Mané tentou desqualificar as vaias
Sandro Pio achou muito estranho a nota publicada no Dropes em que Manoel Marques insinuou que as vaias tinham partido de apenas dois camarotes: do dele e do Thiago Fontolan.
É muito estranho
“Acho natural que o Mané tente desqualificar o que aconteceu na última noite da Festa do Peão, transferindo para a oposição os maus momentos passados pelo prefeito. É bom lembrar que Toninho Bellini é o principal cabo eleitoral dele. Mas indicar só dois camarotes?”
Sandro continuou
“Eu estava lá, com a minha família, para me divertir, assim como todos os anos. Eu amo a Festa do Peão. O que o Manoel ouviu, eu ouvi e todos que lá estavam também ouviram, foi uma reação popular espontânea, muito forte e bastante constrangedora!”
Termômetro
"A Festa do Peão sempre foi um dos principais termômetros para aferir a popularidade e a satisfação do povo com a administração. O importante é o político ter humildade pra entender o recado dado. Não adianta tentar tapar o sol com a peneira. Ali o administrador colhe o que plantou".
Semancômetro
Dez em cada dez itapirenses acham que o Toninho Bellini não deveria ter comparecido no encerramento da Festa do Peão. Por ser o último ano do governo dele, mesmo que ele estivesse bem na fita, mesmo assim seria arriscado. O que deu nele? De quem foi a ideia? Será que alguém esperava vê-lo ovacionado?
Mas não deu certo...
Depois que as coisas acontecem, as histórias proliferam. Contam que a pessoa que convenceu o prefeito a comparecer no encerramento da Festa do Peão lhe garantiu que tudo ia dar certo, pois combinaria com o locutor uma bela introdução para preparar a horta.
Era para ser assim...
A cada dia que passa fica mais evidente que Toninho Bellini deveria ter feito o mesmo que seu colega de Amparo Paulo Miota. Ele está com a popularidade nas alturas, mesmo assim, não disputará a reeleição.
Mas ficou assado!
Um pequeno grupo governista revelou dia desses que a estratégia traçada em 2004 era de que Bellini fizesse um bom governo no primeiro mandato e não concorresse à reeleição e indicasse Manoel Marques para sucedê-lo.
Era para ser o Mané.
Mas como a oposição lançou Kaká, a esposa do Totonho, e ela poderia ameaçar, outro grupo convenceu Bellini a partir para a reeleição frustrando o acordo de 2004. Dizem que esse teria sido o principal motivo da cisma entre Toninho e Manoel naquela ocasião.
Vontade prorrogada.
Para quem não se lembra, Manoel chegou a se desligar do grupo, ameaçou a não coordenar a campanha eleitoral, mas foi demovido da intenção depois de uma boa conversa com Toninho Bellini que teria prometido, então, apoio irrestrito em 2012.
Diferente.
Segundo os colaboradores da campanha pevista, Manoel Marques já decidiu que, diferentemente de Paganini e Alberto Mendes, não fará nenhuma solenidade de inauguração do comitê eleitoral. “O comitê já está funcionando, não tem sentido fazer festa para abrir a porta”, disse um deles.
É assim que funciona.
A inauguração do comitê é um ato simbólico, normalmente usado para injetar ânimo nos militantes no ponto de partida. É comum a participação de nomes conhecidos da política nacional e estadual. Mendes anunciou a vinda do major Olímpio. Paganini já tem confirmada a presença do Senador Aloisio Nunes.
Fim do PT?
Para quem imaginava que o PT de Itapira juntaria os cacos para se fortalecer e recuperar o tempo perdido se enganou redondamente. A lista de filiados recadastrados soma 57 nomes. Alice Palandi e Marcos Centofante estão organizando a debandada de 20 a 30 nomes para os próximos dias e até o final do ano a relação passará de quinze petistas oficiais.
Retaliação?
O controle dessa lista de 57 nomes esteve à cargo de Centofante e Alice nos anos que os dois ocuparam a presidência da executiva municipal. Eles que sempre se consideram petistas de primeira hora, verdadeiros soldados do partido, não resistiram à primeira contrariedade imposta pelos diretórios estadual e nacional.
Magoou...
Aliás, os dois alardeiam que jamais poderiam imaginar ver o PT dando uma canetada e interferindo numa célula municipal como acabou ocorrendo. Para Centofante e Alice o PT se comportou como os outros partidos: antidemocraticamente.
Tem que ser esperto.
Os petistas desgostosos com as decisões superiores têm direito à lamúria, mas é bom lembrar que o histórico do partido não caminha para esse tipo de pensamento. Só tomaram a decisão quando todas as teses levantadas foram confirmadas. Quem errou, nesse episódio, não foi a caneta. Ao que tudo indica, a esperteza.
Sanepav não é 100%.
O Dropes comentou, dia desses, que a Sanepav não cobre a cidade inteira e que nos altos da Vila Ilze o serviço é realizado por um grupo de funcionários da prefeitura que não recebem uniformes, nem equipamentos de segurança.
Sanepav 70%?
Agora vem a informação de que a Sanepav atua na limpeza pública em apenas 70% da área do município usando apenas 31 funcionários. Já os 30% restante, a cargo da prefeitura, é feita por 40 funcionários da prefeitura.
Sanepav. 0%.
Fazendo uma regra de três simples, em caráter demonstrativo, se em 70% da área o serviço é realizado com 31 funcionários, 100%, arredondando para cima precisaria de 45 funcionários. Como a prefeitura já tem 40 faltaria, então, só mais cinco para livrar o município do pesado custo da Sanepav, nesse setor.
O fim da Açoplast?
A Açoplast, pelos desdobramentos desta quinta-feira, deverá mesmo encerrar atividades no município. A informação colocada aos trabalhadores deu como certa a transferência de setenta para Ouro Fino e Jacutinga e a demissão dos demais. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos falou da situação da Açoplast e analisou a política industrial implantada em nossa cidade desde 2004 em entrevista à TVPCI.
Nenhum motivo.
Além da surpresa que a decisão de intervir na Scapex provocou no município, até a presente data, o poder público não deu nenhuma explicação razoável aos procedimentos adotados.
Um não, mas 50 mil.
Ao ouvir a afirmação de que a prefeitura não tinha nenhum motivo palpável para justificar a ação intempestiva, sem diálogo com a empresa, um importante membro do setor disse enigmaticamente: “Posso assegurar que eles não tinham um, mas cinquenta mil motivos para fazer o que eles fizeram. É o máximo que eu posso dizer a vocês.”
Experiência e competência para quem têm.
Nesta quarta-feira o governador Geraldo Alckmin esteve em Itapira para inaugurar a Comunidade Terapêutica Rural Santa Carlota, uma deferência especial ao Instituto Américo Bairral que se tornou a primeira instituição a receber aporte oficial para atender dependentes químicos pelo SUS em uma comunidade rural.
Um primeiro é único.
Mais uma vez o prefeito Toninho Bellini deixou de comparecer a uma solenidade que contou com a presença do governador do estado. É provável que não exista nenhum paralelo que possa igualar ou superar a dificuldade de um prefeito para ocasiões similares.
Respeito é bom e todo mundo gosta.
O não comparecimento do prefeito deve ser entendido como uma represália ao deputado Barros Munhoz, esquecendo-se de que tal ato agrediu não só o governador, mas a importância de uma grande instituição. Será que o Bairral, pelo menos, não mereceria o sacrifício?
Bom humor na política.
Antes sempre sisudo e professoral, Alckmin passou a adotar em seus discursos um formato mais leve e sempre que pode, introduz alguma história ou piada arrancando risos do público e quebrando a formalidade que esses atos produzem.
Quis fazer bonito.
Dessa vez contou o tempo que ele e Munhoz eram prefeitos, nos anos setenta, e a ditadura militar estendeu o governo deles por mais dois anos. Eram quatro, passou a seis. Disse que o prefeito de Piquete dizia que não aceitaria a prorrogação e que tudo não passava de invenção da imprensa. E garantia: “se prorrogarem, eu renuncio”.
A prorrogação foi aprovada.
A imprensa caiu em cima dele. Na primeira entrevista disse que faria um plebiscito. Não demorou muito, passou a dizer que faria uma ampla consulta popular, já que o plebiscito não era possível. Acabou por reunir os secretários para depois anunciar que o grupo pediu para ele continuar.
Na mesma linha.
O deputado Barros Munhoz parece que gostou do estilo bem-humorado do governador. Seus discursos têm sido mais suaves e, quase sempre, coloca alguns cacos para o deleite da plateia. Desta vez, lembrou-se de Cesar Bianchi, que em todos os discursos fazia um histórico da participação dele na instituição espírita, começando sempre pelo ano de 1937. Pontuando todos os anos importantes.
Ninguém aguentava mais...
Como ninguém aguentava mais ouvir o mesmo discurso, resolveram proibir o vereador a discursar. Até que um dia, Cesar Bianchi procurou o prefeito de então, Totonho Munhoz, pedindo para voltar aos discursos. Munhoz, condoído, disse: “Está bem Cesar Bianchi, mas vamos começar em 1965, tá bom?”
Até tu, Martins!
Até o instante de Munhoz contar a historieta, o vice-prefeito Antonio Carlos Martins estava sério e compenetrado. Fazendo o papel discreto de um bom representante. Mas aos poucos Martins foi relaxando os músculos faciais e não resistiu: sorriu.
Será que é a mesma?
Um observador que conhece Martins de outros tempos matou a charada, enquanto Munhoz contava a história, o vice que era contemporâneo de Cesar Bianchi viajou no tempo e tentava imaginar o desfecho.
Mais tarde, Martins contou a dele.
O presidente da câmara, Edésio Ramos, exigiu que Cesar Bianchi escrevesse o discurso que faria em uma solenidade e o submetesse à aprovação. Escrito, a mesa o considerou razoável, mas na hora do discurso, Cesar Bianchi esqueceu o texto no bolso em começou: “Em 1937...” E o Martins puxava o paletó dele, e nada...
Papagaio come milho...
O Dropes comentou, recentemente, que o braço direito de Manoel Marques tinha sido finalmente reconhecido pela longa lista de serviços prestados ao candidato governista. A nota dizia, ainda, que Danilo Ventura criou, formou, filiou e deu a Marques uma estrutura partidária que lhe permitiu viabilizar a candidatura. Enquanto os outros governistas só assistiam.
Periquito leva a fama.
Foi o que bastou para um descontente encaminhasse um e-mail condenando o redator desta coluna, dizendo: “acredito que você tem todo direito de reconhecer o trabalho do Danilo Ventura, assim como ele também tem todo direito de reivindicar aumento salarial. Só que acho vergonhoso que esse aumento venha em forma de nomeação como Chefe na Prefeitura.”.
Chefe de Comunicação?
Para esse reclamante, Danilo trabalha no comitê do Manoel Marques, seu salário deveria ser pago pelo candidato e não pelos cofres públicos. Sua nomeação como Chefe de Comunicação Social mostra que o pessoal daquele setor, que lá trabalha todos os dias, há quase oito anos e outros até por mais tempo, não tem o mínimo valor. Já o Danilo...
Ao final, o missivista pediu que o nome dele fosse preservado, pois sofreria sérias sanções caso descobrissem a indignação dele.
O Dropes sente-se na obrigação de prestar os seguintes esclarecimentos:
1) Em nenhum momento esta coluna reconheceu o trabalho de Danilo Ventura como servidor público. Tal função não era objeto dos comentários. Apenas comparou o trabalho político que ele realizava com o de outras pessoas que ganhavam mais para uma função política menor.
2) É do conhecimento desta coluna a presença de várias pessoas contratadas pela municipalidade, cujo pré-requisito é o envolvimento político. E dentro deste conceito, os mais importantes devem ser mais reconhecidos.
3) É do conhecimento, também, que Danilo Ventura foi enquadrado, primeiramente, no nível V e recebia R$ 500,00 por mês.
4) Esta coluna concorda plenamente com a tese de que as pessoas que trabalharem na campanha deveriam ser remuneradas pelo caixa de campanha.
5) Concorda, ainda, que Danilo não deveria ter sido colocado num posto onde não tem formação ou experiência e não realizará o trabalho correspondente, só porque não tinha outro lugar para coloca-lo para ter o aumento de salário.
6) Considera equivocada a prevalência de ideia que despreza a meritocracia no serviço público em detrimento dos interesses eleitorais.
Prezados Internautas
Os informantes desta coluna integram todos os matizes políticos da cidade.
As opiniões, aqui publicadas, não refletem, necessariamente, o pensamento da redação do Portal Cidade de Itapira.
PCI garante às pessoas citadas o direito de resposta. Para isso, basta que enviem email com a manifestação desejada para:
[email protected].
A coluna não é porta-voz da verdade absoluta. Limita-se a democratizar a informação política que corre pela cidade. Usa o bom-humor como recurso redacional, sem apelar para as agressões gratuitas ou preconceituosas ou tendenciosas.
Nino Marcati, da Redação do PCI.