censura da imprensa e todas as barbaridades cometidas contra a liberdade de expressão e ao direito à informação a cena foi horripilante. Para o Novo Tempo, os acontecimentos de interesse da coletividade não podem receber interpretação não oficial. Bastou dizer que a imprensa itapirense é irresponsável e atenta, vergonhosamente, contra a ordem e a segurança municipal (antes era contra a segurança nacional).

O pior de tudo isso foi ouvir, mais uma vez, que agora Itapira pode se manifestar, criticar, pedir e participar de reuniões daquele tipo. Algo do tipo, nós concedemos democracia a vocês. É coisa de gente que imagina que democracia é concessão a título precário. Hoje dou amanhã eu tiro se vocês não se comportarem. Ignorando que as urnas é quem exigiu transparência e democracia. Assim como não existe gravidez mais ou menos, não existe democracia, mais ou menos. Jamais uma concessão. Democracia é um direito constitucional, não pode ser concedida, nem retirada.

E os políticos e partidos que apóiam este governo, mas são defensores da democracia e liberdade de expressão, como ficam?  O Novo Tempo não pode ser classificado como um grupo inteiramente não democrático. Manoel Marques, por exemplo, quando era secretário acabou assumindo o ônus de totalitário. Justiça seja feita, desde que ele assumiu a presidência da câmara, a sua postura, nesse aspecto, tem sido irrepreensível. Como ele, outras pessoas, talvez poucas, partilham do mesmo ponto. Onde esse povo está escondendo a cara?

Ressalva merecida. Vladen Vieira, Secretário de Saúde, na mesma quarta-feira, dia 5, ligou para a redação do PCI se colocando à disposição para uma entrevista sobre a sua pasta e declarou: “eu não tenho nada a esconder da população. Estou à disposição da imprensa. Sou contra não falar com a imprensa, mesmo quando o assunto é desfavorável à administração”. É assim que se fala secretário.  

Por falar em Vladen... O secretário de saúde aproveitou o telefonema para esclarecer que o caso da UBS distribuída em Limeira não carecia da presença do prefeito ou do secretário. “Hoje em dia, os procedimentos não funcionam como antigamente. É tudo via site. E nós fizemos tudo direitinho, tanto é que já recebemos parte dos recursos. A presença seria importante do ponto de vista político e eu lá estaria se não tivesse no mesmo dia e horário outro compromisso, também importante”.

Uma postura diferente. Vladen, apesar de reconhecer que o deputado Barros Munhoz tivesse sido um pouco apressado na sua intenção de preservar a UBS para Itapira ou imaginar que poderia estar por trás interesse meramente político, foi comedido nas críticas a Munhoz, limitou-se a explicar o processo. E serenamente disse: ele não tem representação para pleitear esse tipo de benefício, para Itapira, junto ao governo federal, daremos as explicações necessárias no final de semana.  

Ditadura nunca mais. O PT nacional e federal tem revelado duas vertentes. Uma é contra a qualquer ato regulatório do direito à informação. Outro acredita que a mídia precisa ser controlada e o povo tutelado. O PT de Itapira deverá se mostrar qual é o seu pensamento nessa questão. Os eleitores petistas aguardam a definição.

Fórum do Lixo. O evento que acontece amanhã, no IESI, às 19h, mais do que nunca precisa apresentar uma proposta para o futuro de Itapira. O Fórum nada tem a ver com a polêmica da contratação dos serviços públicos de limpeza pública e coleta dos resíduos sólidos, mas poderá oferecer ao Conselho Municipal do Meio Ambiente as diretrizes para o acompanhamento da execução do contrato. Os pré-candidatos à prefeitura e vereança preocupados com a cidade são esperados.

A solidariedade de Mané. Enquanto Mino Nicolai dava entrevista à Rádio Clube de Itapira dizendo que o partido continuava sob controle dele e que site do TRE, continuava mostrando que ele era presidente, Manoel Marques, que apesar de longe, estava antenado naquilo que Mino dizia, no ponto certo, esclareceu que o PSB já estava nas mãos dos oposicionistas. Mino ficou desconcertado.

Mino deve ter perdido o sono. Logo às 7h30min da manhã de quarta, Mino conversava com Mário da Fonseca, o secretário de negócios jurídicos da prefeitura nas imediações da João de Moraes. Mino transparecia desânimo durante a conversa. Estava o tempo todo com as mãos na cintura e na maioria das vezes cabisbaixo escutava os conselhos de Fonseca, o advogado.

Mané estava diferente na Rádio Clube. No programa semanal de quarta-feira Manoel Marques mostrou que ainda não tinha assimilado o golpe da terça. Não se sabe se a preocupação era com o que tinha acontecido com o PSB ou com o que poderia acontecer com o PV. Ao contrário do costume, falou pouco, só a praxe. Deu destaque à consulta pública informando que ela continua aberta, pois o prefeito não irá retirar o projeto, mesmo com a desistência protocolada do ministério público.

Mané não perde o PV. Se o Vicente Enfermeiro estiver certo, não há com que Manoel Marques se preocupar. Para Vicentinho ninguém vai mexer com o PV por uma razão muito simples. Ninguém quer o PV. “Fazer o que com esse partido. Eu não ouço ninguém falar desse partido na cidade, gente. Eu se fosse o Manoel, tinha buscado outra agremiação há muito tempo.”   

Consulta pública. Todas as enquetes e comentários sobre a doação do terreno da Fepasa ao Ministério Público se manifestam contra a doação e contra a demolição da passarela. Acredita-se que, mesmo correndo risco de uma ação orquestrada para manifestações favoráveis à doação, espontaneamente a população está votando contra qualquer mexida naquele patrimônio. Logo, cada vez está mais difícil aos vereadores votarem favoravelmente essa matéria. Há burburinhos de que o projeto poderá ser retirado, a qualquer momento, para evitar desgastes desnecessários, pré-eleitorais.

Pesquisa eleitoral. Uma pesquisa por telefone está rodando a cidade. Pergunta-se qual é o candidato preferencial: Kaka, Sandro Pio, Manoel Marques ou Paganini. Esqueceram do Alberto Mendes. Seria perseguição?

Outra pesquisa: os integrantes do “Jovens em Ação” estão abordando as pessoas em pontos estratégicos da cidade lançando as seguintes perguntas:

1)     Qual é o melhor prefeito da história de Itapira?

2)     Qual o melhor presidente do Brasil?

3)     Em quem você votou na última eleição?

A Zona Azul tá meio amarelada! A importância da Zona Azul é incontestável para organizar o estacionamento rotativo. Mas parece que a coisa tá meio complicada por lá. Some a inexperiência da empresa executora do serviço, à dificuldade natural do povo brasileiro em lidar com tecnologia, a falta de monitores para orientar os usuários, os equipamentos e sistemas problemáticos, a má vontade de uns e o tempo que levou para a implantação do processo. Resultado: confusão.    

Sanepav deve continuar. A empresa, já velha conhecida de Itapira, deverá continuar coletando o nosso santo lixo de cada dia. A empresa retirou o edital. Vai participar da concorrência.

 

 Prezados Internautas

Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.

As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.

PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para: [email protected].

A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.

Nino Marcati, da Redação do PCI

 

Fonte: Da Redação do PCI

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