Dado reconsiderou.
Depois de confirmar a entrevista para quarta passada ao jornal A CIDADE e portal Cidade de Itapira, pedir alteração para quinta, remarcar para sexta sem dar as respostas e nem sinal de vida, Dado Boreti, confirmou, através da sua assessoria, participação para esta semana.
Dado deu uma bola dentro.
Ao reconsiderar a decisão e participar da entrevista proposta. Dado deu mostras de que é capaz de reverter posições. Errar, todo mundo erra. Reconhecer o erro, só meia dúzia faz isso. É como se ele cruzasse para um companheiro sozinho na boca do gol, errasse o chute, e quando todo mundo começasse a falar mal, a pelota, melindrosa, passasse a linha do gol.
Mané não teve nada a ver com isso.
Assessoria da presidência do SAAE garantiu. A não participação de Dado na entrevista, semana passada, nada teve a ver com qualquer intervenção de Manoel Marques. Só faltaram dizer: “Por aqui ele não apita e nunca apitou nada”.
Dado mostrou que tem força.
Pelo sim, pelo não, a decisão de Dado mostra que ele é candidato a candidato fortíssimo na disputa interna situacionista. Ao dar a cara e responder as perguntas formuladas projeta sinais de que tem apoio na cúpula palaciana.
E não é qualquer um que enfrenta, não.
As entrevistas realizadas pelo jornal A Cidade em conjunto com o portal Cidade de Itapira estão mostrando um novo formato no jornalismo itapirense. As perguntas fugiram do estilo água com açúcar. Não são feitas para agradar o entrevistador. Os entrevistados precisam ter coragem e preparo para respondê-las.
As tristezas que os números trazem.
Companheiros próximos de Manoel Marques estão dizendo que ele não acredita e nem levará em conta as tendências apontadas pelas pesquisas que chegaram às mãos dele. “É cedo. Muito cedo”, bravejou. Garantem que ele não acredita nos índices de rejeição dedicados a ele. Um deles comentou, sem assumir a autoria: “basta ele sair na rua e constatar in loco...”
É por isso que ele não consegue fechar a porta.
Os números que Manoel não quer aceitar são aceitos pelo grupo que ele representa. Por isso querem por que querem outro nome. Sondaram e convidaram vários nomes. O único disposto a encarar o palanque e Manoel é Dado Boreti.
A câmara, de novo, termina antes da novela.
Pode parecer estranho, mas por duas semanas seguidas, a sessão semanal da câmara foi encerrada antes das nove horas. A coisa por lá é tão corrida e pouco discutida que dá a impressão de que tem vereador viciado nas novelas da noite.
Orcini não vê novela, mas sentiu o drama...
Toninho Orcini, talvez entristecido com o que via, pediu a palavra, no espaço reservado à discussão de um projeto, para explicar ao povo a razão da sessão ser corrida e sem que os vereadores discutissem os projetos. Todos foram aprovados por unanimidade, sem que nenhum vereador se manifestasse.
... e, consternado, justificou.
Orcini chamou a atenção dos presentes, ouvintes, internautas e povo em geral para esclarecer que a falta de discussão, naquele momento, não significava aprovação às cegas. Que tudo o que tinha que ser discutido, se deu na reunião das comissões. E enfatizou: “é lá, nas comissões, que a gente discute o que tem que ser discutido. Gastamos quase duas horas para discutir os projetos que foram apreciados hoje. Portanto, nada do que aqui foi votado, era novidade.”
Mino, prestimosamente, apoiou.
O vereador Mino Nicolai pediu um aparte e deu o maior apoio ao que Orcini dizia e completou: “Nas reuniões das comissões as portas da câmara estarão sempre abertas para receber as pessoas que desejarem acompanhar as nossas discussões”. Ele quis dizer que nada é feito às escondidas. Basta comparecer às reuniões, todas as quintas, no período das 12h às 14h.
Reunião de comissão, não é sessão.
Os vereadores, ao que pese a tentativa de explicar o inexplicável, esquecem de um fator importante. Nem todos os vereadores estão nas comissões. As comissões não têm a prerrogativa de aprovar ou rejeitar projetos e, muito menos, servem para que os vereadores tomem conhecimento deles.
Só para lembrar.
Cabe às comissões a apreciação constitucional, a correção gramatical, a emissão de pareceres e, por consequente, a decisão se o projeto deve ser encaminhando à sessão para ser discutido ou NÃO. Esse “NÃO” significa que o projeto não entraria na pauta do dia. Estariam certos, os nobres vereadores discursistas, se o entendimento fosse assim: as comissões encaminham para a votação, não para a discussão.
Outra boa lembrança.
As reuniões das comissões não oferecem a porta principal escancarada, a entrada se dá pela área administrativa. Outro ponto é que elas não são transmitidas ao vivo pela rádio e nem pela internet que é da casa e não custaria nada para o tesouro legislativo. Pode se dizer que é a mesma coisa?
Então lá vai uma sugestão:
Que tal transferir as reuniões das comissões, para o dia da sessão. Entra na reunião das comissões a definição da pauta da semana seguinte. Será que não dá certo? É brincadeirinha...
É pura confusão...
Deu para perceber que os vereadores confundem tudo: conhecimento do projeto, apreciação das comissões, discussão e aprovação. Conhecer o projeto devia ser obrigação do vereador antes da comissão apreciar, afinal a construção legislativa se dá quando o legislador lê e entende o que o projeto deseja. É nessa hora que ele começa a pensar nas correções e emendas, quando for o caso. O resto, é rito programático.
...depois não adianta chorar.
Não é a toa que a perspectiva de renovação para o próximo mandato legislativo está beirando aos 80%. As melhores estimativas esperam que no máximo dois vereadores sejam eleitos. É uma pena. A composição atual tinha de tudo para fazer uma excelente caminhada legislativa.
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